sábado, 28 de agosto de 2010

Banco Público de Terras no Socialismo 2010

Xosé Carballido Presas, do Conselho Nacional do Bloco Nacionalista Galego e da Comissão de Política Agrária do BNG, participa este fim-de-semana do Socialismo 2010, com uma sessão sobre o Banco Público de Terras e a experiência ocorrida na Galiza.
Socialismo 2010

Terras
A experiência na Galiza

Xosé Carballido Presas

Membro do Conselho Nacional do Bloco Nacionalista Galego e da Comissão de Política Agrária do BNG
Ex-director geral de Estruturas e Infra-estruturas Agrárias
Primeiro conselheiro-delegado do Bantegal



Banco Público de Terras
A experiência na Galiza

Xosé Carballido Presas

Entre 2005 e 2009, o Bloco Nacionalista Galego teve a responsabilidade da Conselharia do Meio Rural, competente em matéria de agricultura, gandería e montes na Galiza.

Baixo a responsabilidade do conselheiro D. Alfredo Suárez Canal, pôs-se em marcha o Banco de Terras da Galiza, ao amparo da Lei 7/2007 de Conservação da Superfície Agrária Útil, na que se indica:

Tendo em conta a função social do direito de propriedade, faz-se necessário levar a cabo uma mobilização das superfícies agrárias úteis hoje improdutivas, que permita o redimensionamento das explorações que sobrevivem a uma maior *extensificación e redução de inputs e, assim mesmo, a ampliação da base territorial das explorações existentes, de modo que se convertam, em definitiva, num factor de riqueza colectiva”

SITUAÇÃO DE PARTIDA: Parcelario

Aínda que estarei a referime á situación particular da Galiza, analisaremos algúns dados de Portugal, e olharemos que a situação é similar, en muitos casos.

A ESTRUTURA PARCELARIA EM a GALIZA
  • 97% da superfície rural em regime de propriedade privada1,6 milhões de titulares catastrais (3 milhões de habitantes)
  •  
  • 3 milhões de hectares (2 ha por titular)
  • 7 parcelas por titular (menos de 0,3 ha parcela)
  • Em muitos casos, os titulares não são os gestores da terra
  • Muitas parcelas sem nenhum tipo de gestão
  • 1 ocupado agrário por cada 22 titulares cadastrais
  • Dispersão parcelaria, que obriga a contínuos deslocamentos
  • Situação semelhante no norte de Portugal. Em alguns países da Europa Central e do Leste há situações de fragmentação parcelaria similar, trás acontecimento sócio - políticos recentes
ALGUMAS CAUSAS DA FRAGMENTAÇÃO
  • Dinâmicas demográficas do rural
  • Estratégias e costumes hereditários do sistema agrário tradicional
  • Vinculação afetiva à origem familiar
  • Modelo de assentamento (dispersão de núcleos)
  • Expectativas de uso residencial e retorno emigrante
  • Falta de ordenação territorial
  • A terra como bem raiz e valor refúgio
  • Diversidade territorial do espaço rural
  • Insuficiente adaptação das estruturas às mudanças experimentadas pelo sector nas últimas décadas
SITUAÇÃO DE PARTIDA: Explorações
  • Descenso no número de explorações das últimas décadas sem levar emparelhado o incremento da base territorial das que se mantêm
  • Grande parte das terras de vocação agrária sem nenhum tipo de gestão, com um deficiente aproveitamento d ou em estado de abandono
  • Não se realizou transferência de Superfície Agrária Útil (SAU) por arrendamentos, ao invés do sucedido no resto da Europa ocidental
  • Falta de unidades produtivas viáveis. Dimensionamento da exploração inadequado
GALIZA
  • SAU Galiza: 25% dele território (UE15 mais de 50%)
  • SAU/ exploração: 8,5 hectares (UE15: mais de 25 hectares)
  • 80% da SAU pertencem à exploração ou à família (UE27: 50%)
  • 70.000 ocupados no sector agrícola, pecuário e florestal
PORTUGAL
  • SAU Portugal: 39% dele território (UE15 mais de 50%)
  • SAU/ exploração: 12,6 hectares (UE15: mais de 25 hectares)
  • 70% da SAU pertencem à exploração ou à família (UE27: 50%)
  • 200.000 ocupados no sector agrícola, pecuário e florestal (estimados)
  • Descenso da SAU 8% (1989-2005)
  • Terras aráveis passam de 60% a 35%
  • Pastos permanentes passam de 21% a 48%
  • Redução do número de explorações 3% anual (1989-2005)
  • Encerramento de 50% das explorações pequenas (<5 hectares)
  • Encerramento de 25% das explorações a tamanho médio e grandes
  • Últimos 10 anos, perda 100.000 ocupados agrários (1/3 do total)
PORTUGAL
GEO/TIME
ha SAU
%SAU
ha SAU propiedade
Nº exploraçons
SAU/Explor
1990
4.005.570
45%
2.761.890
598.740
6,7
1993
3.949.860
44%
2.748.590
489.030
8,1
1995
3.924.620
44%
2.730.600
450.640
8,7
1997
3.822.120
43%
2.658.870
416.690
9,2
2000
3.863.090
43%
2.797.210
415.970
9,3
2003
3.725.190
42%
2.632.780
359.280
10,4
2005
3.679.590
41%
2.588.580
323.920
11,4
2007
3.472.940
39%
2.447.360
275.080
12,6
Fonte: Eurostat, Enquisa Estrutura Exploraçons Agricolas

