sábado, 16 de outubro de 2010

Proposta de orçamento conduz a “afundamento da economia”

Após reunião de apresentação da proposta para OE2011, líder parlamentar do Bloco adiantou que “o governo não deu senão indicações de que vai haver uma situação de recessão”.
Líder parlamentar do Bloco alerta para “impacto das medidas já anunciadas na contracção da economia portuguesa”. Foto de Paulete Matos
Os Ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamentares deram, esta quinta-feira, a conhecer aos grupos parlamentares a proposta de Orçamento de Estado para 2011, a ser apreciada no Conselho de Ministros, e que deverá ser entregue na Assembleia da República até sexta-feira.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, no final da reunião com Teixeira dos Santos e Jorge Lacão, afirmou, em declarações à agência Lusa, que as medidas de austeridade propostas pelo governo irão conduzir ao “afundamento da economia”.
José Manuel Pureza adiantou ainda que “o governo não deu senão indicações de que vai haver uma situação de recessão” e de “impacto recessivo sobre a economia portuguesa”, num panorama de aumento de desemprego e de contracção da economia portuguesa.  
No que respeita à proposta já anunciada na comunicação social sobre a redução das deduções fiscais, o líder parlamentar do bloco esclareceu que “o governo deu-nos informações absolutamente vagas sobre a intenção de vir a rever o regime dos benefícios fiscais, mas sem que tivesse havido qualquer concretização”.
No entanto, vários órgãos de comunicação social já avançaram, esta quinta-feira, com algumas informações sobre aquelas que serão as medidas incluidas na proposta de Orçamento de Estado para 2011.
Segundo dados revelados pelo Diário Económico, o documento contempla, nomeadamente, o aumento já anunciado do Iva, a diminuição das deduções e benefícios fiscais, a convergência das deduções de IRS dos pensionistas com as deduções dos trabalhadores dependentes, a quebra do sigilo bancário para devedores ao fisco, a tributação de um maior número de rendimentos e a diminuição do prazo previsto para dedução dos prejuízos das empresas.
Conforme noticiou o Jornal de Negócios, o Orçamento deverá apontar para um crescimento da economia entre 0,2% e 0,5% em 2011, e “foi elaborado com base num intervalo de previsão que não exclui uma ligeira recessão em 2011 - oscilando entre uma contracção do PIB inferior a 1% e uma expansão de 0,5%”.
Algumas das medidas incluídas na proposta de OE2011
- Subida do Iva
Iva sobe para 23%, tal como já foi anunciado pelo Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos e pelo próprio primeiro-ministro, José Sócrates. Taxa reduzida e intermédia mantêm-se em 6% e 13%, respectivamente.
- Tectos para deduções fiscais e redução de benefícios fiscais
Os cidadãos com mais de cerca de 530 euros de rendimentos mensais (7410 anuais) irão pagar mais IRS, na medida em que verão reduzidos os limites das deduções fiscais relativas a despesas de educação, saúde e habitação, entre outras. Valor dos limites varia entre 800 e 1100 euros. A partir dos 153 mil euros de rendimento são extintos quaisquer benefícios fiscais.
O Jornal de Negócios esclarece ainda que não existem benefícios fiscais para quem tem dívidas ao fisco.
Além dos novos tectos impostos para as deduções fiscais, o Diário Económico divulga que a proposta de orçamento prevê ainda o congelamento das deduções, que passam a estar indexadas ao valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) – 419,22€ – e não à Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG), como acontecia até aqui. Em 2011, e para evitar uma quebra acentuada do valor das deduções, provocada pelo congelamento do IAS até 2013, as deduções estarão, excepcionalmente, indexadas à actual RMMG, equivalente a 475€.
Os benefícios fiscais também irão ser reduzidos, sendo que os tectos irão variar entre os zero e os cem euros. Apenas os dois primeiros escalões de rendimentos e os cidadãos com deficiência não serão afectados.
Segundo difunde o Diário Económico, ambas as medidas – redução dos limites das deduções fiscais e restrição dos benefícios fiscais, irão afectar cerca de 1,5 milhões de pessoas.
- Aumento do IRS dos pensionistas
No que respeita aos pensionistas, o Governo propõe a convergência das deduções de IRS dos pensionistas com as deduções dos trabalhadores dependentes. Os pensionistas com rendimentos mensais iguais ou superiores a 1600 euros mensais passam a ter redução de 20% nas deduções. Na prática, estes pensionistas irão pagar mais 170 a 1160 euros IRS, adianta o jornal Público.
- Fisco acede a contas bancárias de devedores
Outra das medidas contidas no Orçamento de Estado para 2011 diz respeito à possibilidade do fisco aceder às contas bancárias dos contribuintes devedores, assim como já acontecia no que respeita ao procedimento da segurança social para com quem mantivesse dividas com esta entidade.
- Aumento do número de rendimentos tributados
O leque dos rendimentos sujeitos a tributação sofre um alargamento considerável. Passam a ser tributados prémios dos atletas superiores a 4192 por ano e bolsas superiores a 2096 euros, subsídios de residência e prémios literários e científicos que ultrapassem os 4192 euros.
- Redução dos benefícios fiscais das empresas
Os benefícios fiscais das empresas sofrem nova redução. Segundo o Diário Económico, o valor dos impostos pagos pelas empresas que gozam de benefícios fiscais não pode ser inferior a 90% do valor que as empresas pagariam caso não usufruíssem dos mesmos. A percentagem actualmente em vigor é de 75%. As SPGS deixam de ter isenção total do IRC, perdendo o regime excepcional de que usufruíam até aqui.
- Aumento da taxa aplicada a despesas com frota automóvel
Também os gastos das empresas com a frota automóvel com características menos poluentes vão ser passar a ser taxados a 10%, contra os actuais 5%.
- Diminuição do prazo previsto para dedução dos prejuízos
No que concerne ao prazo previsto para dedução dos prejuízos das empresas, há uma diminuição dos actuais seis anos para quatro anos.

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.