
Numa nota final incluída nesta nota de imprensa, “o INE e o Banco de Portugal, enquanto autoridades estatísticas nacionais responsáveis pelo apuramento das estatísticas das Administrações Públicas, consideram grave a omissão de informação e não têm conhecimento de casos similares”.
O Ministério das Finanças esclarece, por sua vez, em comunicado, que “os factos hoje tornados públicos configuram uma grave irregularidade no reporte da situação orçamental e financeira” e adianta que “à semelhança do INE e do Banco de Portugal, o Ministério das Finanças não tem conhecimento de outras despesas e dívidas não reportadas e considera tratar-se de um caso isolado”.
Conforme adianta o BdP e o INE, a nova informação sobre o buraco na Madeira de mais de 1.110 milhões de euros “será tida em conta nos trabalhos associados à preparação da notificação do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), a enviar à Comissão Europeia (Eurostat) no final deste mês, e à compilação de contas trimestrais da Administração Pública, cujo resultado para o 2º trimestre de 2011 será divulgado também no final de Setembro”.
Bloco pede auditoria externa à dívida da Madeira
Interpelado sobre os novos dados divulgados pelo BdP e pelo INE, o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares sublinha a gravidade da situação e lembra que esta sexta-feira o PSD e o CDS-PP chumbaram um projecto de resolução da autoria do Bloco quer propunha que o Tribunal de Contas elaborasse “uma auditoria às contas da Região autónoma da Madeira, com o objectivo de aferir o valor da dívida pública total, bem como os principais motivos de endividamento”. O PS absteve-se nesta votação.
Sem comentários:
Enviar um comentário