quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Votos de Boas Festas
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
IEFP confirma aumento no desemprego
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Ensino Superior: Bloco apresenta pacote legislativo
Durante uma visita às instalações da Faculdade de Ciências de Lisboa (FCUL) feita esta manhã, o Bloco de Esquerda anunciou o novo pacote de medidas de apoio para o ensino superior composto por um conjunto de três projectos de lei, que irá ser apresentado no Parlamento. Para o Bloco, as propinas são injustas socialmente e constituem uma taxa sobre as famílias que têm estudantes e uma escolha errada, porque contraria a própria ideia da universalidade dos serviços públicos. Nesse sentido, irá apresentar a proposta que revoga o sistema de pagamento de propinas no ensino superior público. Sobre o novo regime de atribuição de bolsas de estudo, o Bloco quer redefinir o conceito de estudante economicamente carenciado que equivale actualmente a 540 euros de capitação do agregado. Francisco Louçã considera que esse valor se encontra desfasado da realidade e por isso é proposto um novo tecto de 630 euros. O deputado José Soeiro explicou à Lusa que este projecto de lei também pretende substituir os escalões de acesso às bolsas por um modelo "linear e contínuo" a partir do qual cada bolseiro receberá a diferença entre a capitação mensal do seu agregado e o tecto de 630 euros considerado o mínimo pelo Bloco. A terceira proposta visa adoptar um sistema "plurianual de financiamento das instituições de ensino superior" que actualmente é atribuído de forma anual. Face à situação financeira das instituições de ensino superior em Portugal, o Bloco de Esquerda considera que todas as instituições sob a tutela do MCTES – Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ensino Superior, deverão celebrar com este contratos de financiamento plurianuais e não apenas as instituições que escolham o modelo fundacional. O Bloco considera que só um modelo alternativo de financiamento público assente em contratos plurianuais, “pode ultrapassar os actuais garrotes financeiros impostos às instituições de ensino superior”. Os deputados Francisco Louçã e José Soeiro foram recebidos pelo Professor António Sá Fonseca, Sub-Director responsável pela área das instalações da FCUL, e visitaram o edifício com mais de 25 anos que ostenta algumas partes em avançado estado de degradação e que aguarda a aprovação de uma verba para ser remodelado. Na conversa com o Sub-Director, os deputados bloquistas também ficaram a saber que a direcção da faculdade não tem assegurados os salários de Dezembro dos seus professores. A delegação do Bloco reuniu também com a Associação de Estudantes da FCUL, de modo a ouvir de perto os problemas e as necessidades dos estudantes relatados pelos seus representantes. |
Poder de compra português recua desde 2005
"O nível caiu e manteve-se desde essa data. A diferença de 30% com Espanha e ainda maior com os outros países, o que apenas mostra que a crise nos afectou de forma mais forte do que no resto da União Europeia", afirmou Eugénio Rosa ao Correio da Manhã. O economista da CGTP também membro da CGTP diz que a situação é ainda pior do que a que os números revelam porque "os dados referem-se à distribuição da riqueza por habitante e em Portugal essa distribuição é muito mal feita".
Com um poder de compra 24% inferior à media dos 37 países representados no estudo do INE, Portugal está muito longe do primeiro grupo, onde pontifica o Luxemburgo, com 276% em relação à média, e mesmo do segundo grupo. Na verdade, o país ocupa a 22ª posição, e é o pior classificado num grupo que junta Chipre, Grécia, Eslovénia, República Checa e Malta.
A maior queda de poder de compra foi sentida na Irlanda, com uma descida de 30% em quatro anos. Já os países do leste europeu que aderiram à UE em 2004, como a República Checa e a Eslovénia, beneficiaram das maiores subidas neste índice.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Bloco questionou Ministério sobre Politécnico de Tomar
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Portugal foi o 3.º a perder mais empregos na UE
Segundo os dados do Eurostat, o mercado de trabalho português sofreu uma contracção de 1,1% entre Julho e Setembro, face ao trimestre anterior, o que corresponde ao terceiro pior desempenho e a mais do dobro da diminuição verificada na União Europeia (UE). Com a pior performance entre os 27 Estados-membros surge a Letónia, cujo mercado de trabalho se contraiu em 5,7% no terceiro trimestre, seguida pela Espanha, onde o número de empregados desceu mais 1,5%. Os mesmos dados revelam que na zona euro houve 712 mil pessoas que perderam os seus postos de trabalho no terceiro trimestre do ano, o que corresponde a uma quebra de 0,5% em relação aos três meses anteriores. As condições do mercado de trabalho na UE a 27 também se degradaram, tendo o emprego diminuído 0,5% no terceiro trimestre do ano, o que significa que, no total, mais de um milhão de europeus ficaram sem emprego. A taxa de desemprego em Portugal subiu para 10,2% em Outubro, o valor mais elevado de que há registo, também de acordo com os últimos dados mensais do Eurostat. Esta taxa de desemprego é a quarta mais elevada entre as três dezenas de países desenvolvidos que são membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Segundo o Jornal de Negócios, os dados divulgados pela instituição sediada em Paris, confirmam a taxa que havia sido já avançada pelo Eurostat para Portugal e anuncia que Espanha lidera, e com grande margem, a tabela do desemprego, com uma taxa de 19,3% . Seguem-se a Irlanda com 12,8% e a Eslováquia com 12,2%. Assim, Portugal é o quarto da tabela, surgindo empatado com os Estados Unidos. Para além destes países, só a França apresenta igualmente uma taxa de desemprego de dois dígitos: 10,1% em Outubro. Ler mais em Taxa de desemprego sobe para 10,2 em Portugal |
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Vera Jardim vota com o Bloco pelo fim do sigilo bancário
sábado, 12 de dezembro de 2009
Luís Fazenda apela a "revisão profunda" do PEC

"Esta era a altura adequada para uma revisão profunda do Pacto de Estabilidade e Crescimento, não pode haver um sinal de igual entre economias com uma grande debilidade estrutural e economias que vão sair mais rapidamente da recessão, não podem estar todas sobre o mesmo colete de força", acrescentou Fazenda, sublinhando que "Portugal deve ter um papel mais activo no âmbito da União Europeia para que as regras económicas possam favorecer Portugal e possam ajudar-nos a ultrapassar a crise económica e a recessão".
