sábado, 9 de abril de 2011

Chamam o FMI e aumentam-se a si próprios

Uma maioria do Parlamento Europeu formada por conservadores e socialistas, o Bloco Central, aprovou o "relatório Fernandes" (deputado do PSD) através do qual os eurodeputados aumentam os seus salários, subsídios e despesas e continuam a viajar em classe executiva.
Os deputados do Parlamento Europeu aprovaram por esmagadora maioria os seus próprios aumentos de salários, de despesas, de subsídios, a acumulação de subsídios e também a decisão de voar em classe executiva em vez de económica. As estimativas de orçamento do Parlamento Europeu para 2012 atingem os 1725 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 2,3 por cento em relação ao anterior. Todas as propostas do eurodeputado Miguel Portas para moralização do orçamento tendo em conta a crise económica foram reprovadas por maiorias assentes em deputados do Bloco Central – Partido Popular Europeu e socialistas – os partidos responsáveis pelas medidas de austeridade impostas aos cidadãos através da Europa. José Manuel Fernandes, o eurodeputado do PSD responsável pelo relatório aprovado, explicou que se trata de um “orçamento de austeridade” e de “autocontenção” no “contexto da crise económica”.

“Isto não é sério, é indecente e muito triste”, dissera Miguel Portas na terça-feira à tarde durante o debate que antecedeu a votação, chamando a atenção dos eurodeputados para o facto de estarem em causa não números mas sim questões “de ética e política”. Os defensores do orçamento explicam a “contenção” pelo facto de a subida de 2,3 por cento ser inferior aos 2,8 por cento em que as estatísticas fixaram a inflação no espaço europeu a 27.
A voz do eurodeputado do GUE/NGL eleito pelo Bloco de Esquerda não foi ouvida. E as suas propostas no mesmo sentido também não foram aprovadas, ignoradas por vastas maiorias assentes igualmente no PPE, nos socialistas – com algumas excepções, incluindo portuguesas – e  nos liberais. Deste modo, os eurodeputados confirmaram as suas intenções de aumentarem os próprios salários, as despesas, os subsídios, os gastos em viagens através da opção pela classe executiva e também a acumulação de subsídios em dias de viagem. Miguel Portas apresentara propostas de congelamento de salários, de subsídios e de patamares de despesas, além de defender contenção nas viagens aéreas.
Numa última tentativa antes da votação realizada quarta-feira de manhã, Miguel Portas enviou uma mensagem por mail a todos os eurodeputados chamando mais uma vez a atenção para “a sensibilidade da matéria uma vez que está em causa a decisão em benefício próprio”. José Manuel Fernandes respondeu que “o Parlamento Europeu não é legalmente competente para decidir sobre a adaptação anual dos salários dos eurodeputados ou de qualquer outro funcionário das instituições europeias”. O eurodeputado do Bloco de Esquerda comentou este parecer afirmando que “a questão é de vontade política, não é processual”.
A situação mereceu um comentário do conservador Lajos Brokos, da Comissão de Orçamento, afirmando que “à luz da situação difícil que se vive em Portugal é estranho ver um português supostamente conservador lutar por mais dinheiro e um português esquerdista lutar por prudência fiscal”.
Feita a votação, o “relatório Fernandes” foi aprovado por 479 votos contra 176 e 23 abstenções. A maioria assentou nos grupos do PPE, liberais e socialistas – nesta bancada apenas se registaram 10 votos contra, nenhum deles português. As rejeições assentaram nos grupos da Esquerda Unitária GUE/NGL, Verdes e conservadores reformistas (ERC)
As emendas apresentadas por Miguel Portas foram igualmente rejeitadas, embora em alguns casos tenham registados apoios significativos – ainda que insuficientes. Ao menos “foi quebrado o unanimismo”, comentou o eurodeputado português.
A emenda 3, que defendia a alteração dos critérios de viagem de modo a que as deslocações aéreas de eurodeputados inferiores a quatro horas fossem feitas em classe económica, foi rejeitada por 402 votos e recebeu o apoio de 216 deputados. O grupo liberal partiu-se ao meio neste caso, o PPE foi quase unânime e os socialistas  não andaram longe disso – 127 contra 19, com portugueses neste grupo.
A alteração 13, que defendia a supressão da acumulação de subsídios em dias de viagem foi rejeitada por 405 contra 151, com 94-29 e 50 abstenções nos socialistas.
As votações das propostas de alteração 14 e 15 foram as mais equilibradas. No primeiro caso, em que Miguel Portas propunha o congelamento da rubrica de despesas gerais, registou-se o apoio de 226 deputados contra 393. O PPE e os socialistas (96-47) voltaram a ser os maiores obstáculos à aprovação.
A emenda 15 propunha o congelamento dos subsídios e abonos dos deputados. Foi apoiada por 213 e rejeitada por 391, com o PPE em peso e 92 votos socialistas.
O Bloco Central foi, como se percebe, o grande obreiro deste orçamento do Parlamento Europeu em que, como salientou Miguel Portas, o que estava à vista dos cidadãos e contribuintes é “se temos usado ou temos abusado deste nosso poder absoluto” de “decidir sobre o nosso próprio salário”.
Deputados portugueses
Entre os eurodeputados portugueses, a proposta de Miguel Portas para acabar com as viagens em primeira classe para deslocações aéreas de menos de quatro horas teve a oposição de todos os eurodeputados do PSD presentes à votação: José Manuel Fernandes, Paulo Rangel, Regina Bastos, Carlos Coelho, Mário David, Maria do Céu Patrão Neves e Nuno Teixeira. Também Capoulas Santos e Correia de Campos, do PS, votaram contra.
Os eurodeputados portugueses que votaram a favor foram os três eleitos pelo Bloco de Esquerda – Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares –, os dois da CDU – Ilda Figueiredo e João Ferreira – e quatro socialistas – Luís Paulo Alves, Elisa Ferreira, Ana Gomes e Vital Moreira.
A social-democrata Maria da Graça Carvalho e os dois eurodeputados eleitos pelo CDS-PP, Nuno Melo e Diogo Feyo, faltaram à votação, enquanto a socialista Edite Estrela foi a única portuguesa a abster-se.
Artigo do site do beinternacional

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.