"Em 2005 e em 2009 o PS ganhou as eleições. Ganhou as eleições também com um conjunto de promessas de encher o olho. Seis anos, dois anos depois, muitas dessas promessas estão por cumprir", condenou João Semedo, citado pelo Jornal de Notícias.
Segundo o deputado do Bloco, "a democracia, as suas escolhas são também momentos de balanço e de avaliação do que foi prometido e do que está ou não está cumprido", explicando que este roteiro "tem o objectivo de revelar algumas das promessas que o PS fez e que os seus governos não cumpriram".
Os terrenos onde deveria ter nascido o Centro Materno-Infantil do Norte foi a primeira paragem. "Uma promessa que flagrantemente ficou por cumprir" e que, segundo Semedo "foi a principal bandeira eleitoral da campanha do PS, aqui no Porto, em 2005".
"Gostaria de dizer que este é um muito antigo projecto, acarinhado pela população da cidade e pela comunidade de médicos, enfermeiros e profissionais de saúde. É daí responsabilidade do PS - neste caso partilhada também com o PSD - que esta obra nunca chegou a nascer", criticou, acrescentando que "no momento em que PS, PSD e CDS subscrevem um acordo com o FMI que reduz drasticamente o já curto investimento público esta obra e outras também não serão construídas".
Seguidamente, foi no local onde, em Agosto de 2009 - um mês antes das últimas eleições legislativas - foi lançada a primeira pedra do Campus da Justiça do Porto, que a comitiva parou.
"A construção dos Campus da Justiça estava prevista ser concluída no primeiro trimestre de 2012 e até agora nem um tijolo. A única coisa que existe é um contrato que o Governo PS deixou nas mãos de um consórcio privado e que representa uma parceira público-privada, onde o Estado mais uma vez seja prejudicado em 100 milhões de euros", criticou o candidato do Bloco Eliseu Lopes.
Sobre a Cinemateca, a deputada Catarina Martins recordou que esta "foi uma promessa de sucessivos Governos e os últimos governos do PS fizeram bastante questão em manter esta promessa mas na realidade nada acontece". Segundo a deputada "nas campanhas não há só promessas, tem que haver responsabilidade, tem que se saber o que foi prometido e o que foi executado".
Um rol de promessas por cumprir
O Bloco recorda que o PS governa o país há seis anos e que por isso teve “tempo suficiente para cumprir o seu programa” e enuncia mais algumas promessas não cumpridas como os novos hospitais em Gaia e Póvoa/Vila do Conde ou a 2ª fase de expansão da rede do Metro do Porto.
A estas acrescentam-se outras tantas que também não saíram do papel, como por exemplo um médico de família para cada português, genéricos gratuitos para os idosos, 150 mil postos de trabalho, auto-estradas sem portagem.
“A lista é extensa. Para o PS é fácil prometer mas, mais fácil ainda, é esquecer-se do que prometeu”, acusa o Bloco, lembrando que, entre 2005 e 2011, o investimento no Porto reduziu-se de 670 euros por habitante para 38 euros. “Esta redução não constava das promessas”, dizem os deputados.
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