sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Contra os cortes na cultura: “abraços” aos teatros nacionais

O TNSJ, no Porto, foi envolvido num abraço colectivo de 2 mil de pessoas, em protesto pela integração da instituição na OPART. Em Lisboa, uma concentração em frente ao TNDM II, juntou quase 2 centenas de pessoas “em solidariedade com a greve do teatro Meridional e da Garagem”.
Contra os cortes na cultura “abraços” aos teatros nacionais. Foto Mariana Filipe
O "abraço" ao Teatro Nacional D. Maria II, na noite de 24 de Novembro. Foto Mariana Filipe
“O São João é nosso” e “Canavilhas vai p’rá rua, esta cena não é tua” foram as palavras de ordem mais ouvidas, ao princípio da tarde desta quarta-feira de Greve Geral, no decorrer de uma manifestação promovida sob o mote “Um Abraço pelo Teatro”, e destinada a mostrar a oposição da cidade do Porto à anunciada fusão da instituição portuense com a OPART (organismo sediado em Lisboa que gere já o Teatro Nacional São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado e que a ministra da Cultura decidiu que passará também a administrar os teatros nacionais D. Maria II e São João).
Todos quiseram estar presentes no abraço pelo teatro: anónimos curiosos, elementos da equipa dos bastidores do São João, personalidades destacadas da vida cultural portuguesa (desde João Reis a Manuela Azevedo), representantes das outras instituições da cidade, como a Casa da Música, ou directores artísticos de festivais ou companhias teatrais. Foi um “abraço” com cerca de 2 mil pessoas.
À frente do teatro nacional, tapado por andaimes que teimam em não desaparecer enquanto a fachada não tiver sido alvo de obras, gritaram em uníssono "O Porto não se vende" e pediram a demissão da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, diz o Jornal de Notícias (JN).
Para além de inúmeras figuras do mundo do teatro da cidade, muito notada foi a presença de várias dezenas de estudantes do ensino secundário. “Viemos aqui abraçar o São João, porque é um teatro que está a trabalhar para nós. Somos estudantes do curso de Teatro, estamos a ser formados para ser actores, e é gratificante podermos ajudar numa causa que, mais tarde, poderá vir também ajudar-nos”, disseram ao Público Ana Luís e João Freitas, dois alunos do 12º ano do Externato Delfim Ferreira.
"A fusão pode abalar aquilo que o TNSJ, com a sua ambição de fazer muito pela vida cultural do Porto, muito pela vida cultural do país e por ter a ambição de sair fora de portas, conseguiu", disse Manuela Azevedo, vocalista do Clã, que falou ao JN.
Ver vídeo do "abraço" ao TNSJ no Porto.
Os Teatros Meridional e da Garagem têm espectáculos em cena mas fizeram greve
Na noite desta quarta-feira, o Teatro da Garagem promoveu uma concentração em frente ao Teatro Nacional D. Maria II, na Rossio, em Lisboa, à qual se juntaram os Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual.
O protesto consistiu numa demonstração de solidariedade para com os teatros Meridional e da Garagem que, mesmo com espectáculos em cena nessa noite, aderiram à greve. Mas a concentração, que juntou mais de 150 pessoas, foi também um momento de protesto colectivo contra os anunciados cortes no sector da Cultura – o OE'2011 prevê um investimento no sector que representa menos 1/4 do que no ano anterior – e contra a fusão dos teatros nacionais, o D. Maria II e o São João no Porto, na mesma estrutura já existente, a OPART.
A concentração foi pontuada com um incidente que envolveu a polícia, que agiu desmedidamente, devido à ocupação momentânea da estrada em frente ao teatro, pelos manifestantes. Os deputados do Bloco de Esquerda José Soeiro e Catarina Martins estavam solidariamente a participar na concentração e tendo conhecimento do sucedido já questionaram o Ministério da Administração Interna.
Na sua pergunta os deputados referem que “quando a PSP comunicou aos manifestantes a impossibilidade de estes estarem na rua, os manifestantes optaram por dar visibilidade ao seu protesto atravessando em contínuo a passadeira para peões, durante os sinais verdes, o que é direito inquestionável”.
Contudo, “a intervenção da PSP não está, no entanto, isenta de críticas”, dizem. Os agentes no terreno, comandados pelo Chefe Principal Vítor Peneda, não se encontravam identificados e actuaram de forma totalmente desproporcionada e injustificada, recorrendo à força para retirar os transeuntes da passadeira. Interpelados sobre a razão de não estarem identificados, “alguns dos agentes sorriram ironicamente alegando que “se tinham esquecido” de colocar a identificação”, relatam os deputados do Bloco.
Dia de Greve Geral: dia de luta contra os cortes na Cultura
Durante a manhã da greve, os trabalhadores da Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual promoveram diversas acções de rua, em frente aos vários teatros situados na zona da Baixa de Lisboa. Em frente ao S. Luís, ao D. Maria II, ao Trindade, e também em frente do Museu das Ruínas do Carmo, os trabalhadores organizaram “micro-piquetes”, empunhando cartazes onde se lia, por exemplo, “os artistas estão paralisados”. Algumas pessoas tinham mesmo a boca tapada com fita-cola, um gesto que simbolizava também os efeitos dos cortes orçamentais previstos para o sector que diminuirão a diversidade e a quantidade da produção cultural.
O Esquerda.net falou com Carla Bolito, da Plataforma dos Intermitentes, que contou que durante as acções realizadas de manhã e depois na concentração conjunta com os Precário Inflexíveis, no Rossio, juntaram-se 300 pessoas mobilizadas pela defesa da Cultura e contra a precariedade que cresce em todos os sectores.
Segundo a atriz, “esgotou-se o tempo de negociação” com a Ministra. Por isso os protestos deverão continuar. Aliás, referiu, não houve “negociações” entre a Ministra da Cultura e as estruturas culturais porque a ministra insiste em apenas comunicar os números dos cortes no sector, mantendo uma relação unilateral. Gabriela Canavilhas “não quer ser Ministra da Cultura”, é a opinião de Carla Bolito. 
Em causa neste desinvestimento na Cultura, diz, estão mesmo despedimentos que ainda por cima “não são bem despedimentos”, por causa dos recibos verdes. A situação é grave porque estas pessoas “não têm qualquer protecção social”, lembra. 

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.