quarta-feira, 13 de julho de 2011

Deixem a economia crescer!

Se a economia é incapaz de crescer, não haverá austeridade que nos salve do endividamento, visto que os juros e a dívida aumentam a uma taxa maior que a nossa capacidade de gerar riqueza.
Uma recessão económica, como a que vivemos, corresponde a uma diminuição prolongada do PIB. Diz-nos a lógica, então, que para sair da crise (ou da recessão) é necessário que o PIB cresça1. E até aqui parece haver relativo consenso2.
Saber exactamente o que fazer para obter o tão desejado crescimento torna-se matéria mais complexa, mas um olhar atento à composição do PIB fornece algumas pistas úteis.
Seja qual for o país, o seu Produto Interno Bruto corresponde à soma do consumo interno, dos gastos do Estado, do investimento e das exportações. Ao resultado desta soma teremos que subtrair as importações, visto que representam despesa nacional em bens e serviços produzidos fora.
Se decompusermos o PIB português segundo este critério, este será o desenho final:
A simples análise do gráfico3 acima suscita, pelo menos, três observações:
1. A maior parte do PIB, de longe, corresponde ao consumo;
2. Os gastos do Estado contribuem positivamente para o PIB;
3. As exportações são menores que as importações e correspondem a uma pequena parte do PIB.
Podemos agora tirar algumas conclusões simples sobre o que fazer, ou o que não fazer, se queremos que a economia cresça para “fora” da recessão.
Em primeiro lugar, estimular o consumo. Esta será a forma mais rápida e eficaz de aumentar o PIB, visto que estamos a falar da sua maior componente. Há várias formas de o fazer, sendo que as mais directas passam pela manutenção dos níveis salariais dos trabalhadores, pela diminuição do número de desempregados e também pelo aumento das prestações sociais, de forma a manter o poder de compra das camadas mais pobre da população.
Em segundo lugar, e caso o investimento e o consumo privados estejam em queda, os gastos do Estado4 são uma das variáveis disponíveis, e mais eficazes, para estimular o PIB. Eficaz porque cada euro de despesa pública, pelos efeitos laterais que provoca no consumo e no investimento privado, provoca um aumento de mais de um euro no produto interno.
Em terceiro lugar, concluímos que as exportações são importantes para o crescimento do PIB mas que não serão, no curto prazo, a solução milagrosa para o problema. A diferença de proporção entre consumo e investimento, por um lado, e exportações por outro, faz com que fosse necessário um aumento brutal no valor das exportações para conseguir contrariar e compensar a redução nas outra componentes do PIB. Acresce ainda que as exportações não são tão facilmente “manipuláveis” como os gastos do Estado ou o consumo, por exemplo, uma vez que dependem de factores de longo prazo – como a nossa estrutura produtiva - e de factores que não controlamos – como as condições da economia europeia, ou mundial.
Perante isto, não existe teoria ou argumento que nos permitam compreender estes programas de austeridade e, mais recentemente, a decisão do novo Governo PSD/CDS de retirar metade do subsídio de natal à maioria dos trabalhadores.
Perante um cenário de drástica contracção do PIB, a decisão do Governo é cortar o investimento do Estado, acabar com o consumo e desincentivar o investimento privado. Mesmo que estejam a crescer, não há exportações que nos salvem de uma política tão despudoradamente recessiva.
E se a economia é incapaz de crescer, não haverá austeridade que nos salve do endividamento, visto que os juros e a dívida aumentam a uma taxa maior que a nossa capacidade de gerar riqueza.

1 O mesmo argumento se aplica caso a economia se encontre em estagnação, ou varie entre períodos de estagnação e contração do PIB.
2 A discussão centra-se em torno do PIB, tal como definido hoje na contabilidade nacional. A utilização do PIB enquanto medida do crescimento das economias é altamente questionável e controversa, não sendo, no entanto, o tema deste artigo.
3 As importações devem subtrair às restantes componentes. Encontram-se a somar neste gráfico para que possa ser de mais fácil leitura.
4 Para que possam contribuir para o crescimento, os gastos do Estado devem ser “produtivos”, já que nem todos os gastos têm efeitos positivos na economia – como os gastos militares ou as injeções de capitais na banca privada.

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.