A Federação Nacional dos Professores denunciou em comunicado o “espectáculo mediático” montado pelo governo para o dia do Centenário da República de “inauguração” de uma centena de escolas ou centros educativos, alguns construídos de novo, outros requalificados por se encontrarem em estado de acelerada deterioração.
Para a federação, é lamentável que os governantes se prepararem para fazer figura à custa de outros. “Isto porque, na verdade, a construção dos centros educativos foi financiada por fundos comunitários tendo a comparticipação nacional sido garantida, exclusivamente, por verbas municipais, o que, em muitos casos, está a deixar as autarquias em situação financeira desesperada.”
Ora uma das principais medidas anunciadas para o Orçamento de Estado de 2011 é a redução da transferência de verbas para as autarquias.
Quanto aos Professores e Educadores, a FENPROF argumenta com os anunciados congelamentos de carreiras, concursos e pensões, a redução dos salários, o aumento de impostos, a par da redução da transferência de verbas para o Ensino e para as escolas, para afirmar que há “razões mais do que justas para os professores voltarem à luta, voltarem à rua, protestarem, reclamarem e exigirem outras políticas e respeito por quem trabalha.”
Para a ministra da Educação, Isabel Alçada, “quando a obra está feita, toda a crítica acaba por perder a razão. Fomos capazes de reunir um conjunto de formas de financiamento diversificadas”, disse.
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