segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Mapa biogeográfico mundial é atualizado após 136 anos


Criado pelo naturalista Alfred Russel Wallace há mais de 100 anos, o estudo que dividia o planeta em seis regiões de biodiversidade ganhou mais cinco áreas graças aos avanços em investigações genéticas; cerca de 20 mil espécies estão catalogadas. Por Jéssica Lipinski do Instituto CarbonoBrasil
Você com certeza já ouviu falar em Charles Darwin, naturalista inglês responsável por desenvolver a teoria até hoje mais defendida no que se refere à evolução das espécies. Mas é provável que desconheça o nome de Alfred Russel Wallace, cujo principal trabalho – um mapa que divide o planeta em seis regiões biogeográficas – teve importantes contribuições para essa teoria.
O mapa de Wallace, criado em 1876, foi uma tentativa de dividir e definir o mundo de acordo com as suas espécies, e é usado até hoje em diversos tipos de investigação. Só no final do último ano, no entanto, o trabalho ganhou uma versão atualizada desenvolvida por cientistas da Universidade de Copenhaga e da Universidade McGill (Canadá), que redividiram as seis regiões biogeográficas de Wallace em 11 e agregaram mais dados sobre as espécies.
Agora, o mapa contém informações de cerca de 20 mil espécies, onde elas vivem, como mudaram através do tempo e espaço e como se relacionam umas com as outras. O trabalho usa diferentes gradientes de cor para transmitir essas relações. Áreas de cores similares têm espécies que se assemelham mais entre si do que as das áreas de cores mais diferentes.
As 11 novas regiões, por sua vez, foram subdivididas em 20 áreas menores, também de acordo com as características das espécies que as habitam. Todo este detalhe permite mostrar, por exemplo, como o Hemisfério Sul tende a ter uma abundância maior de comunidades animais únicas.
Neste aspeto, a América do Sul, a Austrália e a ilha de Madagáscar destacam-se, enquanto a variedade de vida acima da linha do Equador é menor. Acredita-se que isso ocorre por causa do relativo isolamento das áreas ao sul do equador, assim como devido aos seus habitats únicos e à abundância de chuvas e temperaturas quentes, que são fatores que estimulam uma diversidade de vida mais ampla.
“O nosso estudo é uma atualização de um dos mapas mais fundamentais das ciências naturais. Pela primeira vez desde a tentativa de Wallace somos finalmente capazes de fornecer uma descrição ampla do mundo natural baseados em informações incrivelmente detalhadas para milhares de espécies vertebradas”, declarou Ben Holt, principal autor da pesquisa, num comunicado à imprensa.
As espécies catalogadas no trabalho são sobretudo de mamíferos, aves e anfíbios. O mapa ainda não inclui dados sobre répteis, plantas ou insetos porque essa informação é menos completa, mas poderá ser incorporada facilmente assim que se tornar disponível, afirmaram os cientistas.
ADN
A acumulação de novos dados só foi possível, entretanto, por causa dos avanços da tecnologia científica, principalmente em relação a estudos genéticos baseados em investigações com o ADN das espécies, algo que não era possível na época de Wallace.
“O mapa é o resultado de 20 anos de compilação de dados sobre a distribuição geográfica de espécies e informações baseadas em ADN que permitem reconstruir relações ancestrais entre as espécies”, comentou Jean-Philippe Lessard, coautor do estudo, em entrevista ao Portal Instituto CarbonoBrasil.
“A extração de DNA tornou-se mais acessível na última década, o que permitiu o ganho de novos conhecimentos na evolução de relações entre espécies. É esse conhecimento baseado no ADN que permite criar uma nova geração do mapa das regiões biogeográficas dos vertebrados do mundo”, explicou Lessard.
Conservação
Além de ser extremamente importante para o desenvolvimento de investigações no ramo das ciências naturais, permitindo conhecer cada vez mais sobre as espécies, seus habitats e suas relações, o mapa também tem um papel chave no que diz respeito a tentativas de conservação.
“Já que esses mapas são usados não apenas nas ciências naturais, mas também para estabelecer prioridades para a conservação, é importante que tenhamos um mapa atualizado como ferramenta de trabalho”, observou Lessard.
“Além disso, o nosso mapa baseado em ADN fornece novas informações sobre relações entre regiões, o que permite quantificar o grau de singularidade evolutiva de cada uma. Isso talvez mude a forma que vemos as prioridades de conservação, o que é mais relevante devido à atual crise de biodiversidade”, acrescentou o coautor canadiano.
Mas apesar de todos os novos dados, os investigadores ressaltaram que ainda é necessário muito estudo para entender completamente a evolução das espécies em todos os seus aspetos.
“O mapa original de Wallace claramente teve uma influência grande e inquantificável no estudo de biodiversidade global. O novo mapa mostra o incrível progresso que fizemos desde o tempo de Wallace e também serve como um lembrete de que ainda sabemos muito pouco sobre como esses padrões [de distribuição da vida] foram formados”, concluiu Holt.
Por Jéssica Lipinski do Instituto CarbonoBrasil

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.