Uma a uma, na sua língua, gritaram “o mesmo salário para homens e mulheres, já!”. Depois de assinado o documento de iniciativa, entregaram-no ao Presidente do Parlamento Europeu que conduzia as cerimónias institucionais. As deputadas querem que a Comissão actue imediatamente. Ver vídeo.
Ao abrigo dos novos poderes do Parlamento Europeu, as deputadas apresentaram uma iniciativa para que a Comissão apresente propostas legislativas imediatas para finalmente concretizar o direito que as mulheres já têm contemplado desde o Tratados Europeu de Roma de 1957: salário igual. Na UE, a diferença salarial continua a existir e não diminuiu. Em média, as mulheres ganham 17,5% menos que os homens. As deputadas não querem esperar mais.
Já em 2008 o Parlamento Europeu aprovara um relatório sobre as disparidades salariais entre homens e mulheres, exortando a Comissão a apresentar propostas legislativas concretas. Mas nada aconteceu. A Comissária Viviane Reding anunciou a criação do primeiro Dia Europeu da Igualdade Salarial, dia 5 de Março. O anúncio foi feito na véspera sem qualquer medida.
Para Marisa Matias, “comunicados de imprensa anunciando datas sem nenhuma acção concreta não é suficiente”. A deputada quer que a Comissão "aja agora”, por isso as jovens eurodeputadas usam esta nova figura de iniciativa “para conseguir que a Comissão faça o seu trabalho de casa”.
Para além de Marisa Matias do GUE/NGL, subscrevem o documento Franziska Brantner (Verdes, Alemanha), Karima Delli (Verdes, França), Eider Gardiazábal Rubial (S&D, Espanha), Kartika Liotard (GUE/NGL, Holanda), Barbara Matera (PPE, Itália), Emma McClarkin (Conservadores, Reino Unido), Ramona Manescu (Liberais, Roménia), Mariya Nedelcheva (PPE, Bulgária) e Catherine Stihler – (S&D, Reino Unido).
Ler também Marisa Matias: Um dia da mulher continua a fazer sentido.
Artigo publicado no site do Grupo Parlamentar Europeu do Bloco de Esquerda.
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