sábado, 9 de fevereiro de 2013

“Está na hora de pedir responsabilidades” pelos descarrilamentos


A Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações exige a substituição urgente do material circulante na linha ferroviária de Cascais. Os utentes já tinham alertado para o mau estado da linha e dos comboios. Num dos dois descarrilamentos da manhã de sexta, a agulha mudou a meio da passagem da composição.
Dois descarrilamentos com dez minutos de intervalo na linha de Cascais. A baixa velocidade evitou ferimentos nos passageiros.
Os dois descarrilamentos na linha de Cascais ocorreram em Caxias e Algés com apenas dez minutos de intervalo. Ambas as composições deslocavam-se a baixa velocidade, devido aos problemas mecânicos identificados no comboio que seria o segundo a descarrilar. "Desde Oeiras os passageiros foram informados que havia problemas com o material", contou uma utente à agência Lusa. Uma fonte da Refer acrescentou que o descarrilamento das duas carruagens “pode ter sido pela mesma razão, por alguma coincidência”, mas “tecnicamente não pode ser consequência um do outro”.  
O jornal "Público" fala de uma "ocorrência estranhíssima e tecnicamente impossível no sistema ferroviário  – o comboio está a passar por uma agulha que, de repente, muda de posição e uma parte da composição muda para a linha do lado". A hipótese de explicação para o sucedido, que o sistema de segurança impede que seja feito por mão humana, seria a danificação da agulha pelo comboio avariado que ali passara minutos antes.

Sindicatos e utentes querem mudanças urgentes
“Sem querer adiantar as causas dos descarrilamentos hoje na linha de Cascais, para nós há uma que está patente que é o desinvestimento naquela linha e que as organizações de trabalhadores há muito vêm chamando a atenção para situações como estas ou piores”, disse à Lusa José Manuel Oliveira, da Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
“O material é muito antigo e, apesar de terem a cara lavada, as carruagens já esgotaram a sua vida útil de funcionamento, aliás, isso é reconhecido pelos anteriores presidentes da CP”, disse o mesmo responsável, salientando que a linha de Cascais “é uma das mais dramáticas” do país “Está na hora de pedir responsabilidades”, acrescentou o dirigente sindical, que espera que este acidente não fique por esclarecer como o do mês passado em Alfarelos, que causou 14 feridos.
Já o porta-voz da Comissão de Utentes da Linha de Cascais, José Figueiredo, afirmou à Lusa que "há muito que nós tínhamos previsto esta situação e sabíamos que, mais cedo ou mais tarde, este tipo de acidentes iria acontecer. Não nos surpreendeu e felizmente que não houve feridos". Os utentes defendem uma "intervenção profunda e urgente" nas composições e na linha, acusando o Governo e a CP de desenvolverem uma política "leviana" que "põe em causa a segurança dos utentes e trabalhadores daquela linha".
Para Manuel Tão, especialista em transporte ferroviário da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, o problema está na idade do material circulante: os comboios mais recentes têm 30 anos, a "idade limite para comboios suburbanos". "Há uma coisa que se tem de referir: existam ou não incidentes é difícil conceber a contiguidade de uma exploração de uma linha suburbana - que transporta cerca de 40 milhões de pessoas por ano - com material com este nível de obsolescência", considerou o especialista ouvido pela Lusa.

1 comentário:

  1. Ninguém pode adiantar as causas mas também ninguem pode ignorar que a manutenção não é feita. Aliás não é por acaso que os acidentes ferroviários se vão sucedendo. Ontem foram dois na linha de Cascais e até António Capucho veio dizer que a manutenção não é feita para além de muito material circulante ser do principio do século passado. E o acidente de Alfarelos aconteceu porquê? A linha, segundo naquele local está uma lástima e os comboios têm dificuldade em travar quanto mais parar. E o acidente de Mangualde? E os outros que não vêm nos jornais? A CP e a REFER não têm dinheiro e por isso não fazem investimentos nem a manutenção aconselhada para além de que a Linha do Norte deveria ser rectificada em alguns troços que estão completamente ultrapassados e não permitem mais circulaçãoes em segurança.Porque é que a Linha do Oeste está como está? Falta de investimento, de modernização e de manutenção! Porque é que a Linha da Beira Baixa está cortada, há anos entre a Covilhã e a Guarda? Porque é que fecharam a Linha do Leste? Isto acontece pura e simplesmente para acabarem de vez com os comboios para que as auto-estrada dos amigos de peito tenham mais freguesia e mais lucros para os mesmos. Quem for pobre que se lixe - é assim que eles pensam e assim fazem tudo coerentemente.

    ResponderEliminar

Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.