"Não devemos ficar seguidistas em relação a regras que podem beneficiar o directório da UE, mas seguramente não beneficiam uma economia mais débil e periférica como a portuguesa", resumiu o deputado do Bloco. Luís Fazenda disse ainda aos jornalistas, a propósito da cimeira do Clima em Copenhaga, que o Bloco acompanha a necessidade de um acordo vinculativo para as várias potências e sobretudo para os principais países emissores de gases de efeito estufa.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Antes fosse redistributivo…

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Bloco quer condicionar envio de tropas para o estrangeiro

sábado, 5 de dezembro de 2009
Nova taxa vai aumentar factura do gás

E é assim que já a partir de Junho de 2010, as facturas do gás natural poderão incluir uma nova parcela destinada a pagar a taxa. Em declarações ao Jornal de Notícias, o secretário-geral da DECO confirmou que "actualmente existe já uma bolsa de dívida, que irá cair em cima dos consumidores". Jorge Machado diz que "as autarquias é que vão decidir se vão cobrar a dívida só a partir de 2010 ou se a partir de 2006, com juros".
A possibilidade de cada autarquia cobrar um valor diferente por esta taxa também está a preocupar as associações de consumidores. "Um consumidor de gás natural de Trás-os-Montes deverá pagar a mesma coisa que um consumidor em Lisboa", defendeu Patrícia Gomes, da Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores, numa posição que vai ao encontro da opinião dos patrões da indústria, onde se encontram os maiores consumidores de gás natural. "Mesmo tendo cada município o direito de legislar dentro dos seus limites, isto é um serviço de interesse económico geral, e deveria ser universal", afirmou ao JN Jaime Braga, da CIP, à margem da audição pública da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), sobre a proposta de revisão dos regulamentos do sector do gás natural.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Taxa de desemprego sobe para 10,2% em Portugal
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Bloco vai propor levantamento do sigilo bancário

"Iremos apresentar uma proposta sobre o levantamento do sigilo bancário para que em Portugal se faça exactamente o que se faz noutros países europeus, que é confrontar a declaração fiscal com a verdade dos rendimentos de quem tem muito nos bancos e não os declara", disse o coordenador nacional do Bloco de Esquerda (BE).
Falando ontem, em Coimbra, à margem da reunião da assembleia distrital do BE, Louçã acrescentou que a proposta prevê também a introdução da criminalização do enriquecimento ilícito, "como é sugerido pela maior parte dos responsáveis da política criminal em Portugal".
"Se o PS quiser contribuir, como já fizeram João Cravinho, Manuel Alegre e outros responsáveis do partido, por uma grande convergência da transparência no combate à corrupção, isso será um contributo extraordinário. É assim que deve ser", disse o líder bloquista.
"Estamos numa altura, perante o caso da Face Oculta, perante estas redes tentaculares que se servem do interesse público, das empresas públicas para enriquecer ou para falsificar vantagens em concursos, de ouvirmos o Tribunal de Contas, de respondermos aos problemas e criarmos transparência, que é única forma de vencer a corrupção", sublinhou Louçã.
