
Perante este cenário, o movimento Manifesto Ciêncialançou na forma de Livro Brancoum conjunto de propostas que realçam o impacto da ciência no desenvolvimento económico das sociedades e o seu potencial para combater o desemprego e para ultrapassar períodos de crise. Neste particular são apresentadas propostas “que promovam a transferência de tecnologia e o empreendedorismo alicerçados na ciência portuguesa”. Mas também são apresentadas propostas muito relevantes para evitar um estado de deriva nos laboratórios e nos centros de investigação nacionais e para assegurar a sua sustentabilidade económica sem prejuízo da qualidade da investigação aí realizada. Uma das propostas apela para a abertura de concursos de projectos e de bolsas todos os anos, sempre na mesma data, com um período de avaliação e comunicação de resultados que não deverá exceder os 6 meses. À semelhança do que acontece no Reino Unido, apela-se à suspensão ou redução substancial do IVA (23%) no âmbito de despesas com os projectos de investigação. O IVA é neste momento um real problema no encorajamento à competição a financiamentos europeus e internacionais, dado que neste tipo de financiamentos as despesas de IVA não são aceites como despesas elegíveis. É proposto também um sistema misto para os recursos humanos: bolsas e contratos – actualmente não é garantido que o sistema de contratos se mantenha. Finalmente, de forma a garantir o desenvolvimento da cultura científica, a Manifesto Ciência propõe o incremento do número de revistas científicas subscritas pelos centros de investigação e universidades, “alargando a sua disponibilidade e reduzindo os custos de subscrição”.
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