quinta-feira, 7 de junho de 2012

Governo desferiu ataque mortal contra o SNS

Um ataque em três direções, articuladas entre si, todas e cada uma apontadas ao desmembramento do SNS: a nova carta hospitalar, a mega contratação de empresas privadas para colocar médicos à hora e a redução dos cuidados garantidos.
O governo desferiu um ataque mortal contra o Serviço Nacional de Saúde tal como ele tem existido até hoje: um serviço geral, universal e de qualidade, acessível a todos os que precisem de cuidados de saúde, seja qual for a sua situação social e económica.
As medidas recentemente anunciadas pelo ministério de Paulo Macedo, a serem concretizadas, conduzem inevitavelmente à descaracterização e desmantelamento do SNS. Nem mesmo, em 1978, quando o CDS abandonou o Governo em oposição à criação do SNS, foi tão evidente e transparente o propósito da direita em acabar com o SNS.
Estalou o verniz de Paulo Macedo, acabaram as frases ambíguas e encriptadas, destinadas a iludir e esconder dos portugueses o foco da política de saúde do PSD e do CDS: esvaziar e reduzir o SNS a serviços mínimos, no modelo assistencialista do antigamente, cuidados de baixa qualidade, porque pobre é pobre e não pode viver acima das suas possibilidades.
Para a direita, a saúde não é uma necessidade básica, um bem fundamental e um direito para todos os portugueses. PSD e CDS olham para a saúde como um luxo à disposição apenas de quem o pode pagar.
Repito, o governo lançou um ataque mortal contra o SNS. Um ataque em três direções, articuladas entre si, todas e cada uma apontadas ao desmembramento do SNS: a nova carta hospitalar, a mega contratação de empresas privadas para colocar médicos à hora no SNS e a redução dos cuidados garantidos pelo SNS
A Carta Hospitalar apresentada pelo governo é uma interminável lista de destruição de serviços e unidades hospitalares. São mais de 40 os encerramentos propostos mas apenas para seis especialidades, o que faz prever que a versão completa da futura Carta Hospitalar alargue para as centenas os serviços que o governo se prepara para fechar em todo o país. Dezenas de hospitais deixarão de ter qualquer razão para existirem porque alguns, poucos, serviços residuais não fazem um hospital, como todos sabemos.
Com esta Carta Hospitalar o SNS perderá as suas principais qualidades, as que fazem dele hoje um serviço público de excelência: proximidade, acesso, prontidão e qualidade dos cuidados de saúde hospitalares. Da sua aprovação resultaria uma espécie de SNS, nem geral nem universal, afastado dos cidadãos e sem capacidade de resposta às necessidades da população. Um retrocesso de muitos anos.
O governo anunciou também a abertura de um mega concurso para contratar empresas privadas que alugam e colocam médicos em pacote e à hora nos centros de saúde e nos hospitais do SNS, apenas por um ano e sem qualquer garantia de continuidade, tendo como único critério de seleção “o mais baixo preço unitário por hora”.
O governo trata o trabalho médico como qualquer outra mercadoria, compra trabalho médico como compra pensos ou injeções, num processo ilegal que desrespeita as carreiras médicas, no qual não se vislumbra qualquer preocupação com a qualidade da medicina praticada e a organização das equipas prestadoras de cuidados de saúde.
O governo abre este negócio para os privados mas mantém os hospitais e os centros de saúde impedidos de contratar os médicos de que precisam. Se a intenção do governo é colocar no SNS os médicos que faltam, então deve abrir de imediato concursos para a sua colocação nos centros de saúde e hospitais do país e fazer a sua contratação direta, cumprindo as carreiras médicas e dispensando quaisquer intermediários privados, com os quais se desbarata e desperdiça muito dinheiro público.
Por último, mas não menos importante, a terceira peça deste ataque do governo ao SNS. O secretário de estado da saúde, anunciou que está em preparação uma carteira mínima de prestações de saúde garantidas e que deixa de fora tratamentos e serviços até hoje sempre assegurados pelo SNS.
E para que não ficasse qualquer dúvida sobre o que o governo pretende cortar, Leal da Costa deu como exemplo os medicamentos para o cancro que, usando as suas próprias palavras, apenas servem para prolongar a vida dos doentes por algum tempo.
Não há lapso que explique ou desculpe esta desumanidade, própria de quem julga que a vida de uma pessoa se pode decidir na roleta dos caprichos políticos de um qualquer governante.
Percebemos hoje melhor que a intenção de fechar a maternidade Alfredo da Costa não foi apenas um balão de ensaio. Foi o início de um plano muito vasto de destruir o SNS.
Não se estranhe portanto que os profissionais e os restantes portugueses se batam e se oponham determinadamente à política de subversão do SNS levada a cabo pelo governo. Mais cedo do que tarde, estamos certos, ouviremos o eco desse combate em nome da democracia e da qualidade de um serviço público essencial.
Não é o SNS que está a mais na sociedade portuguesa. Quem está a mais é Paulo Macedo e a sua política.
Declaração política do Bloco de Esquerda – 6 de junho de 2012

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.