in: Diário Económico
domingo, 29 de novembro de 2009
Governo sofre primeira derrota
sábado, 28 de novembro de 2009
Bloco central rejeita reforma aos 40 anos de descontos
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Maioria Relativa, Democracia Absoluta
Bloco volta a defender reforma completa aos 40 anos de descontos
![]() Francisco Louçã e Mariana Aiveca foram à Autoeuropa, em Palmela, para insistirem na proposta da reforma completa para os trabalhadores que têm mais de 40 anos de descontos. "Queremos ajudar o país a pedir desculpa à geração de trabalhadores que foi sacrificada pelo trabalho infantil", afirmou o dirigente do Bloco. “Um trabalhador que tenha começado a trabalhar aos 11 ou 12 anos e que se reforme depois de 50 anos de trabalho vai perder 20 por cento da pensão. Trabalhou mais do que os outros, começou mais cedo e descontou mais tempo, mas vai ser punido em um quinto da pensão, o que é uma situação inadmissível”, disse Francisco Louçã. O dirigente do Bloco de Esquerda falou aos jornalistas durante uma sessão de esclarecimento, junto dos trabalhadores da Autoeuropa, sobre a proposta do Bloco. “Queremos ajudar o país a pedir desculpa à geração de trabalhadores que foi sacrificada pelo trabalho infantil e a compensar essas pessoas com aquele mínimo de respeito que é a aceitação de que, tendo pago durante 40 anos de descontos para a reforma, têm direito a poder obtê-la sem penalização”, disse Louçã. Jorge Gonçalves, trabalhador da área de prensas da Autoeuropa, poderia ser um dos beneficiários da nova lei, caso fosse aprovada a proposta do BE, uma vez que aos 54 anos de idade já tem 39 de descontos. “Tomando como princípio aquilo que o PS fez aprovar há uns tempos atrás, vou trabalhar até aos 65 anos, completando 50 anos de descontos”, disse Jorge Gonçalves, congratulando-se com a proposta do BE que lhe poderia dar direito à direito à reforma dentro de um ano. A proposta de lei do BE para a reforma completa aos 40 anos de descontos, já foi submetida a votação por duas vezes, na anterior legislatura de maioria absoluta do PS, mas foi chumbada pelo PS e pelo PSD. Um cenário que o Bloco acredita poder vir a alterar-se com a actual maioria relativa. |
terça-feira, 24 de novembro de 2009
José Gusmão questiona Ministério das Finanças sobre supostas violações de regras bancárias
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda tomou conhecimento da denúncia de ocorrência de práticas bancárias eticamente recrimináveis associadas a operações de swap de taxa de juro por parte de bancos nacionais. De acordo com essa denúncia, diversas PME’s de Norte a Sul do país teriam sido prejudicadas em milhares de euros com a contratualização deste instrumento financeiro devido à omissão de informação relevante, prestação de informações inexactas, criação de falsas expectativas e erros de carácter processual por parte da instituição responsável pela sua comercialização. Tanto o Banco de Portugal como a CMVM receberam já, segundo tomámos conhecimento, inúmeras reclamações sobre o assunto acima descrito. No entanto, ambas as instituições se desresponsabilizaram, afirmando que o assunto não se enquadra no âmbito das suas competências. Assim, o Bloco de Esquerda questiona o Governo, através do Ministério das Finanças, se tem o Ministério conhecimento das reclamações efectuadas por parte dos clientes da instituição bancária relativamente à contratualização de contratos swap de taxa de juro e, se no entender do Senhor Ministro das Finanças, deve o Banco de Portugal responsabilizar-se pela averiguação do caso. Veja aqui as questões colocadas ao Governo. |
BE defende revogação do negócio do Terminal de Alcântara
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Aumentos salariais da função pública devem ser inferiores a 1%
![]() Diante do facto da expansão da economia portuguesa não ser suficiente para combater o défice, que deve chegar aos 8%, segundo a Comissão Europeia, o Governador do Banco de Portugal afirmou não acreditar num aumento espontâneo das receitas suficiente para fazer baixar o défice para 3%, o que o leva a apontar a hipótese de um aumento dos impostos a partir de 2011 até 2013. Tais medidas devem ser adoptadas a partir de 2011, quando “se verificar uma recuperação consolidada”. |
domingo, 22 de novembro de 2009
José Gusmão pretende audição com Ministro das Finanças
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Louçã critica crise da justiça e pede combate à corrupção
![]() No encerramento das jornadas do esquerda.net, o coordenador bloquista reforçou o apelo ao “combate pela transparência e contra a corrupção” através das leis que o Bloco leva a discussão parlamentar no início de Dezembro. Louçã pediu esclarecimentos a Sócrates sobre a existência de sacos azuis nas empresas públicas e de pressões para a escolha e o afastamento de dirigentes de empresas públicas, como a Refer, em nome de interesses particulares. “O país tem que ter a certeza de que não há, não houve, não terá havido e não pode haver pressões para que, em nome de interesses particulares, se escolhem ou se afastem dirigentes de empresas públicas, como o caso da Refer”, afirmou Louçã dirigindo-se ao primeiro-ministro, que no seu entender deverá prestar essa garantia porque “tudo tem que ficar claro”. E acrescentou que “o país tem que ter a certeza de que não há sacos azuis nas empresas públicas, que possam servir para contabilidades paralelas” nem pressões do governo junto de administrações bancárias para dar ou retirar o investimento publicitário deste ou daquele órgão de comunicação social. Os entraves ao combate à corrupção passam também pelo estado da