sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Manuel Alegre: “É preciso que o povo de esquerda se levante”

O candidato presidencial Manuel Alegre pediu esta quinta-feira, em Lisboa, ao povo da esquerda que se levante no próximo domingo, advertindo que um voto em branco de quem não é de direita favorece objectivamente o seu adversário Cavaco Silva.
Alegre afirmou que “todos somos candidatos”, todos os que “se reclamam dos valores da democracia social, da defesa do estado social e de Abril”. Foto José Sena Goulão/LUSA.
“É preciso levantar o povo da esquerda”, declarou Manuel Alegre na parte final de um discurso inflamado no seu comício de Lisboa, no Coliseu dos Recreios. Também intervieram Francisco Louçã, António Costa e Hélia Correia.
O candidato presidencial desvalorizou as sondagens, que são todas desfavoráveis à sua candidatura, argumentando que, de quarta-feira para hoje, já subiu numa sete por cento e em outra dez por cento.
“As contas só se acertam no domingo e, por isso, que ninguém se deixe intimidar e manipular. Ninguém vai quebrar esta onda”, defendeu, acrescentando que “é o povo que fará as contas certas no domingo”.
De hoje até domingo, Alegre deixou um apelo directo aos seus eleitores: “os meus camaradas têm de unir-se como um só homem, porque não se trata da minha pessoa, mas da democracia que ajudámos a construir”, afirmou, num apelo que estendeu a todos os eleitores de esquerda.
O candidato presidencial Manuel Alegre afirmou que o país está perante uma “chantagem” quando Cavaco Silva acena com os custos financeiros de uma segunda volta e vincou que estas eleições não são um plebiscito.
Manuel Alegre falava no discurso de encerramento do comício do Coliseu dos Recreios da sua candidatura, respondendo a Cavaco Silva que antes tinha advertido que uma segunda volta poderia provocar um aumento dos juros da dívida soberana portuguesa.
Alegre acusou Cavaco de fazer chantagem com o eleitorado
Segundo Manuel Alegre, Cavaco Silva falou hoje “pela primeira vez dos juros da dívida pública portuguesa, mas não foi para atacar os especuladores”.
“Foi para fazer uma chantagem inadmissível contra a escolha livre e democrática do povo português, acenando com o papão da segunda volta [das eleições presidenciais], como se uma segunda volta não fosse um facto normal em democracia. Senhor candidato Cavaco Silva, nós estamos na democracia do 25 de Abril e uma eleição presidencial não é um plebiscito”, reagiu.
Manuel Alegre citou depois uma afirmação que terá sido feita pelo fundador do PSD Francisco Pinto Balsemão sobre o perfil político do actual Presidente da República.
“Não me faça acreditar no vaticínio de um dos mais ilustres seus apoiantes, o Dr. Francisco Pinto Balsemão, quando há muitos anos disse que o senhor tinha um projecto de poder pessoal. Já tivemos um Sidónio Pais [na I República], não queremos mais. Estamos na democracia do 25 de Abril, estamos na República Portuguesa, estas eleições são democráticas e o senhor concerteza, apesar de todas as manipulações, vai ter mesmo que disputar uma segunda volta”, sustentou Alegre.
Uma candidatura contra os “silêncios equívocos”
Além disto, o candidato Manuel Alegre lembrou que a sua candidatura também é uma disputa ideológica. “Defendo uma democracia progressista, uma democracia social, económica”, disse, esclarecendo que o seu projecto é contra a ideia do estado mínimo, contra o neoliberalismo e contra a governação pela “minoria dos poderosos”.
Apelando a uma mobilização generalizada, Alegre afirmou que “todos somos candidatos”, todos os que “se reclamam dos valores da democracia social, da defesa do estado social e de Abril”.
Alegre deixou o aviso: “não sou um candidato para governar”, mas “serei intransigente no que respeita à defesa dos valores da Constituição”. “Sou um homem independente, sou incómodo, porque sou um homem livre e penso pela minha cabeça”, advertiu ainda.
Referindo-se criticamente à actuação de Cavaco Silva enquanto Presidente da República, Alegre diz que privilegiará a “palavra”, recusando os “silêncios equívocos”, pela defesa do Sistema Nacional de Saúde, da escola pública, pelo despedimento por justa causa e por uma Segurança Social pública.
Alegre recusa pelo menos uma palavra, a “fatalidade”, e disse-o a propósito do tema da precariedade, acrescentando que “é o mercado de trabalho que está errado”.
 

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.