CONSEQUÊNCIAS
  • Dificuldade de inovação e melhoras tecnológicas
  • Incremento custos de produção (deslocamentos, valados, capacidade de carga pecuária/parcela insuficiente)
  • Menor eficiência do fator trabalho
  • Índice produtividade/ocupado aceitável em produções intensivas (horta, flor, vinhedo)
  • Em cultivos e explorações pecuárias extensivas tradicionais, viabilidade comprometida
  • Diminuição das rendas da família no rural
  • Medidas da PAC pensadas para modelos estruturais de maior escala, ineficazes no nosso contexto
  • Falta de ordenação: florestamento de terras de elevado valor agrícola
  • Processos de modernização clássicos não adaptados ao modelo minifundiário com possíveis alternativas viáveis
Conclusões: Perda de uma riqueza de interesse para o país
  • Excessiva fragmentação de parcelas de pouca dimensão
  • Feche explorações sem transferência da base territorial
  • Contínua redução da superfície agrária útil
  • Insuficiente base territorial para garantir a viabilidade
  • Mínimo relevo geracional. Êxodo rural
  • Envelhecimento da população rural
  • Abandono: perda da paisagem tradicional
  • Redução da diversidade ecológica
  • Risco de lumes. Degradação dos solos e aqüíferos
INTERVENÇÃO PÚBLICA?
  • Nenhum país pode deixar a produção de alimentos exclusivamente em mãos de terceiros.
  • Há que ter em conta a função social do direito de propriedade
Os governos devem intervir para:
  • Ordenação territorial de uso
  • Conservar a Superfície Agrária Útil
  • Melhorar a situação estrutural das explorações: tamanho, forma e acessibilidade
  • Buscar a viabilidade e competitividade do sector
  • Estabelecer critérios de eqüidade e acesso democrático aos recursos
  • Intervir na melhora do funcionamento do comprado de terras: mecanismos e legislação sobre de transferências, arrendamentos, herança...
  • Gerir o cadastro, serviços de valoração e regime tributário das terras
POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO
Reforma das Estruturas: (forma, tamanho, acessos...)
  • Aparcelamento (reorganização da propriedade)
  • Polígonos de associação (reorganização do espaço)
  • Limitação da subdivisão (Unidades Mínimas de Cultivo)
  • Direito de aquisição preferente de colindeiros
  • Isenção tributária de permutas (trocos) para agrupamento
Mecanismos de mobilidade (regime de possessão - tenência )
  • Acesso à propriedade (compra, doação, herança ...)
  • Acesso ao uso (arrendamentos, parcerías, cessões...)
  • Agrupamento de explorações (integração empresarial)
  • Transferência direitos de uso às explorações: Banco de Terras
Mobilização de terras: POSSIBILIDADES

Dificuldades para mobilização por Compra
  • Acesso à propriedade muito recente (culminado ? 1920)
  • A terra, como património em situação de crise
  • Isenção ou baixa *fiscalidade. Difícil gestão tributária
  • Preços inassumibles, e economicamente inviáveis
  • Reduzida capacidade financeira pelo tamanho das explorações
  • Falta de mercado fluido: inexistência de preços tipo
Dificuldades para mobilização por Arrendamento
  • Temor à perda da titularidade do capital territorial
  • Risco de demoras no pagamento e falta de pagamento
  • Prevenção diante do deterioro do património arrendado

UM BANCO PÚBLICO DE TERRAS ?