Justiça, que o deputado bloquista vê mergulhada numa "crise gravíssima", porque "não tem meios para investigar, não tem recursos para combater o crime mais complexo e porque não há segredo de Justiça quando era necessário para fazer uma investigação competente”. E para cúmulo, “aparentemente, não há hierarquia e não há capacidade de decisão dos agentes judiciários que representam o Estado” e “muitas vezes, os maiores representantes do Estado na Justiça não se entendem eles próprios sobre a interpretação e a aplicação da lei”, declarou Louçã. São estas "cortinas de fumo" no combate à corrupção que o Bloco se propõe combater. Quanto às escutas das conversas entre Armando Vara e José Sócrates, o Bloco "não tem nada a dizer". “Não as conhecemos, não as queremos conhecer. Se elas forem relevantes, são relevantes para a Justiça e só podem ser relevantes se tiveram indícios criminais”. “Tudo no resto que tenha a ver com conversas de conteúdo político ou qualquer outro entre pessoas no âmbito privado é irrelevante para a Justiça, portanto não nos interessa”, afirmou o deputado do Bloco. Durante o dia de sábado, dezenas de activistas do Bloco juntaram-se no Porto para discutir o futuro da presença do Bloco na internet e preparar as mudanças no portal esquerda.net e na restante "blocosfera", que abrange os sites nacional e distritais do Bloco, o site do grupo parlamentar e as redes sociais. Uma das ideias em debate foi o nascimento de uma rede de "amigos do esquerda.net" que permita ao portal criar uma rede de correspondentes em muitos pontos do país, melhorando a sua cobertura noticiosa das lutas sociais. A maior integração do vídeo, áudio e fotografia no esquerda.net tiveram um espaço próprio de troca de opiniões em workshop. Os resultados práticos do debate destas jornadas no esquerda.net deverão ser implementados no início de 2010, com a remodelação gráfica do portal de notícias do Bloco. |
sábado, 21 de novembro de 2009
Ana Drago: "Vimos um ensaio de Bloco Central"
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Bloco questionou Ministério do Trabalho sobre situação da Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas
Francisco Louçã responde ao acordo PS/PSD na avaliação
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Gama e Lacão divergem no agendamento dos projectos do Bloco sobre corrupção
Além da troca de argumentos entre Lacão e Gama, a discussão deu a volta à mesa. As bancadas da oposição, segundo afirmaram ao PÚBLICO vários participantes da conferência de líderes, discordaram desta leitura de Lacão. Jaime Gama também, e lembrou ao ministro o entendimento feito na anterior legislatura: por consenso, subiam a debate no plenário as iniciativas sobre o tema do agendamento e outras conexas.
A secretária da mesa da Assembleia confirmou ao PÚBLICO tratar-se apenas de uma dúvida regimental da parte de Lacão e afirmou que a próxima conferência de líderes, após uma clarificação, voltará ao tema quanto a este debate agendado para 3 de Dezembro, no Parlamento.
O Bloco de Esquerda apresentou domingo quatro projectos de lei de combate à corrupção, incluindo um que prevê o "crime de enriquecimento ilícito", num momento em que "a corrupção está a gangrenar a sociedade portuguesa". Outro diploma propõe o levantamento do sigilo bancário, através de um modelo semelhante à lei espanhola, em que as instituições bancárias comunicam duas vezes por ano ao fisco os movimentos dos depósitos de clientes, em comparação com as declarações de IRS. A terceira proposta é acabar com a distinção entre corrupção para acto lícito e ilícito e a quarta é a "retenção fiscal das mais-valias urbanísticas".
Marcha pelo Ensino Superior
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Taxa de Desemprego sobe para 9,8%
![]() São mais 40 mil desempregados em Portugal em três meses, cerca de 114 mil no ano. Os números do terceiro trimestre ultrapassam o máximo de 9,2% para a taxa de desemprego registada no primeiro trimestre de 1986, na sequência da crise económica. Face aos números divulgados pelo INE, o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que "o desemprego subiu duas décimas em relação ao trimestre anterior, mas também é verdade que subiu menos do que se estava à espera" O deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, afirmou que "Estes números mostram o falhanço do Governo na resposta à crise naquilo que tem de mais grave que é o desemprego. O Governo falha na resposta económica à crise que é a criação de emprego e falha na resposta social à crise, que é o subsídio de desemprego". O deputado afirmou ainda que o Governo fez um grande foguetório quando anunciou uma medida de alteração do subsídio de desemprego que beneficia "apenas dez mil pessoas", e que só nos últimos três meses o desemprego cresceu em 46 mil pessoas, facto que "mostra bem o impacto que têm estas medidas e a necessidade de mudar de políticas económicas e sociais". |
PS tenta atrair PSD contra a suspensão da avaliação
