sexta-feira, 11 de junho de 2010

Não são os mercados, mas os bancos que dominam a UE

O complexo financeiro é hoje, na União Europeia, o que o complexo militar industrial foi nos EUA
Numa entrevista recente a La Vanguardia(09.05.10), o ex-Presidente Felipe González, que tem estado a dirigir um grupo de reflexão nomeado pelo Conselho Europeu para reflectir sobre o futuro da Europa, fez uma observação de carácter pessoal que mal teve impacto nos média e que descreve muito claramente o maior problema que tem a Europa. É uma pena que esta observação não aparecesse no relatório desse grupo de reflexão. Dizia o ex-Presidente Felipe González que o que se passava na Europa lhe recordava o que disse no seu tempo o Presidente Eisenhower quando, no discurso de despedida no seu último dia de mandato, alertou a sociedade dos Estados-Unidos para as consequências negativas que tinha para os EUA o enorme poder do complexo industrial militar (The Military Industrial Complex). Numa declaração surpreendente, por ser feita por quem tinha sido um General do Exército, o Presidente Eisenhower alertou para a excessiva influência que tinha a indústria armamentista nos EUA no configurar da política interna e externa daquele país. Pois bem, adicionava o ex-Presidente Felipe González, há que alertar as sociedades europeias para o excessivo poder que tem no nosso continente o complexo financeiro. Hoje, tal complexo está a determinar as políticas domésticas dos países da UE.
Publiquei, extensamente (ver artigos publicados em vários forums e afixados no meu bloguehttp://www.vnavarro.org, secções Neoliberalismo e Economia Política) referindo-me ao perigo que supõe para Europa o enorme poder e influência que a banca europeia (e, muito em especial, a alemã) tem sobre o Conselho Europeu, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu e que determinou enormes gastos públicos por parte dos países da UE e do FMI (mais de um milhar de milhões de Euros) em ajudas a banqueiros e accionistas, sem que isso se tenha repercutido numa maior disponibilidade de crédito à sociedade. Tais instituições estão, ao mesmo tempo, a exigir uma enorme austeridade de gastos públicos, incluindo gastos públicos sociais o que está a significar um enorme sacrifício para as classes populares dos países da UE e, muito em particular, dos países chamados periféricos - Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda - a fim de que aqueles estados possam pagar à banca dos países do centro da UE a dívida pública com juros exuberantes e confiscatórios.
Como se exprime este poder da banca
A excessiva influência que a banca alemã teve na construção da União Europeia - tanto no estabelecimento do Banco Central Europeu (BCE), como na definição do Pacto de Estabilidade (cujo objectivo principal foi manter estável o preço do dinheiro em vez de estimular o crescimento económico) - explica a orientação neoliberal das instituições da UE. Um indicador dessa orientação neoliberal é que uma União assim não tem um banco central e isso apesar de a instituição financeira da UE se chamar Banco Central Europeu. À primeira vista esta afirmação parece uma provocação. Mas a análise das suas funções e comportamentos mostra que não é um banco central, como o é, por exemplo, o Federal Reserve Board, FRB (o Banco Central dos EUA) ou o Banco de Inglaterra. Um banco central tem como missão realizar as intervenções financeiras que permitam aos seus estados realizar as políticas económicas conducentes ao desenvolvimento e ao bem-estar da população. Para conseguir tal objectivo, os bancos centrais são altamente intervencionistas, impedindo ou dificultando, por exemplo, as actividades especulativas de agentes financeiros nacionais ou internacionais que impossibilitem o desenvolvimento das políticas económicas e fiscais estatais.
Assim, quando os especuladores financeiros internacionais quiseram especular com a dívida pública dos EUA e da Grã-Bretanha, os seus bancos centrais intervieram activamente imprimindo grandes quantidades de dinheiro com os quais compraram grande quantidade da dívida pública dos seus próprios estados, vendendo-a a um preço menor do que tinham comprado, forçando a baixa de preço e juros, com o que os especuladores saíam escaldados pois perdiam muito dinheiro. Isto é o que faz um Banco Central.
