"Nunca tive da parte do PSD no passado ninguém que quisesse ter o mínimo acordo com o governo", lamentou o primeiro-ministro, afirmando-se um defensor dos acordos parlamentares com outros partidos.
“Estou há cinco anos como primeiro ministro, estou preparadíssimo para enfrentar toda a contestação", referiu ainda o prmeiro-ministro acerca do protesto geral convocado pela CGTP para o próximo dia 29 de Maio em Lisboa.
Sócrates recusou-se a pedir desculpas por ter aumentado os impostos. "Não peço desculpa por cumprir o meu dever e fazer o que é imprescindível para defender o país. Teria de pedir desculpa se não tivesse a coragem de tomar as medidas necessárias", acrescentou, afirmando que os sacrifícios são distribuídas por todos de forma justa.
O primeiro-ministro justificou as medidas de aumento dos impostos e cortes nos apoios sociais pelo ataque especulativo ao euro. Em poucos dias, "o mundo mudou", disse o primeiro-ministro, lembrando que "os juros das Obrigações do Tesouro passaram de cerca de 5 por cento, e uma semana depois estava nos 7 por cento".
Em reacção a esta entrevista, o líder parlamentar do Bloco criticou "a ausência de "palavras por parte do primeiro ministro sobre "os efeitos sociais da crise". "Como se a recessão fosse uma palavra vazia de conteúdo. Não é. Recessão significa efetivamente muito desgaste para as famílias, para as pessoas e para aqueles que têm menos", acrescentou José Manuel Pureza.
"O primeiro ministro esforçou-se de maneira quase desesperada por tentar mostrar que o esforço que é exigido a todos é pago por todos igualmente. Isso não é verdade. Este esforço que está a ser pedido ao país é distribuído de maneira profundamente desigual", disse ainda o líder parlamentar bloquista.
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