![]() O PS acenou na terça-feira com a possibilidade de viabilizar o projecto de resolução do PSD sobre a avaliação dos professores, que troca o termo "suspensão" por "substituição" da avaliação. Para isso, porém, o PSD teria de garantir que não votava a favor dos restantes projectos da oposição. Desenha-se assim a possibilidade de se formar um bloco central contra os professores esta quinta-feira, quando avaliação vai a debate na Assembleia da República. Ao contrário do que defendeu durante a campanha eleitoral, o projecto do PSD deixa de falar em suspender a avaliação para usar um termo vago: "substituição" do processo. A diferença não é só semântica. A questão de fundo é saber se os professores que estiveram à frente da contestação ao processo de avaliação de Maria de Lurdes Rodrigues e não entregaram os seus objectivos individuais serão ou não penalizados. Para a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (Apede), um dos movimentos de professores que despontaram na luta contra o processo de avaliação do anterior governo, "uma 'substituição' do modelo que tenha efeitos apenas para o 2.º ciclo avaliativo - o do presente ano lectivo - não impede as consequências mais perversas da aplicação deste modelo ainda em vigor para o 1.º ciclo avaliativo." As consequências, para a Apede, seriam que as classificações de Muito Bom e Excelente poderão colocar professores em vantagem nos próximos concursos, uma vantagem que a associação classifica de absurda e injusta "quando pensamos no formato aberrante que a propiciou". Por outro lado, diz a Apede, os professores que mais se destacaram na luta, ao não terem entregue os Objectivos Individuais, poderão vir a ser penalizados. É isso mesmo que o governo, aliás, pretende. O Ministério da Educação de Isabel Alçada anunciou na terça-feira aos sindicatos que entregaria durante esta semana uma proposta de calendário negocial, garantindo que o primeiro ciclo de avaliação, que termina em Dezembro, será cumprido dentro do quadro legal em vigor e que as classificações a atribuir terão efeitos na progressão na carreira. E também já esclareceu que os professores que não entregaram os elementos de avaliação, como os objectivos individuais, não serão avaliados. Entretanto, a ministra da Educação convocou os sindicatos, na véspera do debate, para lhes apresentar o calendário de negociações. Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, estranhou esta convocatória repentina, afirmando que os calendários negociais "têm de ser convocados com cinco dias de antecedência". Mas disse esperar que até ao final do ano seja possível chegar a um entendimento com o governo. A Fenprof defende que seja suspenso o 2º ciclo avaliativo do processo actual, considerando que o primeiro já terminou. "O importante é garantir que nenhum professor deixa de ser avaliado, pois, assim, se garante que não terá qualquer problema de progressão na carreira", disse Mário Nogueira ao Jornal da Fenprof. Ao mesmo tempo, defende a anulação dos efeitos das menções de "Muito Bom" e "Excelente" que, em sede de concursos, valem, respectivamente, 1 e 2 valores na graduação profissional. |
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ilegalidades nas concessões das auto-estradas
O Tribunal de Contas recusou o visto do contrato da concessão de duas autoestradas atribuídas à Soares da Costa (autoestrada Transmontana) e À Mota-Engil (autoestrada Douro Litoral). Em dois acórdãos questiona os processos de concessão por não defenderem o interesse público, levanta dúvidas legais sobre os contratos e critica duramente as justificações apresentadas pelas Estradas de Portugal. Em causa estão 430 milhões de euros. A empresa pública Estradas de Portugal prescindiu de receber 430 milhões de euros em favor dos privados. O Tribunal de Contas mostra “perplexidade” por o Estado ter prescindido de receber 430 milhões de euros da Soares da Costa e da Mota-Engil, com a adjudicação a estas duas empresas da construção e exploração das novas auto-estradas Transmontana e do Douro Litoral. A revelação foi feita pelo Tribunal de Contas (TC) em dois acórdãos (n.º 160/2009 e n.º 161/2009) aprovados e publicados no início de Novembro, em que é recusado o visto prévio aos dois contratos destas subconcessões. Os conselheiros do TC consideram que “este facto não pode deixar de suscitar perplexidade”, até porque não foi justificado pela Estradas de Portugal (EP), apesar das dúvidas levantadas pelo tribunal. Estado perde milhões O problema, revela o TC, é que o facto de a Soares da Costa (no concurso da Transmontana) e a Mota-Engil (na Douro Litoral) terem incluído nas suas propostas iniciais o pagamento à EP, respectivamente, de 230 e 200 milhões de euros, fez com que estas empresas obtivessem uma classificação melhor que as suas concorrentes, acabando por ser, por isso, seleccionadas para a fase final da negociação nos respectivos concursos. Mas a EP prescindiu depois desses valores, baseando-se em argumentos que não convenceram o TC: “A argumentação produzida, sobre a matéria, pela EP, não deixa de surpreender, dado emanar de um dos mais importantes donos de obra pública do País e contrariar quase duas décadas de doutrinação da CADA (Comissão de Acesso aos Documentos da Administração), sobre este assunto.” A EP adjudicou portanto as obras, aceitando propostas finais destas empresas nas quais já não constava qualquer pagamento daquele tipo. Tal como aconteceu na Auto-estrada Transmontana, também na subconcessão do Douro Interior há diferenças entre a proposta com que os concorrentes foram pontuados para passar à fase de negociações, e a propostas final com que ganharam o concurso, e receberam a adjudicação. O investimento total necessário para a construção da Douro Interior diminuiu 15,7 milhões de euros, e o esforço financeiro a ser pedido ao concedente aumentou 60 milhões de euros. E também não há lugar a pagamentos à cabeça, como surgiam na proposta inicial. No caso da Auto-estrada Transmontana, o custo de construção passou de 577 para 508 milhões, e o valor actualizado líquido do esforço financeiro que iria ser pedido ao concedente passou de 460 para 539 milhões. No caso da Douro Interior, os custos de construção diminuíram de 762 milhões para 747, e o esforço financeiro pedido à EP passou de 696 para 757 milhões. Estas