domingo, 10 de abril de 2011

A PECmania ou o PS em maior dó

A tragicomédia do congresso do PS mostra-se pela inflamada defesa da Caixa pública enquanto Teixeira dos Santos anda a tentar vender os seguros da CGD a privados...
1 - A acrobacia do PS, e logo nesta altura, de tentar compor uma agenda de esquerda contra a agenda liberal do PSD é gesto digno do patético, do partido de todas as as capitulações no estado social,sempre com mais algumas privatizações de bónus. Um partido que corta os apoios sociais no meio da maior crise de desemprego, e boom de pobreza, não tem sequer a legitimidade, peso os termos, de reclamar o que quer que seja de esquerda. A esquerda é sempre, no mínimo dos mínimos, a protecção dos mais desfavorecidos, jamais o seu abandono cínico. O PS escolheu o sistema financeiro e as empresas rentistas, onde injecta os recursos que espolia aos outros, onde faz o paraíso fiscal, é a escolha dos liberais, assuma-a. O PS, aos olhos do povo, é uma imensa corte de Varas e essa é a face menos oculta do país, basta entrar em qualquer café para saber da cáfila dos self made men de Rato city.
2 - O cúmulo da hipocrisia, já chegámos a tudo, imagine-se é recuperar o chumbado PEC4 (e os antecedentes) como um pec de "esquerda" contra o programa do FMI, esse de direita. Não se pode deixar de recordar que esse peczito congela pensões, aumenta impostos, promove despedimentos baratinhos, indicia o roubo do 13º mês, empacota privatizações, quase que liquida o apoio aos desempregados, numa lista de horrores sociais... Esse receituário é já o do FMI, agora em agravamento acelerado. Quem se meteu nas mãos do FMI foi o PS, gorado que foi o marketing de tentar ludibriar o papa e o herege ao mesmo tempo:praticar o FMI e fugir à marca. É claro que a direita rejubila pelo facto do PS fazer o "ajustamento" contra os salários , os serviços públicos, o sector empresarial do estado. Tudo o que de negativo daí resultar é sempre cobrado ao pior primeiro-ministro das últimas décadas(consegue ultrapassar Santana em duplicidade de conduta,contradições entre discurso e actos,embora se saiba que o mundo muda muito 5 minutos antes de ele abrir a boca).
3 - O plano anti-FMI obriga a uma resposta oposta. Reforma Fiscal para trazer mais de 25% do produto para as contas públicas, corte imediato na extorsão gravosa das parcerias público-privadas cujos encargos atingem cerca de metade do valor que se fala do resgate do FMI, auditoria da dívida para a renegociar e baixar juros e prazos, bem como denunciar encargos de fraude contra a república. Ninguém ignora que são requeridas outras medidas ao nível europeu ou global, sobre taxação de transacções financeiras, eliminação de off-shores, dívida pública na escala do perímetro emissor de moeda, etc. Contudo, Portugal tem alternativa a este tipo de crise no seu quadro, como bem se sabe, mesmo se não se registarem contrapartidas europeias. Aliás, a UE de Merkel/Sarkozy/Cameron pretende apenas confortar a "sua" banca com a extorsão dos pequenos países pela via da especulação contra as dívidas avalizadas pelos estados respectivos. Uma alternativa oposta ao FMI será insuficiente sem o relançamento da economia, garantindo quotas vitais de investimento público reprodutivo e a baixa administrativa de preços de factores de produção,em especial na área da energia. O maior défice do país são 700 mil desempregados!
4 - Nas próximas eleições o mais difícil é garantir que há alternativa à esquerda contra o FMI, tal é a massiva operação de terrorismo informativo que tem sido feito para que as vítimas do FMI o encarem como algo de inevitável, assim uma espécie de uma doença grave a vencer... O programa do FMI e dos partidos que o apoiam, o que nos próximos 5 anos é uma e a mesma coisa, é uma agenda meia escondida nas medidas concretas até às eleições de 5 de Junho, mas toda a gente já percebeu que é para viver pior. A nossa responsabilidade é mostrar que há escolhas agora, agora mesmo, e não num qualquer futuro! O Bloco de Esquerda, e nisso não está sozinho, sabe como aliviar a dívida e criar emprego, eixo essencial de um governo de Esquerda. O FMI não põe a democracia no congelador,temos escolhas. A política da vontade popular pode gerar as escolhas de dignidade e justiça social.
5 - Um governo de Esquerda obviamente dispensa o PS, tem que ser construído contra as privatizações, o pacote do FMI,o conchavo do PS com o capital financeiro, os acordos répteis na união europeia, a NATO que bombardeia cada vez mais na vizinhança. A maioria que esse objectivo pressupõe tem que ser ganha à custa dos partidos pró-FMI nesta etapa de combate à iníqua e recessiva austeridade. Imensas pessoas que hoje, apesar de tudo, ainda sufragam o PS e o PSD hão-de procurar novas soluções ante o descabro nacional. O quadro das últimas eleições presidenciais, obrigando Cavaco Silva a uma 2ª volta, intento falhado, nada tem a ver com o quadro das eleições antecipadas onde Cavaco já garantiu o apoio de CDS, PSD e PS para os mesmos compromissos com Bruxelas. O distanciamento do cavaquismo, ponto-cruz do regime,está agora nos partidos mais à esquerda. E o PS não é reformável enquanto estiver refém dos negócios ao mesmo nível que a"direita dos interesses". A tragicomédia do congresso do PS mostra-se pela inflamada defesa da Caixa pública enquanto Teixeira dos Santos anda a tentar vender os seguros da CGD a privados...
6 - O manifesto dos 47, trazido pelo Expresso neste 9 de Abril, de apoio ao PEC, base do compromisso externo do país segundo os subscritores, e o grande apelo a um Governo de Bloco Central fala por si. O grosso são notáveis do PS, com umas personalidades desgarradas da direita conservadora, e empresários como Balsemão e Belmiro. O Expresso traz-nos a novidade do arrolamento de Boaventura de Sousa Santos. A PECmania tem iman. Já na semana anterior, o mesmo periódico deu-nos em discurso directo Fernando Nobre a oferecer-se para um governo de Bloco Central, embora esteja mais do lado do Passos. É do tempo, esse cocktail de PECmania com PS em maior dó. Já o teleponto desacerta...

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.