Perante este anúncio, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) acusa o governo de impor reduções “sempre à custa dos trabalhadores e/ou dos utentes” e de não “reduzir os custos com a macro estrutura da empresa, onde, apesar de alguma mexida de cosmética, continua quase tudo inalterado”.
O SNTSF realça que, apesar de reduzir a qualidade do serviço, o governo prepara-se para aumentar as tarifas.
Os problemas relacionados com a degradação do material circulante da CP têm sido abordados pelo sindicato, que defende o reforço da capacidade na área da produção de material
O representante da Comissão de Utentes da Linha de Cascais, Filipe Ferreira, afirmou por sua vez à Lusa que a medida é "mais uma má política por parte da CP e do Governo e prova do constante desinvestimento que está a ser feito na Linha de Cascais".
Filipe Ferreira sublinhou que os utentes repudiam, “de modo veemente, as más políticas que estão a ser implementadas pela CP a mando do Governo que só se preocupa em cortar e cortar sem olhar a meios" e que a decisão em nada vai resolver os problemas e que "os prejudicados são sempre os mesmos, os utentes".
Bloco condena degradação do serviço público da CP
As deputadas Rita Calvário e Catarina Martins questionaram o Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações sobre a supressão de ligações na linha de Cascais e sobre a possível privatização, e suas consequências, desta linha.
Também o Grupo Municipal do Bloco de Esquerda de Cascais apresentou uma moção que apelava a um voto de indignação dessa câmara para com a CP – Caminhos de Ferro de Portugal e para que fosse dado conhecimento da mesma à Tutela Ministerial. Esta proposta acabou por ser rejeitada, tendo contado apenas com os votos favoráveis do PCP e Bloco.
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