terça-feira, 17 de maio de 2011

O exemplo da Fontinha

Hoje à noite reúne a Assembleia Municipal do Porto. À porta, os membros do executivo e os deputados municipais encontrarão uma manifestação de gente solidária com o projecto da Fontinha e indignada com a forma como a autarquia destruiu, recorrendo à força policial, aquele projecto.
O Porto às avessas
A escola da Fontinha estava abandonada há anos. Com o passar do tempo, foi ficando destruída, passou a um espaço relegado, deixado à ruína por uma autarquia negligente. Certo dia, um grupo de pessoas, por sua iniciativa, começa a recuperar a escola, a limpar o recreio, a pintar os muros e as paredes, a organizar a biblioteca votada ao abandono, a reabilitar salas para que se desenvolvam os projectos que surgirem, a promover ali jantares e assembleias. Onde havia lixo e degradação nasce um espaço habitável. Onde havia abandono recupera-se a vida e o prazer de fazer coisas junto. Onde havia esquecimento passa a existir vontade de estar e dinamizar actividades diferentes. Onde havia desleixo passa a haver cuidado e um lugar restituído à comunidade.
Em qualquer país decente, a generosidade de quem tomou a iniciativa seria elogiada. Em qualquer autarquia decente, os poderes públicos olhariam com interesse para o projecto, procurando apoiar a organização da comunidade e assegurar recursos para que aquela semente ganhasse raízes.
No Porto, acontece tudo ao contrário. Depois do abandono, e quando finalmente alguma coisa nasce contra ele, a autarquia de Rui Rio acorda. Mas fá-lo com um único objectivo, destruir; e dirige-se aos activistas da es.col.a através da única linguagem que conhece, a violência e a repressão policial. Com a acção da autarquia na es.col.a da Fontinha, a porta fechada e as janelas emparedadas com tijolos e cimento voltaram a falar mais alto. Até quando?
Lições da es.col.a
O projecto da es.col.a, espaço colectivo autogestionado, ainda estava a dar os primeiros passos. Mas estava a dá-los bem e seguros. Sem exibições mediáticas nem passos maiores que as pernas, foi-se criando cumplicidade com os moradores, envolvendo pessoas disponíveis para assegurar actividades diferentes (do apoio escolar à hora do conto, do yoga às oficinas de clown, dos laboratórios de informática à recuperação do jardim e de uma horta), foram-se criando as bases de um funcionamento colectivo com a hierarquia diminuída ao mínimo e com esforço de consensualizar decisões.
Essa é provavelmente uma das lições mais importantes que retiro do exemplo da Fontinha. A es.col.a lembrou-nos que o futuro é hoje e por isso, se queremos mudar o mundo, é uma boa hipótese começar por fazer alguma coisa aqui e agora, onde estamos. Na Fontinha, aquele colectivo ocupante pôs os pés ao caminho e ensaiou a construção de um espaço fora da lógica de uma cidade entregue à especulação e à dualização social.
Não se trata, no meu ponto de vista particular, de abdicar de nenhum espaço nem de nenhuma modalidade de intervenção – muito menos deixar o Estado aos dominantes. Mas o que vi acontecer na es.col.a voltou a lembrar-me, entre outras coisas, a urgência da acção. Por uma razão simples: é quando agimos que somos confrontados com as discussões mais importantes. É quando agimos que o poder se questiona. É quando estamos num processo concreto que aprendemos a pensar e a fazer escolhas, porque elas são uma necessidade prática. Também por isso o exemplo da Fontinha merece não apenas curiosidade, mas apoio e solidariedade. Com a escassez de acção directa e concreta que existe, a es.col.a lembra-nos que é possível.
A luta transforma o mundo. E a nós?
Certamente nem tudo na es.col.a seria perfeito nem isento de discussão. Por exemplo, alguns de nós entendem que o consenso é uma necessidade nas decisões de um colectivo, outros acham que o dissenso e as decisões maioritárias fazem parte da aprendizagem da diferença e são úteis no funcionamento democrático dos grupos e das iniciativas. Alguns entendem que a delegação é essencialmente fonte de problemas, outros acreditam que, se ela for democrática e controlada, ajuda a encontrar soluções. Alguns acreditam que, para se fazer um espaço diferente, ele tem de ter princípios muito definidos desde o início, outros acham que mais vale correr o risco de ser mais contraditório e aberto no princípio, porque isso permite incluir mais gente e, com mais gente, temos a sorte de conversar sobre esses princípios e escolhas que defendemos com pessoas que nunca tinham pensado nisso.
O que vi na Fontinha foi, com as imperfeições de que somos feitos, uma vontade genuína de encontrar formas inclusivas de organização, de levar um projecto para a frente, de encontrar um equilíbrio entre os princípios de cada um e a vontade de trazer gente de fora, os vizinhos, e de pôr os seus valores e necessidades em diálogo com os dos habitantes da es.col.a.
