Lino Maia diz que esta "intimidação" deixou um ambiente "de cortar à faca" entre as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e o Instituto de Segurança Social. E aconselha as IPSS a "não dar satisfação às intimações dos centros distritais do Instituto de Segurança Social", admitindo o recurso aos tribunais, caso os acordos de cooperação sejam "ilegitimamente cessados".
Para o presidente do CNIS, a contenção orçamental invocada pelos centros distritais revela "demasiada insensibilidade e injustiça, como se não fossem as IPSS que fazem mais no nosso país pelos carenciados e fossem elas as responsáveis pelo défice".
“É uma medida absolutamente injusta e inqualificável”, defendeu a deputada bloquista Helena Pinto, sublinhando que “é óbvio que a pobreza aumentou porque o desemprego aumentou e as dificuldades das famílias aumentam todos os dias, e tudo isto porque o Governo continua a aplicar uma política ultraliberal a nível social”.
“É muito esclarecedor” que esta medida seja conhecida “no dia seguinte ao debate do estado da Nação, em que o primeiro ministro mistificou e não disse a verdade toda sobre a situação da pobreza em Portugal”, acrescentou Helena Pinto.
Esta quinta-feira foi também apresentado o inquérito do Instituto Nacional de Estatística às Condições de Vida e Rendimento dos portugueses, que mostra como 41,5% da população estaria em risco de pobreza se não tivesse acesso a apoios sociais. O inquérito revela ainda que as crianças e jovens até aos 17 anos são ainda o grupo mais vulnerável, com 22,9% em risco de pobreza.
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