terça-feira, 30 de março de 2010
Deputados do Bloco em Santarém e Leiria questionam privatizações da CP e EMEF
segunda-feira, 29 de março de 2010
CGD põe no BPN administrador suspenso
domingo, 28 de março de 2010
"O mundo está viciado nos combustíveis fósseis"

O debate internacional promovido pelo Bloco e o PEE sobre justiça climática começou esta sexta-feira e continua neste sábado. Após o fracasso da cimeira de Copenhaga, o vice-presidente do Painel das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas apelou à "pressão sobre os líderes políticos" para assumirem metas de redução das emissões de gases poluentes.
"O Clima está farto de nós?" é a questão que lança os debates que continuam este sábado na Livraria Ler Devagar, na LX Factory em Lisboa. A abrir o primeiro painel de discussão, a deputada Rita Calvário abordou o fracasso da cimeira de Copenhaga, onde as soluções apontadas procuravam introduzir a lógica de negócio no combate às alterações do clima, e saudou a única vitória da cimeira, sujeita pela primeira vez a um movimento social de protesto, que acabou por ser o grande protagonista.
Filipe Duarte Santos, catedrático de Física da Universidade de Lisboa que em 1991 coordenou o primeiro e único Livro Branco sobre o Estado do Ambiente em Portugal, afirmou que "o mundo está viciado nos combustíveis fósseis", e sobre a evolução das emissões de CO2 acrescentou que "se continuarmos a emitir a este ritmo, a temperatura média global aumentará e o mesmo sucederá com os fenómenos climáticos extremos.
Em seguida caracterizou as respostas apontadas para combater este cenário - a mitigação e a adaptação -, sublinhando que são justamente "os países com menores emissões per capita que são os mais vulneráveis", uma vez que nem todos os países têm a mesma capacidade de adaptação, como demonstram os efeitos das cheias na Florida e no Bangladesh.
Filipe Duarte Santos lembrou ainda que o primeiro sinal de alerta sobre o aumento dos fenómenos climáticos extremos surgiu do sector das seguradoras nos anos 70, preocupadas com o aumento das indemnizações pagas em resultado de catástrofes naturais.
Em seguida, o professor da Faculdade de Ciências da UL dirigiu algumas questões a Jean Pascal van Ypersele, o vice presidente o Painel das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (IPCC). Os relatórios deste organismo têm estado sob escrutínio apertado nos últimos meses e foram o alvo da campanha que procura negar a influência da actividade humana e das emissões de CO2 no aumento da temperatura média no planeta.
Van Ypersele defendeu o trabalho dos cientistas que estudam as alterações climáticas e garantiu que vai aumentar a colaboração dos diversos grupos de trabalho para o próximo relatório do IPCC, que "foi fundado para recolher e proporcionar a informação mais exacta da comunidade científica aos decisores políticos.
"Os últimos estudos indicam que se continuarmos a queimar petróleo e gás a este ritmo, o resultado é um aquecimento que nalgumas zonas pode ser muito severo", afirmou van Ypersele. "Mas os países que vendem esses combustíveis fósseis não estão contentes com isso, o que pode explicar a exploração de duas ou três falhas em três mil páginas, a poucas semanas de Copenhaga e umas semanas depois, quando as negociações se iriam reatar", rematou o dirigente do IPCC.
Van Ypersele manifestou-se "optimista" em relação ao cumprimento de metas ambiciosas de redução das emissões. "Mas este optimismo só fará sentido se houver pressão junto dos líderes políticos mundiais e se pensarmos que é possível mudar a economia para usar mais energias renováveis em vez de combustíveis fósseis", sublinhou o climatologia que participou no debate através de videoconferência.
Para abordar os fenómenos climáticos extremos, o uso do solo e a degradação ambiental, interveio em seguida Maria José Roxo, professora do Grupo de Ambiente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, apoiando-se na experiência do seu trabalho na região de Mértola.
A geógrafa e investigadora afirmou que ao contrário do que se muita gente pensa, "os fenómenos climáticos extremos não são cíclicos" e mostrou o resultado da pesquisa na imprensa alentejana desde o século XIX sobre inundações e períodos de seca. Verifica-se que o século XX corresponde a uma diminuição da precipitação média anual e o aumento das secas. Já este século, em 2004 e 2005, ocorreu a maior seca desde que existem registos na região.
