terça-feira, 7 de dezembro de 2010

EUA intervieram na lei anti-download espanhola

Segundo telegramas divulgados pela WikiLeaks, no El País, a embaixada dos EUA em Madrid projectou uma estratégia detalhada em 2007, tornando a propriedade intelectual uma prioridade da sua agenda, no sentido de influenciar a Lei que está agora a ser discutida no parlamento.
Segundo os telegramas divulgados pelo WikiLeaks, no El País, a embaixada dos EUA em Madrid projectou uma estratégia detalhada em 2007 e colocou a propriedade intelectual como uma prioridade em sua agenda no sentido de influenciar a Lei que está agora a ser discutida no parlamento espanhol.
O Parlamento espanhol está em vésperas de votar uma nova lei, extremamente rígida sobre 'copyright' na Internet, anti-download. O contexto “secreto” conhecido agora por todos, é de que a lei foi redigida por grupos da indústria norte-americana, trabalhando com representantes comerciais dos EUA na Espanha.
Os 124 telegramas divulgados pela WikiLeaks ao El País, interceptados na Embaixada da Espanha em Madrid, eram marcados pela expressão “KIPR” – marca de Direitos de Propriedade Intelectual. Os relatórios abrangem o período compreendido entre Fevereiro de 2004 e Fevereiro de 2010.
A embaixada dos EUA em Madrid tornou a luta contra a pirataria na Internet uma das suas prioridades para o período 2004-2010, noticia o jornal espanhol El País. Como se conclui da leitura dos mais de 35 telegramas dedicados à protecção dos direitos de propriedade intelectual, a pressão começou a intensificar-se a partir de 2004, após a entrada no Governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero, e resultou na elaboração de uma lista negra, a lista "Special 301", elaborada pelo gabinete do Comércio norte-americano.
Na ausência de resultados durante os primeiros anos, a embaixada norte-americana concebeu em 2007 um roteiro detalhado que incluiu reuniões com ministros, secretários de Estado e dirigentes intermédios dos departamentos de Cultura e da Indústria espanhóis, adianta o El País. A estratégia previa também reuniões com as empresas que fornecem acesso à rede, como a Telefónica, colaborações com as partes interessadas, a SGAE, a Federação para a Protecção da Propriedade Intelectual (FAP), Associação dos Produtores de Música, Promusicae, e visitas de altos cargos do Governo e da indústria dos EUA: levaram a Espanha Christopher Wilson, número dois do Gabinete dos Negócios Estrangeiros, e Dan Glickman, presidente da poderosa Motion Pictures Association, o organismo guarda-chuva para as gigantes de Hollywood.
Embora os telegramas reflictam alguma decepção dos vários embaixadores norte-americanos com a lentidão do governo espanhol nas questões sobre pirataria na internet, no ano passado foi dado um passo importante. A 27 de Novembro de 2009, a controversa lei anti-download surgiu, incluída na Lei da Economia Sustentável. Segundo o El País, a lei passou no primeiro exame do Parlamento, a 23 de Setembro deste ano, e enfrenta agora alterações parciais na Comissão de Economia e Finanças.
Eleição de Zapatero abriu possibilidades aos planos dos EUA
Com a surpreendente vitória do PSOE na eleições de 14 de Março de 2004 (três dias depois do atentado mortal em Madrid a 11 de Março), abriram-se novas expectativas nesse mesmo ano o que levou a embaixada a emitir um telegrama dizendo que não era preciso incluir a Espanha na lista negra. O telegrama 27.536 conclui deste modo: "Dado o número de estrelas da indústria do espectáculo com uma preferência aberta pelo governo socialista (é significativo, por exemplo, Zapatero assistiu ao equivalente espanhol do Oscar), é possível que este Governo seja particularmente sensível para fazer alguma coisa neste sector. Vou precisar de um ano ou mais para ver se essa sensibilidade se traduz em resultados".
No entanto, a pressão aumentou e a Espanha foi incluída na Lista “Special 301”, em 2008. A 12 de Novembro desse ano, desembarcou em Madrid um alto representante de Hollywood, o presidente da Motion Pictures Association, Dan Glickman.
Um ano depois chegou a controversa lei anti-download. A 27 de Novembro de 2009, o governo enviou ao Congresso a Lei sobre Economia Sustentável incluindo a outra no pacote, o que desencadeou mobilizações de grupos de utilizadores da Internet por todo o país. Manifestos, marchas, petições, protestos - “a revolta eclode”, escreve o El País.
A criação de uma Comissão no âmbito do Ministério da Cultura com poder para encerrar sites sem a intervenção de um Juiz concentrou, em Dezembro de 2009, grande parte das críticas. Na altura, o Governo de Zapatero foi acusado de quer criar uma “polícia cultural na internet”. Entretanto, refreou a radicalidade das medidas e já fala em controlo judicial.
Reuniões com ministros e Rajoy
Os três embaixadores da fase 2004-2010 reuniram-se com todos os Ministros da Cultura desse período, com a vice-Primeiro-Ministra Maria Teresa Fernandez de la Vega, com o Ministro da Indústria, Miguel Sebastian, e o líder da oposição, Mariano Rajoy. Na agenda destes encontros a pirataria teve um lugar de honra, adianta o diário espanhol.
A “lista negra” foi o instrumento mais evidente de pressão. Muitas insistências se sucederam ao plano estratégico para 2007 que não deu frutos. O embaixador Eduardo Aguirre, cansado de muita conversa mas pouca acção, emite então uma nota dizendo: "Propomos dizer ao novo Governo que a Espanha aparecerá na lista negra", diz o telegrama n.º 142.920. "A embaixada reconhece que a falta de progressos no ano passado poderia justificar a colocação da Espanha na lista negra", lê-se no segundo parágrafo do mesmo telegrama.
Quando a tormenta social contra a lei anti-download se instalou, em 2009, o PP veio airosamente a público defender e saudar os movimentos da comunidade internauta. Preocupado, o embaixador norte-americano Alan D. Solomont reúne-se com Mariano Rajoy, a 21 de Janeiro de 2010. "A questão é importante economicamente, mas também politicamente", disse então Mariano Rajoy ao embaixador.
A conclusão final, que Solomont elabora a partir da reunião, é indubitável sobre a estratégia da intervenção de Rajoy: "Em Direitos de Propriedade Intelectual, recebemos a mensagem de Rajoy de que embora o PP entenda a necessidade da Espanha fazer algo mais, o partido quer extrair benefícios políticos do debate sobre o que deveria ser exactamente o mecanismo que a Espanha deverá usar para fechar os sites dos piratas".
 

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.