Os 11 trabalhadores directamente vítimas da explosão da plataforma petrolífera Deeper Horizons, no Golfo do México, continuam desaparecidos desde o dia do acidente, 22 de Abril, presumindo-se que estejam mortos. A mancha poluente tem agora bem mais de 200 quilómetros de extensão e apesar de terem sido tomadas várias medidas parcelares para a combater, continua a alastrar. A BP informou que conseguiu tapar o mais pequeno dos vários furos no tubo entre o poço e a plataforma petrolífera através dos quais o crude continua a verter. A cúpula que deverá envolver a zona sinistrada de modo a conter a fuga deverá estar concluída apenas durante o fim de semana e poderá estar operacional na segunda-feira, segundo as previsões mais optimistas. Nessa altura, de acordo com um porta-voz da BP, o objectivo será levar o petróleo até à superfície para o dispersar através de métodos químicos. As duas semanas que passaram já desde a explosão sem que a BP consiga por em prática aquela que considera ser a principal forma de combate à catástrofe ecológica faz com que responsáveis norte-americanos insistam na tese de que o grupo não estava preparado para dar resposta a uma emergência deste tipo. De acordo com informações citadas pela comunicação social internacional, a BP têm em seu poder um relatório recente, encomendado pelo grupo, segundo o qual um desastre deste tipo era praticamente impossível.
As autoridades dos Estados norte-americanos ameaçados – Lousiana, Missipi, Alabama e Florida – têm desenvolvido esforços próprios para conter a mancha negra mas não compartilham das previsões da BP segundo as quais o fenómeno agora é controlável a curto prazo. Afirmam que a dimensão da tragédia é cinco vezes maior do que a inicialmente prevista e que o petróleo continua a ser derramado nas águas oceânicas a um ritmo de cinco mil barris por dia e não de mil barris – a versão do grupo petrolífero responsável.
Os organismos dos Estados Unidos responsáveis pelas operações de contenção da mancha de petróleo mobilizaram forças militares e grupos de presos para participarem nas acções, que vão desde a instalação de barreiras de contenção da progressão do crude até à limpeza de praias e dos próprios animais, especialmente aves, atingidos pela poluição. As autoridades calculam que sejam necessários vários meses para que a situação volte à normalidade. A maré negra do Golfo do México está já entre as mais graves catástrofes ecológicas registadas no planeta.
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