Esse processo é outra lição que o processo da Fontinha dá a todos os que, como eu, às vezes se esquecem de tentar fazer as coisas de outra forma. Se o objectivo da luta é transformar o modo como nos relacionamos e como organizamos a nossa vida colectiva, não há nenhum motivo para não começarmos a fazê-lo no próprio processo da luta. Se não somos capazes de o fazer enquanto lutamos, seremos mesmo capazes de o fazer depois?
Um projecto contra o projecto, ou os álibis da Câmara
No dia do despejo, quem não conhecia o projecto passou a saber uma coisa: o que estava ali a acontecer tinha o apoio da população, dos “vizinhos” da es.col.a, como dizem os dinamizadores. E percebe-se porquê. Aquele projecto só trouxe benefícios àquela gente: o recreio devolvido às crianças, a possibilidade de participar em actividades não comerciais, a dinamização de cultura e debate, a disponibilidade de professores para o apoio escolar e de tanta gente com coisas para partilhar. Os responsáveis pelo projecto criaram laços entre os moradores, libertaram um espaço, devolveram-no ao domínio público.
Isolada, a Câmara tentou responder com a existência de “um outro projecto pensado para aquele espaço”, fazendo sair nos jornais notícias que desvendavam alguns dos seus contornos. Já haveria projecto arquitectónico para reabilitar o edifício, dois professores destacados pelo Direcção Regional da Educação a trabalhar em conjunto com a Universidade Católica para pôr de pé uma escola de segunda oportunidade, com o envolvimento da segurança social e do Instituto de Emprego. Joaquim Azevedo, da Católica, confirmou ao Público a informação. Mesmo estando este projecto bloqueado pela autarquia desde Janeiro, percebe-se a intenção da Câmara: virar um projecto contra o outro para legitimar a sua acção policial. Mas por mais que tente baralhar o debate, o executivo não deve ser poupado a responder ao essencial.
Três perguntas e três certezas
Primeira pergunta: se existe esse projecto, por que razão a Câmara nunca o divulgou à população? Segunda pergunta: qual vai ser o papel daquela comunidade na definição das suas necessidades? Não devem ser as pessoas da Fontinha a decidir aquilo de que precisam e, a partir daí, a determinar o que se faz com aquele equipamento? Terceira pergunta: se a intenção da Câmara é apoiar um projecto de intervenção sócio-educativa, e não destruir o processo em curso na es.col.a, por que razão não instala esse outro projecto em qualquer uma das outras escolas abandonadas do centro do Porto (e há tantas, como sabemos)?
A forma como a autarquia e a forma como cada um de nós responde a estas perguntas decide como nos posicionamos em relação a este caso concreto. É que quem tem alguma sensibilidade para projectos sociais e educativos sabe que nenhum projecto se impõe a uma comunidade, negoceia-se com ela. Sabe que um bom projecto nunca poderá nascer da destruição de outro bom projecto. Sabe que nunca um bom projecto, por melhor que fosse, nasce de uma intervenção policial contra quem estava a servir a população. É por isso que, independentemente de qualquer outro projecto, o que está em causa é defender o exemplo da Fontinha – e o processo que lá se desenvolvia.
Fazer cidade contra o abandono
A Fontinha, além de um processo para discutirmos e aprendermos, põe mais uma vez em evidência uma das questões políticas mais importantes da cidade, a do seu esvaziamento e degradação.
O Porto tem perdido milhares de habitantes nos últimos anos. Também aqui se sente o efeito donut: um centro esvaziado e uma periferia em crescimento. A Câmara não tem incentivado a reabilitação e tem protegido a especulação. A Sociedade de Reabilitação Urbana, por si só, recuperou apenas um edifício, na Praça das Flores. A autarquia vende património habitacional na ordem de 2 milhões por ano. Hoje, grande parte dos prédios devolutos não são propriedade de “senhorios pobres”, mas de imobiliárias à espera da próxima bolha especulativa, protegidas pela política de Rui Rio.
Ao mesmo tempo, o Porto tem visto os seus espaços e equipamentos públicos serem-lhe retirados. O Rivoli foi entregue a um empresário privado e deixou de ser um teatro municipal com um projecto virado para a cidade. A Câmara evita recuperar o Bolhão e quis entregá-lo a uma empresa holandesa para o transformar num centro comercial. O mercado do Bom Sucesso foi entregue a uma empresa privada e tem um projecto que vai destruir a sua função e coerência arquitectónica. Nos jardins do Palácio prepara-se a construção de um centro de congressos gerido pela Associação Empresarial, subtraindo espaço público, e foi rejeitado, pela direita e pelo PS, um referendo para que a cidade se pronunciasse. Em tantos casos, o património da cidade está ao abandono e às populações mais pobres retira-se, na prática, o acesso a equipamentos sociais. Também desse ponto de vista, o exemplo da Fontinha é inspirador porque contraria a lógica dominante na cidade. E acontece numa zona tão central quanto escondida e esquecida.
Apropriarmo-nos colectivamente do espaço público: aqui está uma necessidade para agora. Na Fontinha, não se tratou apenas de exercer a democracia, mas propriamente de fazer cidade.

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.