sábado, 23 de abril de 2011

Standard & Poor’s: a ofensiva do capital financeiro

A Standard & Poor’s (S&P) modificou a sua avaliação de estável para negativa sobre os títulos da dívida dos EUA. A Standard & Poor’s simplesmente quer cravar o último prego no caixão da política monetária expansiva. O capital financeiro continua a ditar as directrizes da política macroeconómica.
A Standard & Poor’s simplesmente quer cravar o último prego no caixão da política monetária expansiva.
A Standard & Poor’s simplesmente quer cravar o último prego no caixão da política monetária expansiva.
Aconteceu o que se pensou que nunca aconteceria: a agência classificadora de risco Standard & Poor’s (S&P) modificou a sua avaliação de estável para negativa sobre os títulos da dívida dos Estados Unidos. A agência manteve a classificação “triplo A” para os títulos relacionados com essa dívida, mas tecnicamente sua nova postura anuncia que há 30% de probabilidade de que, nos próximos anos, os Estados Unidos percam a sua qualificação “triplo A”. A explicação da S&P faz referência à dívida galopante nos EUA e à ideia de que Washington parece não estar a tomar as providências necessárias para enfrentar esse problema.
A Standard & Poor’s é uma das agências de “rating” mais importantes de Wall Street. O seu trabalho é avaliar as vantagens e riscos de títulos de dívidas de países, crédito de empresas e veículos de investimento estruturado. O seu papel na crise financeira global foi nefasto: manteve qualificações altíssimas para títulos podres e contribuiu para que milhares de investidores no mundo inteiro perdessem somas astronómicas. A sua cumplicidade com empresas como a Goldman Sachs, que hoje volta a estar no banco dos réus por fraude, foi assinalada como uma das principais causas para disseminar activos tóxicos por todo o mundo.
A S&P sabe muito bem que os Estados Unidos são os emissores da principal moeda de reserva no mundo e que o risco de que não pague a dívida é rigorosamente zero (mesmo que tenha que imprimir dólares, pagará sempre a sua dívida, ainda que seja em termos nominais). Com a sua nova decisão, S&P procura influir sobre as políticas fiscal e monetária dos Estados Unidos. Em particular, a S&P apoia as posições extremistas no Congresso que insistem em manter uma “postura responsável” frente ao problema do défice fiscal. Além disso, a empresa pretende modificar a postura da Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) que consiste em comprar todos os títulos do Tesouro que apareçam na sua frente (a chamada postura de flexibilidade quantitativa).
A referência de S&P ao défice fiscal é absurda. Hoje a discussão sobre o défice fiscal nos Estados Unidos está dominada por uma perspectiva conservadora que está a sacrificar centenas de programas sociais. Por outro lado, mantiveram-se as reduções de impostos para os mais ricos e a despesa militar sofreu uma modesta redução.
A saúde é o sector que mais contribui para o défice fiscal pela enorme ineficiência do sistema de saúde nos EUA. No entanto, as perspectivas de alcançar reduções neste terreno mantêm-se remotas. O governo desse país paga cerca de metade do gasto total em saúde por meio dos seus programas Medicare e Medicaid, mas os serviços são prestados quase na sua totalidade pelo sector privado. Isso quer dizer que o que mais contribui para o défice público é o dos altíssimos custos dos serviços de saúde prestados pelo sector privado! E essa situação vai ser mantida enquanto a indústria farmacêutica e as seguradoras mantiverem sequestrada a política de saúde nos EUA.
A nova postura da S&P também está orientada para mudar os termos da política monetária. Aqui vale a pena recordar um acontecimento de grande importância. Em Fevereiro passado, a PIMCO, o maior fundo de investimentos do mundo, anunciou que reduziria drasticamente as suas exposições aos títulos do governo norte-americano. A razão apresentada pela empresa foi que os rendimentos desses títulos não estavam à altura dos riscos reais enfrentados pelos investidores. A PIMCO anunciou que a política monetária da Federal Reserve era um roubo para os detentores de títulos de longo prazo porque a rentabilidade desses títulos era artificialmente baixa e as alternativas em valores de renda fixa de muitos países emergentes eram superiores. Em Março, a PIMCO começou a retirar-se dos títulos do Tesouro dos EUA e a incrementar as suas posições em títulos da Alemanha, do Canadá e até do Brasil.
A PIMCO tem um grande poder para influenciar as taxas de juros nos Estados Unidos e o rendimento dos títulos do Tesouro. A sua carteira de investimentos beira os 250 mil milhões de dólares e a sua capacidade de influência sobre outros fundos de investimento é considerável. De modo que ninguém deve subestimar os efeitos das suas decisões. No fundo, o interesse é influir sobre os rendimentos e as taxas de juros nos EUA.
Obviamente, a Standard & Poor’s e a PIMCO não estão nem um pouco preocupadas com o que isso pode significar para a economia real nesse país. Hoje a recuperação da economia norte-americana está longe de se ter consolidado. O crescimento é frágil e o desemprego continua a alcançar níveis inaceitáveis (ao redor de 25 milhões de pessoas estão desempregadas ou abandonaram a procura de emprego). Os efeitos da política macroeconómica serão sentidos nos próximos meses. A Standard & Poor’s simplesmente quer cravar o último prego no caixão da política monetária expansiva. O capital financeiro continua a ditar as directrizes da política macroeconómica.
Publicado no jornal mexicano La Jornada, traduzido por Katarina Peixotopara Carta Maior

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.