quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Rebelião do povo grego leva a crise política e põe em pânico cúpula da UE

A 28 de Outubro de 2011, o povo grego rebelou-se por todas as cidades helénicas. Perante o “não” massivo, Papandreou decidiu convocar um referendo, abrindo uma crise política. A repercussão foi mundial, com as bolsas a caírem brutalmente. Merkel e Sarkozy exigem que a Grécia cumpra as suas imposições e decidem reunir antes do G20. Em Atenas, Papandreou demite as chefias das Forças Armadas.
As comemorações do Dia Nacional da Grécia deram lugar a gigantescas acções de protesto em toda a Grécia.
As comemorações do Dia Nacional da Grécia deram lugar a gigantescas acções de protesto em toda a Grécia.
Na passada sexta feira, 28 de Outubro de 2011, o povo grego rebelou-se contra as decisões da eurozona que tinham imposto mais medidas de austeridade ao povo grego, tinham cortado 50% da dívida grega, mas que para a Grécia significa apenas um corte inferior a 20%, e tinham imposto um administrador alemão ao país.
A 28 de Outubro comemora-se na Grécia o dia do “Oxi”, “não” em grego, lembrando os acontecimentos de 1940, quando o embaixador italiano exigiu a rendição ao primeiro ministro grego, ao que Ioannis Metaxas respondeu “Não” e afirmou “Senhor então é a guerra”. A Grécia foi a seguir invadida pelas tropas italianas e mais tarde pelo exército alemão de Hitler. 28 de Outubro é actualmente o Dia Nacional da Grécia, comemorado oficialmente em todo o país.
Este ano, as comemorações foram interrompidas e deram lugar a manifestações de protesto em toda a Grécia. Nas comemorações oficiais em Salónica, o presidente Karolos Papoulias abandonou a tribuna, enquanto uma gigantesca manifestação clamava contra a austeridade e as decisões da Cimeira Europeia. À sua saída foram visíveis (ver vídeo) manifestações de desagrado até de altas patentes das forças armadas. Por toda a Grécia, o protesto foi global com manifestações gigantescas, mas também nos desfiles com bandas a marcharem com braçadeira negra, com jovens a erguer “lenços negros” e a virarem a cara à tribuna. (aceda a outros vídeos)
As decisões da última reunião da cimeira europeia tinham acrescentado novas razões ao protesto do povo grego contra a austeridade. À exploração e opressão impostas pelas violentas medidas, a cimeira europeia reforçou a humilhação nacional por exigência alemã: Merkel impôs que a troika passasse a estar permanentemente na Grécia chefiada a partir daí pelo alemão Horst Reichenbach, para uma permanente “ueberwachung”, como Merkel disse no parlamento alemão, e que significa supervisão e também vigilância. Estas medidas acabaram por abrir a crise política na Grécia.
Perante esta situação, Papandreou decidiu dar um salto em frente e convocar um referendo sobre as medidas da Cimeira, a realizar em Janeiro próximo. A oposição opôs-se ao referendo e exigiu eleições antecipadas, vários deputados do Pasok, manifestaram-se abertamente contra e as contradições chegam mesmo ao governo. O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, ao que parece, nem sequer terá sido consultado previamente antes do anúncio do referendo.
A crise política grega provocou uma queda generalizada das bolsas, a nível mundial, e agudizou a crise na eurozona e na União Europeia. É sabido que os mercados financeiros não funcionam bem com a democracia e um referendo é sempre para eles um problema que provoca normalmente más reacções e quedas bolsistas. Neste caso, a baixa tem por origem o receio claro e evidente do risco de bancarrota da Grécia.
Merkel e Sarkozy mais não souberam responder do que fazer ameaças veladas e exigir que a Grécia cumpra as medidas que lhe impuseram, marcando nova reunião para esta quarta feira com Papandreou e a representante do FMI, provavelmente Christine Lagarde.
Em comentário publicado no “New York Times” intitulado “Eurodämmerung” (Dämmerung significa crepúsculo em alemão), Paul Krugman diz que as coisas se “estão a desmoronar” na Europa, critica violentamente a política de austeridade e aponta que só uma alteração do papel do Banco Central Europeu poderá responder à situação. Krugman alerta também para a subida dos juros da dívida italiana, que se tornaram insustentáveis.
Entretanto, em Atenas, uma reunião extraordinária e restrita do Governo (do conselho das relações externas e da Defesa) demitiu o chefe do Estado-maior da Forças Armadas, os chefes dos três ramos militares (Exército, Marinha e Força Aérea) e outros responsáveis das Forças Armadas. Diversos órgãos da comunicação social grega e internacional sublinham que as demissões foram feitas numa reunião de emergência e inesperadamente, e que o Governo temeria um golpe de Estado. O Governo de Papandreou diz que as substituições já estavam previstas, mas todos os partidos da oposição manifestaram surpresa e exigem explicações governamentais.
O partido conservador de direita, Nova Democracia, disse que se trata de um “acto anti-democrático” e “contrário aos interesses nacionais”. O Partido Comunista (KKE) exige que o executivo dê explicações claras e a coligação Syriza considera que as demissões são inaceitáveis e que o Governo pretende “criar umas forças armadas altamente politizadas que possa controlar numa altura de crise política”.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.