
Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgadas nesta Quarta feira, a economia portuguesa cresceu 1% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao último trimestre de 2009 e 1,7% em relação ao período homólogo de 2009. O deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, comentando estes dados à agência Lusa, afirmou que "os níveis de crescimento que são estimados pelo INE são ainda muito marginais, mas são dados positivos", mas lamentou que "este nível de crescimento não seja susceptível de criar uma dinâmica de aumento do emprego". Para o deputado bloquista, o crescimento é "extremamente frágil", mas o pior é que "esteja actualmente em debate um conjunto de políticas que não fará mais do que sabotar esse primeiros sinais de retoma" e que a iniciativa do "Governo e da direita portuguesa" é no sentido "de medidas recessivas aplicadas à economia portuguesa, quer ao nível da retracção completa do investimento público, quer de mais impostos sobre o consumo e sobre as pessoas com menores rendimentos". "Já várias vezes aconteceu haver alguns sinais parciais de aparente retoma, imediatamente desmentidos em trimestres subsequentes, sobretudo quando houve alterações nas políticas no sentido de uma retracção da actividade económica", salientou José Gusmão. O deputado bloquista defendeu que "é fundamental haver um conjunto de medidas de justiça fiscal", que passam pela "tributação de todas as empresas à taxa de 25 por cento, a taxa actualmente prevista, a tributação extraordinária de prémios de todas as empresas e não apenas das empresas públicas, e a tributação das transferências para off-shores". "O Estado não pode prescindir de pedir ao sistema financeiro, que tem enormes responsabilidades nesta crise" o "cumprimento das suas obrigações", justificou. De salientar que na zona euro, o crescimento do PIB no primeiro trimestre foi apenas de 0,2% em relação ao último trimestre de 2009, o mesmo se verificando na União Europeia a 27. Segundo o Eurostat, a Itália cresceu 0,5%, a Espanha 0,1%, a Alemanha 0,2% e a Grécia desceu 0,8%. |
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