Regling acrescenta que o que a Alemanha ganha é o “prémio” pelas garantias que dá, mas considera que “os contribuintes alemães não acreditam”.
Mas o presidente do FEEF vai mais longe e diz que mesmo que Portugal e a Irlanda tenham de reestruturar as suas dívidas soberanas, os países que financiam podem continuar a ganhar e justifica com a experiência do FMI: “Temos de olhar para a experiência feita pelo FMI, que já concedeu empréstimos a muitos países em dificuldades, e houve poucos que não devolveram o dinheiro, casos da Somália, Zimbabwe e Libéria, por exemplo”.
Na entrevista, Klaus Regling admite que o FEEF compre dívida de países em dificuldades financeiras no mercado primário e, mesmo no mercado secundário onde os juros são muito mais elevados, desde que haja uma decisão política nesse sentido. Com esta declaração, o presidente do FEEF justifica a possibilidade do fundo financiar a compra de dívida grega nos mercados financeiros.
Klaus Regling diz ainda que o FEEF não tem tido dificuldade em arranjar investidores para financiar os resgates de Grécia, Irlanda e Portugal e divulga que “os investidores asiáticos compraram cerca de 40 por cento dos títulos, nas três emissões que fizemos”.
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