Nem é preciso dizer que imprimir muito dinheiro pode aumentar a inflação (o inimigo número um da Banca) mas em momentos de recessão, como agora, o perigo não é este, mas o contrário – a deflação. Quando a economia recuperar é que pode aumentar a inflação, mas este aumento (sempre que possa manter-se em dimensões moderadas) é inclusivamente positivo pois ajuda o estado a poder pagar a dívida mais rapidamente. Se o estado deve uma quantidade fixa de dinheiro, esta quantidade, ao fim de algum tempo, diminui em valor monetário quando a inflação aumenta. Isto é o que fizeram os bancos centrais agora e sempre (veja-se o recente comportamento do Federal Reserve Board nos EUA). Não foi o caso do BCE que tem total independência. Isto é, pode fazer o que quiser. E fá-lo segundo o desejo e os interesses da banca da Alemanha e doutros países do centro da UE. O primeiro objectivo do BCE é ajudar os bancos, não ajudar os estados. O BCE, que é o único banco na UE que tem poder para definir a quantidade de moeda que se imprime, tem estado a enviar este dinheiro como empréstimo à banca privada, com um juro de 1% só. Com este dinheiro, a banca privada comprou dívida pública que oferecia juros de 3%, 4%, 6% ou inclusive 9%, com o que conseguiram a negociata do ano. Entretanto o crédito brilhava, e continua a brilhar pela ausência. E mais, o BCE está proibido de comprar dívida pública. Ultimamente, esquivou-se a esta proibição, quando os estados estavam já em pé de guerra contra o BCE, rebelião liderada pelo Sr. Sarkozy (a cultura política republicana francesa dá mais protagonismo aos estados do que a cultura neoliberal alemã). Mas mesmo assim tal compra de bónus de dívida pública está-se a fazer com timidez e em doses muito limitadas, nada comparáveis ao que fez o Federal Reserve Board, nos EUA.
Porquê esta timidez? A resposta pode parecer paranóica mas não é. A banca tem um objectivo, nunca explicitado, mas que aparece constantemente nas entrelinhas nos seus escritos. Na realidade existe forte evidência de que a Banca e os seus agentes, que incluem desde o BCE ao Fundo Monetário Internacional (o que se chama na terminologia anglo-saxónica o establishmentfinanceiro) querem utilizar esta Grande Recessão para conseguir o que desejam desde o princípio da UE: debilitar o estado de bem-estar, diluir e reduzir a dimensão social da Europa e reduzir os direitos sociais e laborais. Se lerem os documentos internos do BCE, do FMI e do Banco de Espanha (e eu tenho estado a fazê-lo todos estes anos) verão que desde há já muitos anos que estão a realçar a necessidade de se fazerem tais mudanças. E agora querem aproveitar esta crise para, em colaboração com os grandes grupos empresariais, conseguir que se façam, ajudados pelos média que estão a tentar persuadir a população de que tais mudanças são necessárias para sair da Grande Recessão (argumentos que já se utilizaram inclusive antes de que existisse a Grande Recessão). E como resultado da sua grande influência nos média, vemos como os cinco jornais mais importantes em Espanha têm escrito editoriais apoiando as medidas de austeridade promovidas pelo FMI. Estes média por certo nunca analisaram objectivamente as consequências de levar a cabo tais medidas. Analisemo-las e vejamos primeiro o que é o FMI.
As receitas desastrosas do FMI
Desde que o Presidente Reagan iniciou nas Américas a época neoliberal, o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi o maior promotor das políticas neoliberais no mundo, tendo desenvolvido as suas políticas com maior intensidade na América Latina. O FMI foi sempre proposto pelo Secretário do Tesouro do Governo Federal dos EUA (equivalente ao Ministério da Economia e Finanças em Espanha). Nunca aconteceu a maioria dos 184 estados membros do FMI votar contra as posturas adoptadas pelo representante dos Estados-Unidos no Conselho de Direcção. Daí que o FMI tenha sido o maior propagandista do “Consenso de Washington” cuja versão europeia foi o “Consenso de Bruxelas”. Segundo esse consenso, os países receptores da “ajuda” oferecida pelo FMI tinham que reduzir, e inclusive eliminar, qualquer restrição à mobilidade internacional de capitais e comércio, privatizar os seus serviços públicos e as suas transferências públicas (como a Segurança Social), eliminar os défices do estado e oferecer plena independência e autonomia aos bancos centrais, dando prioridade ao controle da inflação, à custa do estímulo ao crescimento económico. A estas políticas somaram-se medidas desincentivadoras das políticas estatais intervencionistas nas áreas industriais da economia, enfatizando a desregulação dos capitais financeiros e dos mercados laborais. Estas políticas expandiram-se por toda a América Latina com resultados que o director do prestigiado Center for Economic and Policy Research de Washington D.C., Mark Weisbrott, definiu como “desastrosas” para aqueles países.