Maria José Roxo criticou a "má utilização dos solos e as políticas erradas" para adaptar o território às condições do clima. E deu exemplos com imagens de má reflorestação, do monocultivo de cereais e do pinheiro, com o risco acrescido dos fogos florestais, dos olivais super-intensivos, das culturas não adaptadas ao solo, como os girassóis e outras plantações para biocombustíveis, e da criação de gado numa quantidade que o território não pode suportar, mas que o Estado subsidia.
"Desertificação é uma coisa, despovoamento é outra. Desertificação é o uso irracional do solo", disse Maria José Roxo, propondo em alternativa uma "atitude preventiva, mais informação e utilização dos saberes ancestrais e maior empenho da sociedade" para que aquele território possa adaptar-se aos fenómenos climáticos extremos do futuro.
O segundo painel foi introduzido pela eurodeputada Marisa Matias, assinalando a importância da reflexão sobre os impactos sociais das alterações climáticas. Ian Angus, fundador da Rede Internacional Ecosocialista e editor do "Socialist Voice" do Canadá, afirmou ser "um admirador do Bloco de Esquerda do outro lado do Atlântico" e procurou explicar a contradição entre as palavras e os actos dos homens mais poderosos do mundo quando questionados se querem ver os seus filhos e netos a viver num planeta envenenado. "Marx tinha uma expressão para explicar porque é assim: esta gente é a 'personificação do capital'. O capital não tem filhos nem netos e tem só uma necessidade: o crescimento. E o lucro é a medida do seu sucesso".
"Deitar lixo para o planeta é uma característica importante do capitalismo. Poluir está no ADN do sistema. Se as três mil maiores empresas pagassem os estragos que causam, ficavam sem um terço dos lucros. Esse dinheiro é pago por todos", prosseguiu Ian Angus, que viu nos protestos dos ecologistas e dos países mais pobres o aspecto mais positivo da cimeira de Copenhaga. O dirigente ecosocialista destacou ainda o apelo de Evo Morales à constituição de um Tribunal Internacional de Justiça Climática e a cimeira internacional em Cochabamba, em meados de Abril, onde o Bloco estará representado por Marisa Matias.
Em seguida interveio Roberto Musacchio, que foi vice-presidente da Comissão ad-hoc sobre Alterações Climáticas no Parlamento Europeu. Musacchio defendeu a urgência de um novo tratado após o falhanço de Copenhaga e congratulou-se com o pacote europeu de ambiente provado pelos eurodeputados. "A crise climática precisa de decisões globais e a Europa percebeu isso", afirmou o o antigo eurodeputado da Refundação Comunista italiana.
"Berlusconi veio dizer que quando há uma crise económica é impossível responder à do clima. Na União Europeia, dissemos que não é assim", prosseguiu o ex-eurodeputado italiano, apontando também aspectos positivos do protocolo de Quioto, dado ser "a primeira vez que a comunidade internacional decidiu reduzir e não aumentar o crescimento". "Agora precisamos de um novo tratado, com metas, objectivos, calendários, e não uma lista de boas vontades", defendeu Roberto Musacchio.
domingo, 21 de março de 2010
Bloco quer alterar modelo de gestão escolar
segunda-feira, 15 de março de 2010
PIB português volta a cair
domingo, 14 de março de 2010
15 medidas para uma Economia decente
segunda-feira, 8 de março de 2010
Medicamentos mais caros
sexta-feira, 5 de março de 2010
Bloco rejeitará um PEC com redução de salários e despesas sociais
terça-feira, 2 de março de 2010
"Um governo socialista não pode aceitar a precariedade e a baixa de salários"

segunda-feira, 1 de março de 2010
PT/TVI: Comissão de Inquérito vai para a frente
Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde
Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente
Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente
à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena
O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.
Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.
Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.
Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.
Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.
Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.
Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.
A Deputada
Rita Calvário
Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?
Comunicado de Imprensa
Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR
Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena
O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.
Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.
Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.
A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.
Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.
A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.
No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.
No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.
Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.
Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.
O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.
A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena
Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República
Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.
O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.
Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena
Carta à AUSTRA
INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.