diferenças, sublinha o Tribunal de Contas, violam o próprio caderno de encargos por traduzirem uma degradação das condições inicialmente oferecidas. E são uma das "ilegalidades" detectadas que justificam o chumbo. Os pagamentos à cabeça que os concorrentes se propõem efectuar resultam de uma fórmula financeira em que, de alguma forma, se reequilibra a diferença entre aquilo que a concedente teria de pagar e aquilo que o concessionário teria de receber ao longo dos 30 anos de concessão. Na fase da negociação das propostas, o esquema financeiro foi, no entanto, todo alterado. Na Trasmontana, a EP ficou obrigada a pagar mais 80 milhões de euros do que inicialmente previsto, e na Douro Interior a diferença salda-se em 60 milhões. Fracos argumentos Nas respostas enviadas ao tribunal, a EP justifica que "entre a primeira e a segunda fase do procedimento verificou-se uma significativa degradação do clima económico e financeiro decorrente da gravíssima e por todos sobejamente conhecida crise financeira global", e relembra que, em ambos os casos, os pagamentos finais acordados ficaram abaixo do que estava definido no estudo de viabilidade encomendado pelo Governo para cada uma das concessões. O TC responde que a argumentação da EP “desenvolve-se agora com a avaliação de quatro parâmetros: a redução dos bancos disponíveis para participar no programa; o aumento dos custos financeiros, margens e comissões; a redução dos prazos de financiamento; o aumento da componente de capitais próprios”. Mas considera que “a crise” e as suas consequência “não invalida a conclusão de que houve uma degradação das condições inicialmente propostas”, e que foram “violados os princípios que orientam a contratação pública”. Almerindo Marques, presidente da Estradas de Portugal, diz que vai recorrer da decisão do Tribunal Constitucional. Segundo o jornal Sol, o Governo já terá dado indicação à EP para “lutar até ao fim” pela legalidade das concessões. Marcelo Rebelo de Sousa já veio apoiar o Governo e a EP, considerando que “as subconcessões adjudicadas pela EP não estão sujeitas a visto prévio”. Almerindo Marques diz que a Estradas de Portugal “vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas e depois se verá”. Sobre a decisão do Tribunal de Contas, Almerindo Marques escusou-se a comentá-la, alegando limites deontológicos que não pode ultrapassar, reiterando novamente que o que "existe de facto, e que a deontologia permite dizer, é que há divergência de interpretação jurídica nas regras de decisão sobre o concurso". O presidente da Estradas de Portugal garantiu ainda que as obras nas duas concessões "vão prosseguir com normalidade". Entretanto o Ministério das Obras Públicas ameaça os utentes com mais portagens que consideram “inevitáveis”. “Nas regiões onde haja alternativas de acessibilidades, os custos de utilização dessas infra-estruturas terão de ser suportados pelo tráfego que circular”, disse fonte oficial do Ministério ao jornal Sol. O Governo quer também introduzir portagens em três SCUT em 2010 e espera “poupar” 100 milhões, mas à custa dos utilizadores, enquanto perde milhões com as concessões aos grandes grupos da construção: Mota-Engil e Soares da Costa. |
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Fernanda Asseiceira suspende projecto de ampliação do Quartel de Bombeiros de Alcanena
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Mais difícil construir fora das áreas urbanas
O PROT aplica-se a 33 municípios dos distritos de Leiria, Santarém e Lisboa, nomeadamente: Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Alenquer, Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Ourém, Peniche, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras e Vila Nova da Barquinha.
Documento no Diário da República
in: O Templário
domingo, 8 de novembro de 2009
Os intocáveis
Artigo de Opinião de Mário Crespo
in: Jornal de Notícias
sábado, 7 de novembro de 2009
Luís Fazenda encerra debate do programa de governo
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Inspecção do Ambiente dá dois meses para retirada de depósito ilegal de resíduos em Alcanena
Por considerar “grave” a situação ambiental detectada na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social, “dada a dimensão dos aterros em questão”, a IGAOT emitiu os mandatos, ordenando aos responsáveis dos dois locais identificados a “cessação imediata da recepção e deposição de quaisquer resíduos”.
Por outro lado, dá um prazo de 60 dias para reporem “a situação existente à data anterior ao início da deposição ilegal dos resíduos através da sua remoção e encaminhamento para destino autorizado”.
Os resíduos em causa são escórias da queima de resíduos de biomassa, tendo sido feitas colheitas no local, aguardando a IGAOT os resultados dessas análises. Contudo, afirma, os resultados das análises anteriores, obtidas junto do produtor dos resíduos, “demonstram valores diminutos de poluentes (inferiores aos limites de quantificação dos equipamentos de análise) consonantes com escórias provenientes da queima de resíduos de biomassa”.
Ministério confirma abandono dos resíduos
O comunicado acrescenta que as diligências efectuadas permitiram confirmar que os resíduos, “apesar de supostamente terem como destino um operador autorizado para o efeito, eram na realidade abandonados”, em parte no terreno de Covão do Coelho.
Os restantes - “muitas toneladas” - estavam a ser aterrados, “sem qualquer licença ou condições para o efeito, num terreno pertencente a uma unidade de gestão de resíduos localizada no concelho da Chamusca, que não cumpria assim com a obrigatoriedade de tratamento dos mesmos”.
