terça-feira, 27 de abril de 2010

Refugiados: relatórios aprovados em comissão do PE

Refugiados: A Comissão LIBE do PE aprovou dois relatórios do 
eurodeputado Rui TavaresOs dois relatórios do eurodeputado Rui Tavares sobre o programa de reinstalação e fundo europeu de refugiados foram aprovados nesta Quarta feira em Bruxelas.

O relatório de co-decisão "Fundo europeu de refugiados para o período de 2008-2013" recebeu 40 votos a favor e dois contra; o relatório de iniciativa "Estabelecimento de um programa conjunto da UE para reinstalação" passou com 39 votos a favor, 1 contra e uma abstenção - tudo num universo de 41 votos de eurodeputados membros presentes na Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos (LIBE) do Parlamento Europeu.
"A questão dos refugiados é um problema resolúvel, se todos fizermos a nossa", disse Tavares. "Há por ano cerca de 200 mil refugiados no mundo que não podem voltar aos seus países de origem e não podem ficar nos países de trânsito. Estão em campos de refugiados numa situação transitória prolongada, sem possibilidades de trabalhar, estudar, recomeçar a vida. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados identifica-os e conhece-os bem, sabe que são verdadeiros refugiados de boa-fé, e afirma que a solução durável para a sua situação é a reinstalação num novo país num processo ordeiro, coordenado e com condições de adaptação e integração previstas. Ninguém quer que esta gente, que já correu risco de vida uma vez, seja apanhada por redes de imigração ilegal e corra risco de vida de novo."
Os números de refugiados na Europa são muito baixos e os relatórios Tavares pretendem apontar caminhos para corrigir isso. Dos 65.596 refugiados de todo o mundo reinstalados em 2008, apenas 4.378 (6,7%) foram acolhidos em países europeus. Do número total, 48.836 foram reinstaladas nos EUA e mais de 10 mil na Austrália e no Canadá. Em 2010 haverá 203 mil pessoas com necessidade de reinstalação. Os EUA pretendem reinstalar cerca de 75 mil refugiados este ano e nos próximos, o Canadá e a Austrália pretendem manter ou aumentar os seus números, e há emergência de novos actores de primeira linha, como o Brasil. Se a Europa fizer aquilo que lhe permitem as suas capacidades, o problema dos refugiados a reinstalar pode ser resolvido.
"A reinstalação poderá minorizar o problema de distribuição e ajudar a integração nas sociedades de acolhimento", disse o eurodeputado. A meta de 100 mil refugiados, assumida pela Presidência Sueca da UE em 2009 é boa, considera.
Os estados-membros da UE pretendem escolher prioridades regionais de reinstalação a partir de determinadas regiões do mundo. Rui Tavares lembra que não podemos deixar de fora situações de emergência, que não ocorrem de acordo com o calendário nem numa região onde calha haver prioridades políticas."E é preciso saber que, para além das prioridades regionais, há prioridades permanentes, nomeadamente no que diz respeito a pessoas em alto risco nos próprios campos de refugiados: refiro-me a graves problemas de saúde, a ameaças de integridade física e de violação e até refugiados que estão ainda em campos ‘sob fogo' resultante de conflitos bélicos".
Entre as propostas de Tavares para a execução de um programa de reinstalação bem distribuído entre os 27 estão a consagração destas prioridades permanentes, a acrescentar às prioridades "regionais" anuais, e a criação de um sistema de modulação mais atractivo para os países que ainda não fazem reinstalação - uma medida faseada em vários momentos de incremento financeiro. Estas são as medidas principais a implementar ao Fundo Europeu de Refugiados se o apoio generalizado que elas obtiveram na comissão LIBE se traduzir numa aprovação na plenária de Estraburgo.
Há, no entanto, a consciência de que "uma linha orçamental e uma lista de prioridades não é suficiente para fazer um verdadeiro Programa Europeu de Reinstalação". No relatório de iniciativa Rui Tavares defende que "para que os Estados-Membros se interessem pela reinstalação terão de ter acesso a recursos humanos, a especialistas, a partilha de informação e infraestruturas, a missões conjuntas". Só isto permite coordenar esforços, criar economias de escalas e implementar as melhores práticas. A principal proposta deste relatório é a criação de uma Unidade Permanente de Reinstalação, com recursos humanos adequados, e que constituirá o de um corpo de especialistas que ajudem os Estados-membros na reinstalação. Para Tavares esta tem de ser uma política "robusta, flexível e coordenada", com participação de actores a nível local como "as ONGs, os municípios e os gabinetes locais das organizações intergovernamentais". "O enquadramento institucional desta Unidade seria, com naturalidade, o novo Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo (EASO, na sigla inglesa) a sediar em Malta".
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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.