
No Fórum sobre a governança da Internet, o ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, salientou a valorização da produção cultural pela distribuição gratuita através da Internet e afirmou, generalizando: "A prirataria foi, desde sempre, uma fonte de progresso e uma fonte globalização". Segundo o jornal Público de Espanha, Mariano Gago exemplificando com a música pop, disse: "Hoje em dia, um grupo pode adquirir uma notoriedade impensável graças à Internet e inclusive depois poderá rentabilizar em concertos ou, porque não, aumentar as suas vendas de discos graças à popularidade". Perante estas declarações de Mariano Gago, a Associação de Comércio Audiovisual de Portugal (ACAPOR), onde se filiam os clubes de vídeo, anunciou que vai processar o Estado "pela sua inacção e complacência perante a pirataria na Internet". Para o presidente da ACAPOR as declarações do ministro "são a demonstração cabal de toda a política de interesses que minam a indústria criativa em prol das empresas de comunicações e, em especial, da PT". Para a ACAPOR, os fornecedores de acesso à Internet não estão interessados a combater a descarga ilegal de ficheiros na Internet, porque beneficiam com isso e salientam a PT, porque é participada pelo Estado. O ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior (MCTES), em comunicado, considera que as notícias sobre as declarações do ministro são "possivelmente" "uma incorrecta interpretação de um debate complexo", sublinhando que o MCTES "condena naturalmente toda a pirataria que retira aos produtores e autores a capacidade de prosseguirem a sua criação" e que "transfere ilegitimamente para empresas distribuidoras o valor devido". Leia no esquerda.net o artigo de Ricardo Lafuente, publicado em Dezembro de 2009: Mas a lei está do nosso lado |
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