Para que ?

  • Explorações que queiram aumentar a sua superfície agrícola
  • Criação de novas explorações agropecuárias
  • Jovens que queiram dedicar à actividade agrária
  • Ampliação da base territorial de cooperativas agrárias
  • Recuperação da actividade agrária em zonas afectadas pelo envelhecimento ou êxodo rural
  • Estabelecimento de campos de investigação ou experimentação
  • Incorporação ao património público por conveniência ambiental ou interesse social
De que modo ?
  • Criando um banco que faça as gestões necessárias para mobilizar as terras mediante ARRENDAMENTOS
  • Um banco onde possamos inscrever as nossas fincas permitindo que sejam arrendadas.
  • Um banco onde os agricultores possam solicitar fincas em aluguer para alargar a sua base territorial
  • Um banco ágil, com arrendamentos pactuados entre cinco anos (mínimo) e trinta anos (máximo)

Com que médios ?
  • BANTEGAL: Instrumento da Administração para a intermediación e gestão dos bens do Fundo de Terras
  • OACs: Escritórios Agrários Comarcais (distritos), estrutura periférica da Conselharia do Meio Rural de apoio, gestão e assessoramento das explorações
  • SITEGAL: Sistema de Informação de Terras da Galiza, aplicação para a gestão do Banco de Terras via web realizada pelas Universidades da Corunha e Santiago.

Com que garantias ?
  • Garantia de devolução ao proprietário acabado o período de arrendamento
  • Garantia de cobro do preço estabelecido
  • Garantia de devolução das terras em normal estado de uso

COMO FUNCIONA O BANCO DE TERRAS: GESTÃO DE ARRENDAMENTOS

SOCIEDADE DE GESTÃO:

Acredite-se uma sociedade gestora do Banco de Terras, de carácter público, o BANTEGAL. A fórmula de Sociedade Anónima escolhida pretende a *axilidade administrativa mais complexa noutro tipo de organismos (Subdirección Geral, Instituto, Ente Autónomo, Agência, Gestoría?)

APLICAÇÃO DE GESTÃO

Em convénio com as Faculdades de Informática (Universidade da Corunha) e de Agrônomos (Universidade de Santiago) e com a colaboração do Escritório Territorial do Cadastro, desenha-se uma aplicação informática, o SITEGAL, com a utilização das *NTIC * e os *SIG

*NTIC: Novas Tecnologias da Informação e Comunicação *SIG: Sistemas de Informação Geográfica

MARCO CONTRATUAL
  • O Bantegal absorve o peso do marco contratual, existindo sempre dois contratos: Proprietário -Bantegal por um lado e Bantegal - Agricultor pelo outro.
  • Os aspectos principais são o tempo de cessão (entre 5 anos mínimo e 30 anos máximo) e a renda, para o que se estabelecem uns preços de referência.
  • Quando o proprietário incorpora um prédio ao Banco de Terras, autoriza ao Bantegal a cedê-lo a terceiros por um prazo máximo de 5 anos (excepto consentimento expresso de prazo diferente)

CONFORMAÇÃO DOS RISCOS
O Bantegal assume os custos de garantia associados à transacção:
  • Garante o cumprimento dos prazos, fazendo-se responsável pelas relaciones *contractuais.
  • Assegura o cobro da renda por parte do proprietário independentemente do cumprimento do pago por parte do *arrendatario.
  • Faz-se responsável #subsidiário dos possíveis danos causados no prédio, assegurando para o proprietário a recuperação da finca em condições *equiparables no ponto da sua incorporação ao Banco

Preços de Referência
Não existem preços de mercado nem de compra venda nem de arrendamento, pela reduzida actividade dos comprados.

