quarta-feira, 1 de junho de 2011

“Voto no PS é um voto inútil”

Esta terça-feira, num comício com a casa cheia no Barreiro, Francisco Louçã defendeu que “o voto no PS é um voto inútil porque, seja Governo ou oposição, o PS votará sempre a favor do acordo com a troika”. Intervieram também Fernando Rosas e Mariana Aiveca.
Fernando Rosas defendeu que o voto é “um instrumento do povo” e por isso “não votar é capitular, é desistir”.
Fernando Rosas defendeu que o voto é “um instrumento do povo” e por isso “não votar é capitular, é desistir”. Foto de Paulete Matos.
No comício no Barreiro, esta terça-feira, Francisco Louçã criticou a escolha da abstenção “que é sempre abstenção, é fugir à responsabilidade, é desistir” e defendeu que cada voto é decisivo. Neste sentido, considerou, o voto no PS um “voto paralisado, inútil” porque “seja Governo ou oposição o PS votará sempre a favor do acordo com a troika”.
O voto no PS “é inútil, é um voto perdido”, continuou Louçã, porque o PS, em qualquer das situações, “votará contra as pessoas, cortará sempre as pensões, reduzirá sempre o subsídio de desemprego”.
Estas eleições são diferentes, defende o dirigente do Bloco, “nas últimas havia promessas, que depois não foram cumpridas – Sócrates disse que não aumentaria impostos e o IVA subiu 4 pp – mas agora não dizem nada porque estão já comprometidos e farão o que o acordo com a troika dita”. “Não são promessas, só há certezas”, afirmou, mais a certeza de que “o caminho é o da Irlanda, que pediu um novo empréstimo, e o da Grécia, que um ano depois está em bancarrota”.
O voto no PS é um voto “inútil e comprometido” pois “José Sócrates não quer nenhuma ponte com a esquerda, “nem quer ouvir falar de políticas para o emprego ou de uma reforma da Segurança Social que traga mais justiça com um imposto sobre as grandes fortunas”. O voto no PS é também um “voto com brinde” porque “comprometido com uma aliança à direita”, pois implica um voto num Governo onde também entra o CDS e o PSD.
É também um “voto perigoso para as pessoas”, defende Francisco Louçã, porque implica o congelamento das pensões, cujas perdas num ano com a inflação, a cada mês, representam um subsídio de Natal, cortes para todos os trabalhadores com a paralisação dos contratos, a redução dos direitos e dos salários. É também um voto “destrutivo”, disse, porque “destrói as leis do trabalho, substituindo a justa causa nos despedimentos, que a Constituição protege, pelo puro arbítrio que é a inadaptação, a causa injusta”.
Em discurso directo, o dirigente bloquista apelou ao voto questionando: “O voto é teu até domingo, mas vais entregá-lo a alguém que depois cantará vitória com o teu voto para cortar nas pensões, privatizar os CTT, decretar o fim da escola pública, tornar o SNS mais caro, obrigar-nos a pagar os 30 mil milhões de euros de juros, promover a precariedade, desproteger os mais idosos?”
“O teu voto vai decidir”, disse ainda. O voto no Bloco é “um voto de aliança pelo emprego, de compromisso contra o trabalho precário e de aliança contra a corrupção a favor de contas certas - com impostos onde eles nunca existiram e onde só houve o pasto do privilégio, nas mais-valias urbanísticas, nas transferências para offshores, operações bolsistas – um voto que protege a economia”. E rematou dizendo: “Quanto mais força tem o Bloco de Esquerda, mais força tens tu. Diz ao país: justiça”. 
O dirigente do Bloco contou a visita que realizou esta manhã à Associação de Doentes Diabéticos, e sublinhou o trabalho realizado por esta, que é a maior associação de doentes do país, como exemplo de que “é possível ter um serviço de saúde próximo das pessoas, de dar aos outros o que precisam”. 
Lembrou ainda que o Serviço Nacional de Saúde é das primeiras “vítimas” do acordo com a troika e o desemprego a pior consequência – “13 por cento de desemprego é o dobro da marca de governação que José Sócrates criticava na campanha que o elegeu pela primeira vez”.
Louçã referiu também uma proposta concreta de combate à precariedade: as empresas terão de responder pelo uso de falsos recibos verdes perante a ACT, e se não o fizerem incorrerão em crime de desobediência qualificada.
“Vamos eleger o terceiro deputado em Setúbal”
Fernando Rosas lembrou a maior votação da história do Bloco no distrito de Setúbal que nas últimas legislativas elegeu 2 deputados e por muito pouco não elegeu o terceiro. Mas “nestas eleições vamos eleger o terceiro deputado, António Chora”, disse. O mandatário da lista do Bloco pelo distrito enalteceu as qualidades e o percurso político dos três primeiros candidatos da lista: Mariana Aiveca, sindicalista, “voz firme e corajosa no parlamento”; Jorge Costa, activista e dirigente do Bloco, “valiosa” experiência militante; António Chora, operário, dirigente da comissão de trabalhadores da Auto-Europa, “exemplo de luta pelo trabalho com direitos”.
Fernando Rosas defendeu ainda que o voto é “um instrumento do povo” e por isso “não votar é capitular, é desistir”. 
Mariana Aiveca acusou PS, PSD E CDS de esconderem o seu programa comum, que corresponde ao acordo com troika, e de tentarem “convencer-nos da nossa fraqueza e da impossibilidade de controlo das nossas vidas”.
A deputada e primeira da lista bloquista por Setúbal contou que o Bloco esteve em escolas da região onde são contratados funcionários à hora e recebendo 3 euros/h. “Mas nós não aceitamos o programa da troika, a redução dos funcionários públicos e o desmantelamento dos serviços públicos”, afirmou.
“Este é um programa da recessão”, disse, contrapondo com propostas do Bloco como a criminalização do uso abusivo dos falsos recibos verdes para combater a precariedade, direito à reforma para quem tem 40 anos de descontos, a renegociação da dívida. “O Bloco propõe Justiça”, afirmou e por isso defende, em Setúbal, um hospital no Seixal e que cada cidadão do distrito tenha direito a um médico de família”.
 

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.