quarta-feira, 2 de junho de 2010
Abate ilegal de montado em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
REQUERIMENTO Número /XI ( .ª)
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PERGUNTA Número /XI ( .ª)
Assunto: Abate ilegal de montado em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
Destinatário: Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Denuncia a associação Quercus que foram abatidos ilegalmente centenas de sobreiros e azinheiras, além de outra vegetação mediterrânica natural, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), junto a Casais de Moreta, freguesia de Monsanto, concelho de Alcanena. No seu lugar foram plantados, também ilegalmente, entre 12000 e 8000 eucaliptos.
O abate foi realizado sem autorização da Autoridade Florestal Nacional, violando o Decreto-Lei n.º 169/2001, de 25 de Maio, que estabelece medidas de protecção ao sobreiro e azinheira. Também a ausência de parecer favorável no PNSAC, tanto para o abate, destruição de vegetação e substituição de povoamento florestal, constitui um desrespeito ao regulamento do plano de ordenamento deste Parque, definido pela Portaria n.º 21/88, de 12 de Janeiro.
Toda esta operação decorreu no terreno, numa área de aproximadamente 10 hectares, sem que as autoridades competentes interviessem, o que demonstra claramente a debilidade de actuação dos serviços de vigilância da natureza do PNSAC, quer por falta de meios humanos como de condições de logística adequadas.
Refira-se que, actualmente, os vigilantes da natureza do PNSCAC não têm capacidade de se deslocarem por falta de viaturas, ficando retidos na sua sede em Rio Maior. Para o Bloco de Esquerda esta situação é inadmissível e revela, mais uma vez, como o Ministério do Ambiente desvaloriza o papel fundamental que os vigilantes têm na salvaguarda dos valores ambientais e paisagísticos nas áreas protegidas.
Em resposta às perguntas n.º 831/XI, de 6 de Janeiro de 2010, e n.º 885/XI, de 15 de Janeiro de 2010, diz o Ministério do Ambiente que já “iniciou o processo de recrutamento de trabalhadores para o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P., designadamente de vigilantes da natureza, em razão da importância dos mesmos na salvaguarda dos valores naturais e na promoção da conservação da natureza e da biodiversidade”, como “vai proceder ao reforço dos meios e instrumentos de trabalho dos vigilantes da natureza, com vista a dotar o referido corpo profissional das condições necessárias ao exercício das funções de fiscalização, vigilância e monitorização das áreas classificadas”. A este respeito refere que “estão em curso dois procedimentos que visam melhorar as referidas condições de logística, designadamente viaturas nas Áreas Protegidas”, tratando-se, em particular, “de uma aquisição de viaturas em sistema de ALD, e da aquisição, através de um parceria com a Autoridade Nacional de Protecção Civil numa candidatura já efectuada ao QREN, de viaturas de prevenção e vigilância, aguardando-se a decisão de aprovação”.
Pelos vistos, nem o processo de recrutamento de vigilantes, nem o reforço dos meios de trabalho, em especial viaturas, está a ser executado com a rapidez necessária, como é bem comprovativa a situação do PNSAC.
O Bloco de Esquerda considera fundamental reforçar os meios humanos e logísticos do corpo de vigilantes da natureza do PNSAC. Em relação ao abate ilegal de sobreiros e azinheiras, destruição de outro tipo de coberto vegetal e plantação de eucaliptos, além do apuramento das responsabilidades, é necessário exigir a reposição da situação anterior à infracção.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, as seguintes perguntas:
1. Tem o Ministério conhecimento do abate ilegal de sobreiros e azinheiras no PNSAC, acompanhado da destruição de outro tipo de coberto vegetal natural e posterior plantação de eucaliptos?
2. Que actuações foram tomadas pelas autoridades competentes para apurar responsabilidades e exigir a reposição da situação anterior à infracção?
3. Como justifica o Ministério a falta de meios, em particular de viaturas, dos vigilantes da natureza do PNSAC, o que lhes impede de cumprir as suas funções e actuar sobre este tipo de infracções?
4. Prevê o Ministério o reforço dos meios humanos e de logística no PNSAC? Se sim, quais os prazos previstos e tipo de reforço a efectuar?
5. Qual o estado dos processos de recrutamento de trabalhadores para as funções de vigilante da natureza e de aquisição de meios de logística, designadamente de viaturas?
Palácio de São Bento, 20 de Maio de 2010.
A Deputada
Rita Calvário
Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde
Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente
Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente
à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena
O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.
Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.
Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.
Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.
Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.
Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.
Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.
A Deputada
Rita Calvário
Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?
Comunicado de Imprensa
Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR
Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena
O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.
Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.
Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.
A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.
Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.
A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.
No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.
No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.
Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.
Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.
O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.
A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena
Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República
Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.
O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.
Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena
Carta à AUSTRA
INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.
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