A própria fragmentação e heterogeneidade territorial dificultam a valoração.
Por esta razão, considerou-se o interesse de fixar uns Preços de Referência, com carácter voluntário, que aprova anualmente a Comissão Técnica de Preços e Valores

Representantes: Conselharias de agricultura, de economia, de ordenação do território, de médio ambiente, Federação Galega de Municípios e Províncias, Gerência Territorial do Cadastro, Associação Galega de Cooperativas Agrárias e Organizações sindicais do Conselho Agrário Galego.

CONSERVAÇÃO DA SUPERFÍCIE AGRÁRIA

Medidas de fomento:
Benefícios tributários
Ajudas e subvenções
Regime Sancionador
Direito de aquisição preferente:
Tenteo e Retrato

MEDIDAS PROATIVAS E MEDIDAS COERCITIVAS
A lei estabelece benefícios tributários, ajudas, subvenções e sanções, com o objectivo de proteger e conservar a SAU

Poder-se-ia pensar num encargo ou contributo as fincas agrárias, com uma isenção às fincas trabalhadas, como incentivo para a conservação da SAU

Na Galiza, o elevado grado de fragmentação (13 milhões de prédios rústicos) e as próprias deficiências na identificação cadastral fã praticamente inviável a gestão de um contributo fiscal que deve ter carácter universal

Por essa razão, considerou-se estabelecimento de um regime sancionador (a sanção não tem que ser universal, senão pontual e exemplificante e a gestão mais adequada.

MEDIDAS PROATIVAS (PARA AS FINCAS DO BANCO DE TERRAS)
Benefícios tributários

Vendas ou *permutas: Dedução de 95% no Imposto de Transmissões Patrimoniais e Actos Jurídicos Documentados.

Ajudas e subvenções

O governo poderá estabelecer linhas de ajudas destinadas à limpeza, posta em cultivo ou melhoras, das que poderão ser beneficiários tanto os proprietários coma os arrendatários.

Poderá subscrever convénios de colaboração para a concessão de empréstimos ou subvenções aos arrendatários para a sua aquisição, limpeza, posta em cultivo ou melhoras.

MEDIDAS COERCITIVAS: REGIME SANCIONADOR
O governo estabelece mecanismos tendentes à conservação da SAU e actuações sobre as fincas incultas ou abandonadas, mediante procedimentos sancionadores quando estas situações possam causar prejuízos a terceiros.

Considerasse situação de GRAVE ABANDONO aquela finca inculta ou abandonada que possa favorecer o aparecimento e a propagação do lume, fenômenos de erosão e uma especial incidência de más ervas, pragas ou doenças que possam afectar os prédios lindeiros

Infracções leves:
  • Apercebimento ou multa ate 300 euros

Infracções graves:
  • Multa entre 301 e 1.000 euros

Infracções muito graves
  • Multa entre 1.001 e 3.000 euros

Multas coercitivas
  • Reiteradas com um custo de ate 1.000 euros

EXCEPÇÕES
Não serão objecto de expediente determinais fincas agrárias:

  • Aquelas sobre as que se realize, quando menos, agricultura de conservação, e que no representem risco de lume nem prejuízo aos colindantes.
  • As que estejam incluídas no BANCO DE TERRAS excepto que o BANTEGAL as tenha cedido em arrendamento.

DIREITO DE AQUISIÇÃO PREFERENTE

O Bantegal desfrutará de um direito de aquisição preferente de prédios rústicos situados nas zonas de especial interesse agrário, com a pretensão de preservar a SAU

OBJECTIVOS:
  • Incorporação ao património público por conveniência ambiental ou por outros motivos de interesse social determinado.
  • Evitar movimentos especulativos e mesmos florestacións indiscriminadas que possam ocasionar perda se SAU em zonas com evidente aptidão agrícola.
  • Limita-se exclusivamente a transacções com destino não agrário, para evitar pressões especulativas em terreno de vocação agrícola e, nomeadamente, naquelas zonas concentradas com fundos públicos.
  • Não haverá lugar ao exercício dos direitos de tenteo e retrato nas transmissões a favor de filhos e descendentes, ascendentes nem cônjuges
  • Também não nos casos de transmissões a favor daqueles que sejam profissionais da agricultura e agricultores a título principal

Banco Público de Terras. A garantia de um Banco Público. Com todas as garantias.

Galiza, Agosto de 2010

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.