"Com esta insensatez, creio que estão criadas as condições para que haja contestação no início do ano escolar", avisa o autarca que também preside à Câmara de Benavente.
O gabinete da ministra da Educação divulgou um comunicado anunciado que “com esta reorganização, as escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos, na sua esmagadora maioria escolas de sala única, onde o professor ensina ao mesmo tempo, e na mesma sala, alunos do 1.º ao 4.º anos, passam a ser uma excepção, prosseguindo o objetivo de garantir, a todos os alunos, igualdade de oportunidades no acesso a espaços educativos de qualidade”.
Por outro lado, Francisco Almeida, da Fenprof, considera que o fecho de escolas "vai ser a sentença de morte de muitas aldeias". "Há crianças que vão viver um autêntico suplício para irem para a escola e vão deixar de conviver com os pais e avós", sublinha o sindicalista citado pelo Correio da Manhã.
É na região Norte que se farão sentir com mais intensidade os encerramentos decididos pelo ministério da Educação, com mais de metade (384) da lista divulgada pelo gabinete de Isabel Alçada. Em Lamego irão fechar 21 escolas, tornando-o no concelho mais prejudicado a nível nacional. No topo da lista dos concelhos com mais escolas que já não abrirão no mês que vem estão Chaves (18), Penafiel (17) e Ponte de Lima (15).
Na região Centro fecham 152 escolas, sendo os concelhos mais afectados os de Pombal (9), Anadia, Mortágua e Montemor-o-Velho e Mortágua (8), Gouveia e Mealhada (7). Mas a Covilhã, onde se previa o fecho de seis escolas, o que motivou protestos dos autarcas, não figura na lista final anunciada na quarta à noite.
Nas escolas integradas na Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, a lista aponta o nome das 121 que vão encerrar. Aqui destacam-se as perdas nos concelhos de Caldas da Rainha e Santarém (10), Rio Maior e Sintra (9), Óbidos e Torres Novas (8).
O Alentejo ficará sem 32 escolas basicas do 1º ciclo em 20 concelhos, com a maior incidência em Odemira (5) e Santiago do Cacém (4). Loulé, com menos 4 escolas, é o mais afectado dos 7 concelhos da região do Algarve, onde o ministério vai retirar ao todo 12 escolas.
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