quinta-feira, 13 de maio de 2010

Comício do Bloco no Porto: As pessoas não estão neste PEC

Comício do Bloco no Porto - Foto de Simone Rocha O Bloco de Esquerda realizou um comício no Porto onde alertou para a recessão a que podem conduzir as novas medidas anunciadas, e denunciou a “santa aliança” entre PS e PSD. Reportagem de Simone Rocha
As pessoas não estão neste PEC 
Na semana em que o Papa visita Portugal, o Bloco de Esquerda realizou um comício no Porto para explicar quem deve pagar a crise e denunciar a “santa aliança” entre PS e PSD. Uma aliança que serve para apoiar as medidas hoje conhecidas – subida do IVA em 1 ponto percentual em todos os escalões e nova taxa sobre os salários. “Um PEC 2 depois de um PEC 1” que mais uma vez não traz qualquer estabilidade e muito menos crescimento, referiu Francisco Louçã.
No cinema Batalha cheio, o líder do Bloco de Esquerda alertou mesmo para a recessão a que podem conduzir as novas medidas anunciadas. Louçã desvalorizou o conselho de Ministros de hoje, até porque antes Sócrates reúne-se com Passos Coelho - “Não sei porque é que é preciso nesta altura porque quem decide sobre o país são as reuniões episódicas que vão ocorrendo entre Passos Coelho e José Sócrates". Aliás, o coordenador do Bloco de Esquerda acusou o Primeiro-Ministro de ser o biombo atrás do qual se esconde o bloco central. O BE já tinha apresentado um PEC alternativo, e Francisco Louçã voltou a defender o pacote de três medidas que passam por taxar o IRC da banca a 25%, tributar as operações com off-shores e taxar excepcionalmente os bónus dos gestores até 75%. Mas a resposta do Governo, e do bloco central, a estas propostas já é conhecida.

Já não somos o país dos brandos costumes
No início do comício o dirigente bloquista João Teixeira Lopes traçou o diagnóstico daquele que é o distrito com mais desempregados no País: no Porto 50 pessoas perdem o emprego todos os dias, o que significa uma média de duas pessoas por hora; há ainda concelhos como Baião onde o desemprego atinge os 20%. “Deixemo-nos de eufemismos”, alertou o dirigente bloquista, que falou num «cenário de catástrofe social». João Teixeira Lopes foi ainda mais incisivo nas críticas ao apontar alterações introduzidas a prestações sociais como o Rendimento Social de Inserção e o Complemento Solidário para Idosos que só prejudicam os respectivos beneficiários. Referindo-se ao crescimento de 1% do PIB, “embandeirado em arco pelo Partido Socialista”, Teixeira Lopes afirmou “tratar-se de um magro crescimento para quem passou anos em divergência”.
No final o dirigente bloquista apelou à mobilização social num país, “que já não é o país dos brandos costumes”. João Teixeira Lopes tinha precisamente começado a sua intervenção por expressar uma divergência política relativamente ao Papa numa referência à declaração em que Bento XVI descreveu o Cardeal Cerejeira como «uma figura de veneranda memória». Um comentário político que remeteu igualmente para uma resposta política por parte do dirigente bloquista: “Tratou-se de um colaborador silencioso dos crimes do fascismo”, afirmou. Também Francisco Louçã criticou a postura das autoridades eclesiásticas ao pretender doutrinar sobre a família e comportamentos sociais: “Quero dizer ao Papa Bento XVI, porque ele não sabe, mas a maioria dos portugueses votou sim à Interrupção Voluntária da Gravidez”.

Trabalhadores “em baixa”, bolsa “em alta”
José Soeiro foi o segundo a falar, e entrou no palco literalmente a correr, depois de uma rápida viagem vindo de Lisboa, onde a sessão parlamentar terminara tarde. E de lá, disse, trazia boas notícias - “Lisboa reagiu em alta, na segunda-feira teve a maior subida de sempre, mas claro, refiro-me sim à bolsa”. E prosseguiu lembrando que o mercado reage positivamente quanto são anunciadas medidas que penalizam os trabalhadores, os desempregados, os mais pobres. Deixou ainda palavras de apoio às muitas pessoas que ficaram sem emprego nos últimos meses, no Porto. Enumerou várias empresas, como a Qimonda e a Yazaky Saltano, dizendo “sabemos a situação dessas pessoas, porque estivemos lá com elas”. Lembrou ainda as consequências psicológicas provocadas pelo desemprego, contrariando os discursos vigentes do bloco central que parecem tratar os desempregados como “preguiçosos bandidos”.
A deputada eleita pelo círculo eleitoral do Porto, Catarina Martins, centrou-se no impacto do PEC na vida das pessoas. Alertou para o facto de o «País ter trocado a ideia de um serviço público pelas privatizações» e de estas terem como consequência «a perda de capacidade de intervenção em sectores estratégicos», uma situação ainda mais grave no caso dos monopólios. “O Governo declarou que as pessoa não têm lugar no PEC”, disse a deputada no início da sua intervenção; “Que fiquem a saber que nós não havemos de deixar que este PEC tenha lugar neste País”, referiu a terminar.

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.