segunda-feira, 11 de abril de 2011

Precariado, classes e envolvimento político

Um grande desafio é trazer o precariado para o campo da luta política, para o campo onde as solidariedades se podem forjar, onde se testam as forças e as resistências e onde se forja a consciência política.
Protesto Geração à Rasca, 12 de Março de 2011 - Foto de Paulete Matos
Protesto Geração à Rasca, 12 de Março de 2011 - Foto de Paulete Matos
Fenómeno cada vez mais visível
As recentes manifestações não só em Portugal, como também agora em Itália e Espanha fazem pensar no que é este precariado que assim sai às ruas. Segundo uma visão clássica marxista não é uma classe social. É então o quê? O que se pode esperar do seu potencial de mobilização?
Procurei textos de investigação social sobre a questão. Não foi fácil, há poucos. Mas o que encontrei pareceu-me extraordinariamente interessante. Daí querer vir aqui à conversa convosco, ainda que aflorando só as questões mais teóricas – as referências dos textos estão aí para quem as queira aprofundar. E é de notar que neste problema entronca um outro: entre esta gente nova, sem emprego ou com raras oportunidades de trabalho regista-se um alto nível de abstenção – sem pretensão de invocar estatísticas sobre o assunto, isto é o que ouvimos constantemente entre muitos e muitas destes precários. É esta gente que ergue a voz, frequentemente, em protesto contra «os políticos» e a política como temas que lhes repugnam ou, no mínimo, os deixam na indiferença.
Comecemos pela raiz.
Triste economia
As raízes económicas da precariedade apontam para as novas formas de organização do trabalho e de trocas comerciais a nível global, com uma diversificação das relações contratuais, com introdução de novas desigualdades tanto a nível social como espacial. Em alguns países, as migrações económicas e uma mais recente feminização do mercado do trabalho acrescentam-se a este quadro. O outsourcing aparece também fonte desta precarização e da perda da qualidade das condições de trabalho. Com mais mulheres a trabalharem por salário, fora de casa portanto, e com essa proliferação de empresas de prestação de serviços a outras empresas, surgiram mais actividades onde o trabalho se desqualificou, os serviços prestados se massificaram e degradaram: são os casos dos estabelecimentos de alimentação rápida e barata, são os serviços de limpeza externos, são os centros de atendimento telefónico. Conhecemos bem o quadro. A isto acresceu que estas e estes trabalhadores não estavam protegidos por sindicatos nem por negociações coletivas1.
Nesta categoria do precariado se encaixa quem ocasionalmente tem trabalho remunerado, a curto prazo, quem trabalha para agências intermediárias na relação laboral, sendo que muito dessa actividade se situa na zona cinzenta do trabalho não declarado. E há quem mergulhe mais fundo nestas questões e aponte para que a precarização não ocorre só no âmbito da produção mas também no da reprodução – das nossas condições de vida. É que as privatizações atingiram serviços fundamentais – encarecendo-os, retirando-lhes qualquer forma de controle democrático e muito frequentemente degradando-os – como os transportes ou o abastecimento de água2.
E o que liga esta gente, será que se pensa como grupo?
Precariado é classe?
Dum ponto de vista marxista uma classe social define-se pela relação que um determinado grupo tem os meios de produção: proletária é a gente que, não tendo capital, meios de produção, vende a força de trabalho aos que detêm essa propriedade. Mas uma análise mais fina vai mais longe: exploração é um conceito fundamental na teoria marxista, porque não é só importante o que as pessoas têm mas o que fazem com o que têm – só há miséria porque há uma violenta apropriação de riqueza e acumulação de fortunas. O que remete para aspectos normativos – mais claramente políticos, portanto – da iniquidade do sistema capitalista e, acima de tudo, do caráter histórico deste modo de produção – histórico, portanto mutável e contrário de inevitável, e ainda mobilizável para um projecto emancipatório3.
Dentro destes parâmetros o precariado tem muitos pontos de contacto com outras e outros trabalhadores mas não chega a configurar-se como uma classe coerente e consistente pela flutuação inerente à sua posição e pelas incaracterísticas condições que definem os contornos dum grupo social diversificado. Diversidade que também se detecta nas relações de trabalho e nas próprias qualificações e capital escolar detido por gente que vai desde pessoal de limpeza ao cibercariado (pessoal técnico altamente qualificado que precariamente trabalha nas áreas das novas tecnologias). Se não detém meios de produção, se é ocasionalmente é explorado ou se reúne condições para o ser, a sua exclusão do mercado de trabalho resulta em exclusão de grande parte das relações sociais, em dificuldade em construir uma identidade de grupo, em criar redes de iguais: a atomização social domina. Mais que exército de reserva – usado como pressão sobre quem tem emprego – é um exército de excedentários – alguns talvez nunca venham a trabalhar, a manter-se este estado de coisas. A geração à rasca é a geração sem-sem – como lhes chamam os franceses – sem trabalho, sem casa e/ou família própria, sem... Por outro lado, tem eventualmente famílias de origem com condições de classe definidas. Aqui é bom relembrar que, do ponto de vista marxista, o que define uma classe não é o estilo de vida: o precariado é o que é independentemente de usar ou não sapatilhas ou calças de marca. Quem trabalha não se veste hoje como os operários do tempo da minha infância, não deixa é por isso de estar igualmente sujeito à exploração.
