A abstenção dos partidos de direita, PSD e CDS, evitaram a aprovação da moção de censura. O Bloco denunciou que as retenções na fonte das novas tabelas do IRS afectam mais duramente os menores rendimentos e mostrou que há alternativas às medidas do governo.
A Assembleia da República debateu nesta Sexta feira a moção de censura apresentada pelo PCP. Bloco de Esquerda e PEV votaram a favor. PS votou contra, PSD e CDS abstiveram-se. Francisco Louçã denunciou a "desigualdade gravíssima" registada nas novas tabelas de retenção do IRS na fonte. Pela nova portaria para os rendimentos até 587 euros a retenção na fonte aumenta para o dobro, assim como nas pensões até 760 euros. Para os deficientes com rendimentos até 1940 euros, o aumento da retenção é de 250%. (aceda aqui à portaria com as novas tabelas de retenção do do IRS na fonte, publicada no Diário da República nesta Quinta feira). As intervenções do Bloco no debate (de José Manuel Pureza e Ana Drago, além do coordenador da comissão politica) denunciaram a escolha dos desempregados como responsáveis pela crise, "o tango da injustiça e da desigualdade", protagonizado por Sócrates e P. P. Coelho, e a proposta do ministro de Estado Luís Amado para uma revisão constitucional no sentido de criar um tecto para o défice público, a que Sócrates continua a não responder. Os deputados bloquistas voltaram a lembrar o pacote financeiro proposto pelo Bloco que permitiria ao Estado a recolha de 2.000 milhões de euros por ano, através da penalização sobre os bónus financeiros, os lucros dos bancos e os "offshores". |
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