sexta-feira, 11 de junho de 2010

Recuperar a confiança após Copenhaga

Seis meses depois de fracassarem os esforços em Copenhaga para alcançar um acordo vinculativo contra o aquecimento global, os delegados tentam resgatar as negociações em Bona. Artigo de Servaas van den Bosch, da IPS.
Yvo de Boer já não vai liderar a Convenção da ONU sobre Alterações Climáticas quando começar a cimeira de Cancún. Foto World Economic Forum
Yvo de Boer já não vai liderar a Convenção da ONU sobre Alterações Climáticas quando começar a cimeira de Cancún. Foto World Economic Forum
Entretanto, permanecem os desacordos sobre a redução de emissões nos países em desenvolvimento e sobre os fundos para adaptação à mudança climática. “A de Copenhaga foi uma conferência horrível”, reconheceu o secretário-executivo da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Yvo de Boer.
“Este ano é preciso restabelecer a confiança, e por isso é importante que comecem a fluir os 30 mil milhões de dólares. Isso seria um motor de confiança no processo”, acrescentou De Boer. O secretário disse que, no entanto, falta definir um claro contexto para que sejam desembolsados os fundos necessários. Também é necessária maior clareza sobre como obter os 100 mil milhões de dólares anuais que o Acordo de Copenhaga prevê ter disponíveis até 2020.
Um documento divulgado no dia 7 por Project Catalyst, Climate Works Foundation e Fundação Europeia do Clima (ECF), sugere que serão necessários entre 21 e 54 mil milhões de dólares nos próximos três anos para apoiar programas de mitigação, adaptação e proteção das florestas no Sul em desenvolvimento. Além disso, serão necessários entre 100 e 190 mil milhões  adicionais em investimentos privados.
Este dinheiro deverá ser destinado a iniciativas como o Fundo Amazônia, do Brasil, que procura reduzir em 80% o desmatamento nessa região, e a promover a utilização no Sul de fontes de energia renováveis, bem como a criação de fábricas, edifícios, veículos e eletrodomésticos mais eficientes. Desta forma, o Norte industrializado pagaria os custos da adaptação à mudança climática para as nações com menos responsabilidade pelas emissões dos gases-estufa, que são as mais vulneráveis aos seus efeitos.
O Project Catalyst destacou que cumprir as promessas de apoiar a adaptação do Sul é fundamental para manter a confiança e conseguir progressos para um acordo vinculante. Até agora, 28 mil milhões de dólares de fundos públicos foram prometidos para o plano Fast Star criado pelo Acordo de Copenhaga. Parte destes recursos será na forma de empréstimos, mas 25 mil milhões serão efectivamente doações para enfrentar a mudança climática entre 2010 e 2012. Os principais doadores são Japão (11 mil milhões), União Europeia (9,6 mil milhões), Estados Unidos (5,1 mil milhões), Noruega (1,8 mil milhões) e Austrália (500 milhões).
Quais partes destes fundos são de facto “novos e adicionais”, como estabelece o Acordo de Copenhaga, ainda não está claro. “Definitivamente, menos do que os 25 mil milhões, mas não sabemos quanto”, disse à IPS o investigador Ramzi Elias, da ECF. “Os países usam diferentes definições de adicional e geralmente não são transparentes nem no seu financiamento contra a mudança climática nem na sua ajuda ao desenvolvimento”, acrescentou. Também é preciso determinar como seria canalizado o financiamento para os beneficiários.
Os países em desenvolvimento querem um novo fundo independente, que distribua o dinheiro de acordo com as necessidades. Mas as nações ricas preferem entregá-lo a instituições já existentes, como Banco Mundial e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. De Boer colocou em dúvida a possibilidade de serem alcançadas metas de mitigação na próxima década, e destacou a necessidade de um planejamento de longo prazo.
“Em Copenhaga, os líderes falaram de uma redução das emissões de 80% até 2050”, afirmou De Boer. “Cerca de 25 mil pessoas morrem diariamente de fome ou de causas relacionadas. A mudança climática apenas exacerba isto. Continua a ser importante estabelecer a arquitectura internacional para enfrentar isto”, afirmou.
As discussões em Bona, que irão até o dia 12, têm o objectivo de negociar um texto para a 16ª Conferência das Partes da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16), que acontecerá em dezembro na estância balnear mexicana de Cancún. De Boer, que lidera a Convenção desde 2006, não estará presente. No final deste mês, passará o cargo à costarriquenha Christiana Figueres, que já teve um papel importante na criação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. A escolha de Figueres é considerada como um reconhecimento da importância dos países do Sul em desenvolvimento após o debate de Copenhaga.
 

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.