“O anúncio do congelamento das admissões na Administração Pública implicará o despedimento de mais de 2500 enfermeiros que hoje exercem funções permanentes nas mais diversas instituições do sector público administrativo, nomeadamente nos Cuidados de Saúde Primários e cujo contrato cessa a 31 de Julho” afirmou o sindicato.
A preocupação também é partilhada pela Ordem dos Enfermeiros, que afirmou que as medidas de austeridade não podem criar uma maior desigualdade no acesso aos cuidados de saúde, e pelo director da Escola Nacional de Saúde Pública, Constantino Sakellarides, que na quinta-feira afirmou que a existência do SNS pode estar em risco caso o Governo corte nos recursos humanos.
“Estamos em tempo de crise, é necessário conter a despesa, mas espero que o Governo seja inteligente nessa matéria para perceber que é possível conter gastos em muitos aspectos, mas não o deve fazer nos recursos humanos da saúde”, disse à agência Lusa Constantino Sakellarides.
No início da semana o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) também tinha manifestado preocupação com o impacto das medidas de contenção no SNS, alertando que há profissionais a trabalhar no limite, colocando em risco a sua “sanidade mental e física”.
Em resposta aos alertas sobre os resultados da aplicação do plano de austeridade do governo na área da saúde, a Ministra Ana Jorge afirmou: “Com aquilo que temos vindo a fazer vamos conseguir garantir os cuidados de saúde”, “Vamos gerir melhor e vamos ter o envolvimento dos profissionais e também das pessoas” completou.
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