A associação ambientalista Quercus denunciou, há duas semanas, a deposição ilegal de resíduos industriais num terreno em Covão do Coelho, numa zona “próxima de uma falha geológica em área de máxima infiltração no maciço calcário estremenho, junto do Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros”.
A Quercus adiantava que os resíduos, de acordo com a investigação da TVI exibida na reportagem “Máfia Lusitana”, provinham da fábrica de pasta de Celulose Beira Industrial (Celbi) e estavam a ser transportados para aquele local pela empresa Poderinova, de Covão do Coelho.
Fonte: Lusa
in:O Público
Protocolo a quatro viabiliza solução para poluição no Alviela

O calvário das populações ribeirinhas do Alviela devido à poluição pode estar a chegar ao fim. A luz ao fundo do túnel começou a ver-se sexta-feira, 5 de Junho, com a assinatura, em Alcanena, de um protocolo envolvendo quatro entidades e que prevê a realização de várias intervenções complementares para mudar a face ao rio. A metáfora luminosa foi deixada pelo representante da AUSTRA – Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Resíduos de Alcanena, Fernando Fernandes, dizendo que “desta vez a luz ao fundo do túnel não é a do comboio que nos vem arrasar a todos, mas sim a saída” para os problemas.
O investimento estimado é de 21,2 milhões de euros e engloba: a construção de uma unidade de tratamento de resíduos industriais (raspas verdes); a melhoria do sistema de tratamento da ETAR de Alcanena; remodelação da rede de colectores de águas residuais; reabilitação da zona de lamas não estabilizadas; e defesa contra cheias da ETAR de Alcanena.
Integrado no mesmo protocolo, assinado pela Câmara de Alcanena, Instituto da Águas (INAG), Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARHT) e AUSTRA, encontra-se ainda a reconstrução da cascata do mouchão de Pernes, no concelho de Santarém. Uma obra também há muito reclamada e cujo início está previsto para breve.
O ex-presidente da Câmara de Alcanena, Luís Azevedo (ICA), considera que desta vez não se trata apenas de uma expressão de intenções mas sim de medidas concretas para colocar fim ao flagelo ambiental que há décadas, de forma regular, afecta o rio que cruza os concelhos de Alcanena e Santarém. O autarca fez um breve historial do processo, reconhecendo que a industrialização desenfreada e desumanizada deixou mossas difíceis de esquecer. “A agonia e morte do rio Alviela foi a face mais mediática e triste desse problema”, lamentou.
Apesar do investimento de 70 milhões de euros feito nas duas últimas décadas no sistema de tratamento de resíduos de Alcanena, o problema nunca ficou resolvido por inteiro. E é isso que agora se pretende. O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, lamentou o arrastar do problema mas congratulou-se com a concertação entre as várias entidades que à partida permitirá resolver uma questão complexa. Também o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras, realçou esse aspecto e o envolvimento de três programas operacionais (Centro, Alentejo e da Valorização do Território) na comparticipação dos projectos.
Os projectos um a um
- Unidade de Tratamento de Resíduos Industriais. Tem como promotor a AUSTRA e um orçamento de 2,6 milhões de euros, com comparticipação prevista de fundos europeus de 70 por cento.
- Melhoria da eficiência do sistema de tratamento da ETAR de Alcanena. Obra da AUSTRA. Investimento de 7 milhões de euros, com financiamento comunitário previsto de 60 por cento.
- Remodelação da rede de colectores de águas residuais. O valor é de 5,9 milhões e a AUSTRA terá comparticipação máxima de 70 por cento.
- Reabilitação da zona de lamas não estabilizadas. Obra da responsabilidade da ART do Tejo. Valor de 5 milhões de euros. Aguarda aprovação da candidatura para financiamento em 70 por cento pela União Europeia. Conclusão prevista para Dezembro de 2009.
- Defesa contra cheias da ETAR de Alcanena. Projecto do INAG, com um valor de 777 mil euros. Conclusão prevista para Abril de 2010.
- Reconstrução da cascata do Mouchão de Pernes. Obra do INAG no valor de 917 mil euros. Conclusão prevista para Junho de 2010.
