“Esta noite ouvi um debate em que dois líderes da direita se digladiavam, dizendo que o país é nosso. Um dizia é 23 por cento para mim, 24 por cento para ti, o outro acrescentava é 20 por cento para mim e 30 por cento para ti, como se o país fosse uma pizza, como se dividissem o país como uma pizza à mesa,”, afirmou o dirigente do Bloco.
No discurso que proferiu na Ribeira Grande, em S. Miguel, Louçã frisou que “há democracia e é a democracia que responde pelas dificuldades”, acrescentando que “a democracia não aceita o desemprego”, cita a Lusa.
Por essa razão, afirmou que, se os líderes da direita querem congelar as pensões e dividir o país entre si, o “Bloco de Esquerda defende o país”.
O coordenador da Comissão Política do Bloco referiu-se também à ajuda externa, salientando: “aqueles que nos querem cobrar couro e cabelo por um empréstimo garantem que Portugal se vai afundar mais ainda em cada mês que passa durante os próximos dois anos”.
Agora até Sócrates reconhece que vem aí mais recessão, disse Louçã
Para o Bloco, a actual situação portuguesa “é o resultado das propostas e políticas (de José Sócrates)”, que frisou ter agora reconhecido a situação.
“O primeiro-ministro sempre disse que não havia recessão e que estamos no bom caminho, afinal o que veio dizer agora é que sabia mesmo que cada um dos programas que tem vindo a aplicar ia aumentar o desemprego e tornava as pessoas mais pobres”, afirmou Louçã.
E acrescentou: “sabemos agora todos que o primeiro-ministro até reconhece que Portugal vai ser o único país do mundo, não é da Europa, é o único país do mundo que vai estar a empobrecer, as outras economias estão a recuperar e Portugal está a afundar-se”.
O dirigente do Bloco frisou ainda que o partido “tem propostas, responsabilidade e rigor”, comprometendo-se com um apoio aos pescadores para o pagamento do fundo de pescas, que compensa os profissionais da pesca pelos dias em que não podem sair para o mar devido ao mau tempo.
A lista do Bloco para as Legislativas, pelo círculo eleitoral dos Açores, é encabeçada pelo professor universitário José Manuel Veiga Ribeiro Cascalho, seguido de Lúcia de Fátima Oliveira Arruda, jurista, e Sílvia Lisa da Fonseca Machado, farmacêutica.
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