O rendimento per capita na América Latina, que crescera 82% durante o período 1960-1980, baixou para uns meros 9% durante o período 1980-2000, baixando inclusive mais, para 4%, no período 2000-2005. Para dar-nos conta do significado destes números, temos que nos dar conta de que se vários países da América Latina, como a Argentina, o México e o Chile (todos eles expostos às políticas liberais impostas pelo FMI) tivessem continuado a crescer como o fizeram na época 1960-1980, teriam atingido já o nível de desenvolvimento da Espanha. Hoje estão muito atrasados, com um nível de riqueza muito inferior ao espanhol.
O fracasso dessas políticas é que levou a uma mudança de quase 180º a partir de 2003 e 2004, com a eleição de partidos de centro esquerda e de esquerda na grande maioria dos países da América Latina e o que se deu como rejeição às políticas impostas pelo FMI. O primeiro país que se rebelou contra o FMI, foi a Argentina, que se estava a afundar economicamente por seguir as políticas neoliberais propostas pelo FMI. Em Maio de 2003, o novo governo eleito, presidido por Néstor Kirchner, expulsou na prática o FMI da Argentina, rompendo com o neoliberalismo imposto por essa instituição. Kirchner declarou o país em bancarrota, forçando a renegociar a dívida com os bancos e com o FMI que tiveram de absorver grandes perdas nos seus fundos. Rompeu também com a paridade peso argentino-dólar (medida imposta pelo FMI) e seguiu políticas expansivas de gastos públicos que estimularam a economia, crescendo 9% durante os próximos três anos, o que lhe permitiu ir pagando a sua dívida pública. A este facto fez referência a presidente Kirchner, esposa do presidente Kirchner quando, numa conferência recente em Barcelona com o mundo empresarial, indicou que a maneira de sair da recessão não era baixar o défice e a dívida pública, mas crescer economicamente, inclusive à custa de aumentar o défice e a dívida pública. Casos parecidos ocorreram na Bolívia, com Evo Morales, que também acabou com o FMI e adoptou políticas radicalmente diferentes das neoliberais propostas pelo FMI. Em Maio de 2006 o Presidente Morales nacionalizou o gás e o petróleo, exigindo ao mesmo tempo ao FMI e aos bancos que renegociassem a dívida, absorvendo grandes perdas. Desde então a Bolívia foi um dos países com maior taxa de crescimento económico na América Latina. Antes, durante a época neoliberal, a economia permaneceu estancada, de maneira que em 2006 (depois de ter estado sob o domínio do FMI durante vinte anos) o seu rendimento per capita era menor do que o existente 27 anos antes.
A Lituânia, na Europa, é outro exemplo. O FMI e a UE impuseram políticas liberais de grande austeridade que causaram uma redução de 25% do seu PIB, com uma taxa de desemprego de 22% da população activa. Segundo as próprias projecções do FMI, a Lituânia não atingirá o nível de PIB que teve no ano de 2006, até ao ano de 2015. E agora, a Grécia. As políticas impostas pelo FMI fizeram que o PIB diminuísse 18% em 2009 e terá que esperar oito ou nove anos para recuperar o PIB que tinha em 2008. E algo semelhante ocorrerá em Espanha, como resultado do mandato da UE e do FMI.
Estas e outras experiências explicam não só o descrédito do FMI mas também a aparição de alternativas, como o Banco do Sul, na América Latina em substituição do FMI. A evidência mostra como o FMI foi utilizado pelo capital financeiro (a banca) para forçar uma austeridade de gastos públicos sociais, com o fim de conseguir que se pague à banca. Na UE a mal denominada ajuda da UE-FMI à Grécia foi na realidade uma ajuda à banca alemã e doutros países do centro da UE, emprestando dinheiro ao estado grego para que lhe pague a dívida externa. Termino, pois, esta apresentação acentuando que não são os mercados financeiros mas sim a banca que está a dominar o mundo, em consequência da excessiva influência do complexo bancário, o qual está a dominar a vida política e mediática dos países, conduzindo estes países a uma situação de enormes sacrifícios para as classes populares que se exigem para respeitar os benefícios desse complexo. O complexo financeiro é hoje, na União Europeia, o que o complexo militar industrial foi nos EUA.
Artigo publicado na revista digital SISTEMA, 4 de Junho de 2010, disponível em vnavarro.org
Tradução de Paula Sequeiros

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.