in: O Mirante
A equipa do Bloco de Esquerda em Alcanena fica à espera do início das obras e da consequente resolução dos problemas ambientais existentes no nosso Concelho.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
José Gusmão questiona em Assembleia sobre taxas Multibanco
Contratos a prazo nas autarquias sobem 21%
Os contratados a prazo subiram 21% nas autarquias, mais ainda do que o aumento da precariedade total no país. Em causa estão sobretudo trabalhadores que cobrem necessidades permanentes, reconhece a Associação Nacional de Municípios Portugueses. O número de falsos recibos verdes também subiu nas autarquias. Foi publicado o mais recenterelatório sobre os recursos humanos nos municípios portugueses, da responsabilidade da Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL). Segundo o Correio da Manhã, os dados apurados pela DGAL, referentes ao ano de 2008, revelam que perto de 20% dos trabalhadores e trabalhadoras das autarquias têm vínculo precário. Concretamente, segundo estes números cerca de 18% correspondem a contratos a prazo e 2% a recibos verdes. No total, estamos a falar de cerca de 25 mil pessoas. O Governo afirma querer combater a precariedade, mas os empregadores públicos estão a fazer o contrário. Num ano em que o número de trabalhadores das autarquias aumentou 2%, os contratados a prazo subiram 21%. Os dados foram publicados pela Direcção-Geral das Autarquias Locais e baseiam-se no balanço social enviado pelos 308 municípios. O relatório de Caracterização de Recursos Humanos, recentemente divulgado, afirma que a 31 de Dezembro de 2008 os contratados a termo - certo ou incerto - representavam já 15,5% dos actuais 126 683 trabalhadores autárquicos. Em 2007, a percentagem era de 13%, num universo de 124 547 trabalhadores. O presidente da Associação Nacional de Municípios atribui a evolução a novas contratações de professores e auxiliares para as actividades de enriquecimento curricular (AEC), enquadradas no processo de transferência de competências para as autarquias. "Desde sempre fomos chamando a atenção que à custa das AEC ia aumentar o número de funcionários contratados das câmaras", afirmou ao Diário de Notícias Fernando Ruas, que diz desconhecer os dados em detalhe. "Na minha câmara [Viseu], por exemplo, são mais de duzentos", acrescenta. Em causa estão contratados a prazo que cobrem "necessidades permanentes", reconhece o presidente da ANMP, garantindo que "mais tarde" estes casos "hão-de ter regularização". Fernando Ruas diz que a situação se mantém “por força da indefinição da transferência de competências. Que só fica arrumada se for definida por lei. O que acontece neste momento é que as câmaras estão a receber competências por um contrato, que não é definitivo", argumenta. Os sindicatos contestam. "Quero pensar que o aumento se deva às AEC. Mas nesse caso os trabalhadores deveriam ter contratos por tempo indeterminado", refere José Abraão, da FESAP. "É natural que em vésperas de eleições os presidentes de câmara tenham tido a tentação de gerar alguns postos de trabalho, o que nem seria muito mau tendo em conta o combate ao desemprego", afirma. "O que não faz sentido é estes empregarem-se e ao mesmo tempo não vermos reduzido o número de trabalhadores da mobilidade especial", acrescenta. O acréscimo de 3473 contratados a termo nas autarquias (para um total de 19 664) aconteceu numa altura em que se reduziram 2444 prestadores de serviços. O novo regime de vínculos, carreiras e remunerações, em vigor desde Março de 2008, impôs maiores restrições aos recibos verdes, pelo que poderá ainda ter havido alguma transferência. O aumento do número de contratados a prazo é, de resto, generalizado. Em 2008, segundo o INE, havia 727 mil contratados a termo certo, mais 6% que no ano anterior. A tendência poderá inverter-se este ano. Quando sobe o desemprego, os precários são os primeiros a cair. |
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Bloco propõe novo modelo de avaliação docente
![]() Na exposição de motivos do projecto de lei apresentado, o Bloco de Esquerda define assim as características estruturantes da sua proposta são: . um modelo integrado que parte de objectivos definidos pelos diferentes órgãos de coordenação científica e pedagógica . um modelo integrado que avalia o desempenho docente no quadro da avaliação das escolas . um modelo que articula a avaliação interna com a avaliação externa, que valoriza a auto-avaliação das escolas e dos professores e a concilia com instrumentos que garantem a independência do processo; . um modelo que valoriza o desempenho das melhores escolas e dos melhores professores e que previne e corrige os problemas. Para a deputada Ana Drago, o modelo que o governo de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues tentou impor na legislatura anterior perdeu toda a credibilidade. "É necessário suspendê-lo e apresentar um novo", defendeu, apelando a que todas as forças políticas apresentem novas propostas. Ana Drago defendeu um modelo não centrado apenas no desempenho individual e onde os resultados dos alunos não contam, porque cada escola está integrada num contexto diferenciado: "É totalmente diferente a situação de um professor que dá aulas numa pequena aldeia do interior da Guarda ou de Bragança ou numa escola do centro de Lisboa", apontou. No modelo proposto pelos bloquistas, "os objectivos são definidos por cada escola e não há quotas de professores, porque não há quotas para o mérito", explicou. O Bloco defende que deve existir uma "componente de avaliação global das escolas", levada a cabo pelo próprio estabelecimento de ensino, que define objectivos (através dos conselhos pedagógicos, grupos disciplinares e departamentos escolares) no início de cada lectivo e no final desse ano deve realizar um processo de auto-avaliação, que será aferido por uma "equipa de intervenção externa". Já a avaliação dos docentes deve ser feita por uma comissão quando houver mudança de escalão, e seguindo os objectivos definidos por toda a escola. Leia aqui o projecto de lei do Bloco de Esquerda. |
Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde
Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente
Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente
à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena
O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.
Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.
Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.
Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.
Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.
Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.
Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.
A Deputada
Rita Calvário
Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?
Comunicado de Imprensa
Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR
Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena
O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.
Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.
Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.
A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.
Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.
A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.
No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.
No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.
Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.
Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.
O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.
A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena
Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República
Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.
O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.
Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena
Carta à AUSTRA
INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.