"Esperamos e desejamos que as investigações cheguem ao fim e que quem tiver que ser incriminado o seja, quem tiver que ser condenado o seja, e que o processo de investigação judicial e criminal se desenrole sem qualquer interferência de qualquer poder na sociedade portuguesa", prosseguiu Semedo, que faz parte da comissão Política do Bloco.
O principal arguido nesta investigação - o empresário Manuel Godinho, suspeito de ter montado a rede de corrupção dos gestores públicos - é o único que vai ficar em prisão preventiva.
Armando Vara ainda não foi ouvido pela Judiciária, mas o Banco de Portugal já anunciou a abertura de uma investigação para determinar se Vara poderá continuar a administrar o BCP, ao abrigo da lei que limita o acesso à administração bancária às "pessoas cuja idoneidade e disponibilidade ofereçam garantias de gestão prudente".
A investigação da Judiciária sobre alegados crimes económicos em benefício de um grupo empresarial, suspeitos de subornarem funcionários e dirigentes de empresas com participação estatal para conseguir vencer as adjudicações nos concursos e consultas públicas, tem como arguidos algumas figuras ligadas ao PS, como o ex-ministro Armando Vara, José Penedos e o seu filho Paulo Penedos, para além de José Contradanças, que foi dirigente socialista e administrador do Porto de Sines no mandato de Coelho nas Obras Públicas, e Domingos Paiva Nunes, antigo vereador de Edite Estrela na Câmara de Sintra.
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