Há no entanto quem considere que se está perante uma nova fracção social, em constituição, que se poderá prefigurar como classe num futuro próximo4. O que só é reforçado pelo facto de que, o torna o precariado singular – relação precária de trabalho a que se soma a atomização, a desafiliação e o aumento das desigualdades – tende hoje a alastrar-se a todas as situações de trabalho, embora possa não haver uma consciência muito nítida desta aproximação.
Verdadeiramente críticas são as condições para este grupo social forjar uma consciência própria, uma consciência de “classe”, ainda que ao termo se empreste uma conotação menos rígida, ou mais prospectiva, se se quiser. Elementos constitutivos dessa consciência são, por exemplo: a percepção de alternativas – as tais que apontem para uma emancipação contida num possível projecto emancipatório; um projecto com conteúdo de classe e percepção das suas consequências para a acção de classe; uma teorização dessas consequências – compreensão das consequências duma linha de acção porque se possa optar – uma vez que a teoria molda opções em torno das práticas de classe; ou ainda um seleccionar de preferências – como se avalia o desejo dessas consequências – tudo aquilo que dá forma a um projecto, o outro termo contido em projecto emancipatório e que pode impelir à acção2.
E o que tem isto a ver com estratégia política?
Criar uma nova arena política
Retendo o facto de que a individualização da vida é uma constante do precariado, que mesmo quando há emprego se criam condições poucas para o estabelecimento de laços de solidariedade, que não se insere em organizações tradicionais de representação do trabalho – nem estas se têm mostrado capazes de dar resposta às suas reivindicações específicas – há ainda então a considerar o facto de que configura uma grande tendência para a o apoliticismo e a abstenção. O que é uma outra forma de desafiliação, aliás.
Como repete uma amiga e companheira destas lutas, “desde 1975 que a abstenção não pára de crescer. Se servisse de alguma coisa, viveríamos num país maravilhoso”. Poderá ser atitude de protesto, poderá, ter consequências é que não tem.
Um grande desafio – para mim um dos maiores da actualidade – é precisamente trazer o precariado para o campo da luta política, para o campo onde as solidariedades se podem forjar, onde se testam as forças e as resistências e onde se forja a tal consciência política. Campo de luta política que terá de ser também o das reivindicações que lhe são caras e que não se ficam pelo trabalho, mas que passam pela dificuldade ou impossibilidade de fazer projectos de vida tão básicos como ter filhos, ter meios para continuar a estudar, ter direito a uma casa sua, etc. etc.
No fundo, é tão só e apenas reivindicar uma cidadania plena, é passar a ser com para quem ésem, é afiliar quem se sente isolado, é fazer rede com quem se sente de fora de tudo. É o desenhar duma nova arena política mais ampla e integrativa.
Convirá recordar aqui, mais uma vez, que o estado social – por frágil que seja – as garantias laborais, são uma herança histórica que resultou tão só e apenas de longas e persistentes lutas das gerações de gente do trabalho que nos precedeu. Em eras anteriores nem sequer se poderia falar de segurança de emprego, as relações precárias, ainda que com outros contornos, eram a regra.
Mas é também cativar esta outra massa de gente para o campo da luta eleitoral, para o acompanhamento da actividade governamental, das grandes questões internacionais, gente que não pode prescindir dessa dimensão da cidadania. Uma das ideias avançadas para o conseguir é precisamente integrar nas representações parlamentares líderes dos movimentos que vão surgindo em torno da precariedade. O Bloco já o vem fazendo, teremos em breve a possibilidade de reforçar esse traço de representatividade2. O que só faz sentido para uma força política que tem feito da luta contra a precariedade uma prioridade e que tem dado ao tema uma grande visibilidade política. Outras forças de esquerda, infelizmente, não o têm feito e preferem reter no seu vocabulário a expressão “jovens trabalhadores” em vez de precários e precárias – que não são naturalmente sinónimos – mostrando grande incompreensão – quando não despeito – por esta nova condição social.
Ganhar este sector poderá fazer toda a diferença para a luta eleitoral que se aproxima e para todas as outras lutas que se seguirão. Depois deste primeiro abalo e da conquista da rua, abriram-se novas portas para os combates em torno da precariedade. O futuro terá de trilhar por aí.

1 Ver o interessantíssimo trabalho de duas investigadoras onde a crescente feminização do trabalho é posta em destaque como explicação de primeira ordem para compreender a precariedade - McDowell, L., and S. Christopherson. “Transforming work: new forms of employment and their regulation.” Cambridge Journal of Regions, Economy and Society 2, no. 3 (September 2009): 335-342. http://cjres.oxfordjournals.org/content/2/3/335.full
2 Este trabalho tem a virtude de, não só analisar teoricamente o que é o precariado, como de proporcionar propostas de intervenção política: Candeias, Mario. “Double precarisation of labour and reproduction – Perspectives of expanded (re)appropriation.” In World Social Forum, Porto Alegre. Berlin: Rosa Luxembourg Stiftung, 2005.http://www.rosalux.de/fileadmin/wgdw_uploads/Double_precarisation.pdf
3 Wright, Erik Olin. “Social class.” Encyclopedia of Social Theory, 2003.http://www.ssc.wisc.edu/~wright/Social%20Class%20--%20Sage.pdf
4 Robert Castel citado no trabalho acima de Candeias

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.